quinta-feira, 4 de maio de 2023

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 376/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 70/?

 Eis então, o que João nos narra, para finalizar o seu evangelho:

Primeiro, é o milagre da aparição de Jesus aos discípulos que estavam pescando, (certamente, porque, tendo-lhes faltado Jesus, tiveram de retomar as artes para terem de comer para si e para os seus, já que todos teriam família!...) seguido do milagre da abundância de peixes - cento e cinquenta e três peixes grandes (mas que precisão de números!) - juntando-se ainda o milagre de a rede não rebentar com tamanho peso, e ainda outro: o aparecimento de um peixe a ser assado nas brasas e pão… Uma fantástica sequência de milagres! É pena que não haja ninguém que comprove a sua veracidade. E a palavra de João merece-nos realmente muito pouca credibilidade….

– Então, “Jesus disse-lhes: «Vinde comer.» Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe quem era, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-Se, tomou o pão e distribuiu-lho. Fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.” (Jo 21,12-14)

– Milagres! Muitos milagres! Na presença de alguns discípulos! Para que eles acreditassem!… Porque não em frente das numerosas multidões que O tinham visto fazer a multiplicação dos pães e dos peixes? (Se é que tal milagre aconteceu, pois pelas aparentes nulas consequências, qualquer analista crítico duvida da sua realização) Que reacção teriam tido aquelas multidões se, todos sabendo que Jesus morrera, bem crucificado e bem morto, trespassado pela lança, embora não Lhe tenham quebrado as pernas para que - mais uma vez! - se cumprissem as Escrituras (Jo 19,33-36), vissem novamente Jesus ali, desafiando todas as leis da Natureza e a pertinácia dos Homens que teimaram em matá-Lo, e ali continuasse a fazer milagres, revelando-Se verdadeiramente Deus pois o Homem que Ele fora, teria ficado para sempre naquela cruz?… (Embora, tivesse mãos para distribuir, língua para falar, boca para comer e beber..., tudo com um corpo que não seria bem um corpo...) Que espectacularidade! Então sim, não haveria fariseu, nem sumo-sacerdote, nem nenhum Pilatos ou qualquer ser humano dotado da mínima inteligência que não acreditasse que Jesus era, fora realmente o Messias, era, fora realmente o Filho de Deus, liberto agora já do peso de ter de cumprir as omnipotentes Escrituras que O tinham obrigado a Ele a sofrer, a Judas a traí-lo e aos seus algozes a aplicarem o castigo que tais Escrituras determinavam para o… Salvador-Redentor-Enviado-Messias-Filho de Deus-Prometido!

Ah, como Jesus Se sentiria liberto de tanta pressão escritural!… Como até certamente o Pai também já não sentiria a obrigação de torturar um Filho só porque um dia, na eternidade, Se tinha lembrado de inspirar uns profetas a escreverem algo que depois não podia anular, exactamente por ter sido Ele a inspirá-lo!… Se pudesse ter remorso ou arrepender-se,… que remorso… que arrependimento!… - perdoem-nos todos tamanha heresia!… Se é que o Pai tinha ou podia sentir alguma coisa que isto de sentir e de ter de… só se aplica aos meros mortais e nunca a Deus que não pode sentir, por não ter sentidos, nem pode ter de, por não estar obrigado a coisa nenhuma, nem da Terra, nem do Céu, nem de… Si mesmo!…

E NÃO TERIA SIDO NECESSÁRIA MAIS NENHUMA PROVA DA REAL VINDA DO FILHO DE DEUS – DEUS ELE-MESMO! – À TERRA!!!

MAS…

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