quinta-feira, 24 de março de 2022

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 344/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 38/?

 (Ainda na senda da suposta ressurreição de Lázaro)

 –  Jesus vai outra vez ter com Marta, Maria e Lázaro a quem havia ressuscitado.

Como seria aquele rosto ressuscitado? Melhor: Onde teria Lázaro passado aqueles quatro dias? No Céu, no inferno ou… em parte nenhuma? Com que corpo espiritual ou com que alma?

Que pergunta tão… tão… tão essencial! Não é desta verdade que andamos à procura? Que nos teria respondido Lázaro se tal pergunta lhe tivéssemos feito?

Aliás, porque é que aqueles judeus não lha fizeram? Que bela oportunidade perdida! Que pena que lá não tenhamos estado! Ou seria o total esclarecimento ou… a completa frustração, ou – para os mais críticos – a completa desmistificação do que supostamente ali acontecera, i.é., nada de extraordinário: tudo encenado, tudo inventado por João, o único evangelista a narrar tal magno acontecimento (Jo 11, 1-46), sendo inconcebível que os outros evangelistas o tivessem ignorado ou dele não tivessem tido conhecimento…

Mas, assim, ficávamos a saber se realmente acabamos ali com a morte ou se nos continuamos pela eternidade; neste caso, haveria que repensar toda a nossa curta vida terrena – curtíssima e inexoravelmente caminhando para a morte! – em função da tal eternidade que então saberíamos que realmente existe!

– Houve, claro, oferta de jantar a Jesus e aos seus. “Marta servia e Lázaro era um dos que estava à mesa com Jesus.” (Jo 12,2)

– Como também gostaríamos de lá ter estado! Não porque Marta andava servindo… mas para ver aquela cara de Lázaro, aquele rosto de Jesus, aquela simbiose de humano e divino que tanto nos cativa e… perturba!

– “Então Maria levou quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro. Ungiu com ele os pés de Jesus e enxugou-os com os seus cabelos. A casa inteira encheu-se de perfume. Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que ia trair Jesus, disse: «Porque não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dar aos pobres?» (Jo 12,3-5)

– Esta Maria faz-nos lembrar aquela outra que também ungiu os pés de Jesus com perfume e lágrimas e os enxugou com os seus cabelos, em casa do fariseu Simão. (Lc 7,37-50) Mas não será a mesma, certamente… A outra era “mulher da vida”… Só Lucas refere tal mulher esquecendo-se desta Maria que Mateus e Marcos colocam a deitar o perfume não sobre os pés mas sobre a cabeça de Jesus. (Mt 26,7; Mc 14,3) (Um bom crítico não deixa passar "impune" tal discrepância...)

Mas que gesto! Que devoção-admiração-amor-ternura-consideração!… Que sentimentos perpassariam por aquela mente feminina, ali ungindo com perfume os pés do belo Jesus? Pura devoção “divina” ou forte desejo de um relacionamento mais humanamente íntimo?...

Judas Iscariotes parece que era ladrão e roubava do saco da comunidade… No entanto, pareceu ter tido muita razão no seu desabafo, ao ver tamanho desperdício. Mas, não! Jesus não lhe dá razão alguma! Gostou Jesus daquele ungir de pés com perfume caro de puro nardo: “Deixai-a! Ela guardou este perfume para Me ungir no dia da minha sepultura. No meio de vós sempre haverá pobres; ao passo que Eu não estarei sempre convosco.” (Jo 12,7-8)

– Não nos disse Jesus noutro lugar: “Eu estarei convosco até à consumação dos séculos.”? (Mt 28,20) Então, como é que está e… não está sempre connosco?

Depois, em vez de se desculpar e desculpar Maria, poderia ter dito, por exemplo: “Maria, não gastes tudo comigo! Vamos pensar naqueles que podem ser ajudados com o dinheiro da venda de parte deste perfume!”. Assim, nem provocaria o comentário razoável de Judas nem diria, desculpando-Se a Si mesmo e a Maria, que pobres sempre os teremos connosco. Uma esfarrapada e deselegante desculpa…

Mais: não se percebe como Maria guardara aquele perfume para o ungir na sepultura se o estava gastando já ali com ele vivo…

Enfim, uma cena da qual não nos parece que Jesus se tenha saído muito airosamente. A sua atitude aceita-se como “Filho do Homem” mas não como… “Filho de Deus”.

 

quinta-feira, 17 de março de 2022

Da vida e seus mistérios

 

Terá a vida vindo da matéria inerte?

Da própria Terra ou do Espaço?

 Os seres vivos são matéria energizada, possuidores de um sopro vital, uns mais aperfeiçoados/complexos que outros, mas todos possuindo um ADN que os distingue de espécie para espécie, seja animal, planta ou fungo.

E são química em movimento. A sua constituição física é conhecida: fósforo cálcio, ferro, magnésio, água (H2O), oxigénio, etc. Basicamente, os componentes das estrelas.

Porém, muitos mistérios – mistérios que duvidamos que alguma vez sejamos capazes de desvendar – se colocam aos nossos cérebros pensantes quando falamos de… VIDA.

Eis uma dúzia deles:

1º - Como se originou a Vida? Da abundante matéria inerte, inerte mas energizada e com potencialidades de gerar vida, já que continha/contém os elementos que da vida fazem parte e que constituem os seres vivos, elementos cheios de energia pronta a ser utilizada para qualquer fim?

2º - Como se criaram os seres, primeiro unicelulares, depois, pluricelulares? Provieram de vírus, bactérias ou micróbios “feitos” na Terra ou vindos do Espaço com os meteoritos que estão sempre caindo sobre a Terra e que, segundo afirmações de estudiosos, vêm cheios deles, ou na cauda gelada de algum cometa que a tenha atingido? (A ideia de alguns cientistas de que a vida não foi gerada na Terra, mas veio do Espaço, não responde à pergunta-chave: se alguma vez da matéria inerte se pôde gerar vida, isto é, gerarem-se seres cujas células se replicam e se diferenciam.)

3º - Como se originaram e diversificaram as espécies vivas em três grandes categorias: animais, plantas e fungos?

4 º - Como, em cada espécie, apareceram tantas subespécies, com as mais diversas formas, cada uma adaptando-se ao habitat alimentar e climático onde se inseriu, criando bizarras formas de se perpetuar, transmitindo os seus genes de geração em geração, parecendo sempre aperfeiçoar-se, na luta pela sobrevivência, e criando também um instinto vital que a leva a tudo fazer na vida – curta vida, mesmo que, para algumas espécies vegetais, possa chegar aos dois ou três milénios – para que não se extinga como ser enquanto viva, e muito menos se extinga como espécie?

5º - Como se organizou a interdependência entre as espécies vivas, animais, plantas e fungos, parecendo haver um processo em que tudo se alimenta de tudo, tudo se reciclando, nada se perdendo, tudo voltando do mesmo ao mesmo através do diverso?

6º - Mistério dos mistérios: como e quando se construiu, em cada espécie, o fantástico ADN, esse código genético de informação, código que, uma vez aparecido, é transmitido de geração em geração, levando para o novo ser a mesma carga genética do progenitor, com todas as características de forma física e não-física, para as espécies mais evoluídas, estando o Homem no topo da transmissão da carga não física, ou seja, a intelectual e a emocional? (Se bem que todos os seres vivos têm o seu próprio tipo de inteligência, inteligência sem a qual não sobreviveriam.) E tudo transmitido através de duas partículas microscópicas, uma masculina outra feminina…

7º - Como, na estirpe de primatas da qual o Homem evoluiu, o ADN acrescentou às outras características, uma forma avançada de inteligência, uma consciência moral, um livre arbítrio? E porque os outros da mesma espécie se ficaram pelas limitações anteriores?

8º - Como nasceu, em cada espécie, a vontade irresistível e incontrolável de se reproduzir e de se propagar, mesmo que seja à custa de outras espécies de que se alimenta ou cujo espaço ocupa selvaticamente, tentando aniquilá-las, parecendo que a ânsia de viver/sobreviver se sobrepõe a qualquer outro valor (se é que de valor podemos falar quando se trata de espécies que não o Homem, o único a ter consciência moral)?

9º - Como o ADN de cada espécie e subespécie “decidiu” a forma e tamanho do seu corpo, não ultrapassando um certo limite? (E já tivemos os dinossauros com muitos metros de comprimento e vários de altura, há uns 200 milhões de anos, e ainda hoje temos, no mar, a baleia ou, na terra, o elefante que consomem por dia toneladas de alimentos, alimentos que são, por sua vez, também seres vivos…)

10º - E porquê este ou aquele limite, esta ou aquela forma e não outro limite ou outra qualquer forma? (Os cientistas explicam não a origem da forma mas, a partir do que observam, a sua adaptabilidade ao meio para fugir aos predadores e para se alimentar).

11º - Como e quando apareceram os processos de reprodução, processos que hoje nos parecem tão óbvios e simples, quer para os animais quer para as plantas quer para os fungos? E porquê estes e não outros quaisquer?

12º - E qual dos itens apareceu primeiro, o masculino ou o feminino, o pólen ou os polinizadores?

Tantos mistérios, Santo Deus! E só o Homem se apercebe deles e tenta desvendá-los, por ser o único a ter uma inteligência capaz de abstrações, raciocínios, análises da realidade que o rodeia e na qual se integra!

SOMOS UNS SORTUDOS! Todos os outros seres vivos vivem sem saber que vivem ou sem disso terem consciência! NÓS… SABEMOS!

Resta saber – cremos que o Homem nunca o saberá, mesmo que dure até ao finar-se da Terra, dadas as suas limitações por ser físico pesado e não apenas partículas que pudessem deslocar-se à velocidade da luz – resta saber se o Homem é único no Universo ou se há muitos outros planetas com as mesmas condições de criarem e abrigarem vida, e vida racional e emocional, como a Terra. Nem tão pouco sabemos se existe apenas este Universo ou há muitos pluriversos num Espaço que tudo leva crêr que seja infinito. E, aqui chegados, sentimos todo o peso das nossas limitações…

NO ENTANTO, TEMOS DE NOS SENTIR FELIZES COM O MUITO, O MUITÍSSIMO QUE A CIÊNCIA NOS OFERECE!


quinta-feira, 10 de março de 2022

Afinal, ó Homem, quem és tu?

 Adultos, somos...

 Fisicamente, uma máquina complexa de processamento, constituída por diversos órgãos, aparelhos ou sistemas que interagem e se completam, sendo os mais notórios, o digestivo que, momento a momento, processa os alimentos com que alimentamos o corpo, transformando-os em sangue, e o circulatório que, através do coração – ai, quão poucas vezes nos lembramos de que temos coração! – bombeia o sangue pelas artérias, veias e capilares que irrigam de vida o mesmo corpo. São também estes os sistemas mais afectados por distúrbios ou perturbações emocionais, como o stress, os medos, as paixões.

Psicologicamente, somos um mundo dependente do físico para um correcto funcionamento, mas que tem vida própria, subdividindo-se nas partes intelectual e emocional, partes que, por sua vez, se apresentam com particularidades ou singularidades, considerando-se diversos tipos de inteligência (a matemática, a rítmica, a musical, etc.) e diversos tipos e graus de emoções (amor, ódio, inveja, vontade, desejo, etc.). E tudo emanando de um complexíssimo órgão chamado cérebro que, sendo pura matéria energizada, produz “milagrosamente” uma admirável não-matéria, nela incluindo a consciência, a consciência de que é capaz de produzir essa não-matéria, a consciência de percepcionar o abstracto e de imaginar o futuro, construindo-o antecipadamente, indo até à percepção da sua inexorável finitude. Um “senhor” omnipotente mas dependente do todo-poderoso ADN que, vindo no acto criador, é transmitido de geração em geração, sempre ao de leve se transmutando, talvez no intuito de aperfeiçoar a espécie (o que, infelizmente, pelo menos no caso do Homem, nem sempre acontece, quer física quer psicologicamente!) e que nos determina, à nascença, a forma e o “conteúdo” e a longevidade. E, da consciência, faz parte o chamado livre-arbítrio, essa nossa capacidade de escolher entre o Bem e o Mal, o que nos acarreta não poucas dores de cabeça e não poucas frustrações quando, vendo o Bem, escolhemos o Mal por ser mais apelativo ao prazer dos sentidos… E constatamos, com muita mágoa, que em muitos dos que governam o mundo política e financeiramente, predomina o Mal sobre o Bem, o ódio sobre o amor, a ganância sobre a solidariedade, a inveja sobre a generosidade, o espírito de guerra sobre o da convivência pacífica. Assim é, assim foi ao longo da História, Homens martirizando e espezinhando, com os mais sádicos instrumentos de tortura, outros Homens, subjugando-os, escravizando-os, roubando-os no corpo e na alma. É que o Homem ainda é uma espécie em formação e, neste momento, é capaz do melhor e do pior, dos mais nobres actos de coragem como da concepção dos maiores horrores, usando as suas nobres capacidades intelectuais para criar armas sofisticadas de destruição do seu semelhante. Tem apenas uns 4 milhões de anos. Talvez daqui a outros 4 milhões seja muito mais humano e muito menos brutal… Isto devido às suas capacidades intelectuais e morais ou éticas já que se constata que, em muitas outras espécies animais que já por cá andam há muitos mais milhões, hábitos inveterados não se alteraram, por exemplo, o da luta muitas vezes até à morte entre machos para obterem o prestígio e o controle do seu harém.

Estruturalmente, não somos mais que um pouco de matéria energizada. União de diversos componentes químicos sempre em movimento e em transformação contínua. Fruto ocasional da Natureza (se quisermos, de Deus), tendo vindo à Vida por mero acaso, pois do mesmo acto de amor entre nossos pais poderia ter nascido um outro que não nós, bastando que o espermatozoide ganhador na corrida à fecundação do óvulo fosse o companheiro do lado…

Mais: antes de existirmos, nada éramos além de uma hipotética hipótese de ser; depois, fomos/somos e voltaremos ao Nada, nada como indivíduos, matéria já não energizada mas disponível para integrar – átomos e moléculas – um outro qualquer ser vivo ou não vivo, à face da Terra.

E ainda: aparecemos a partir da união de duas partículas microscópicas que, depois de unidas, entram num processo imparável de desenvolvimento do ser originado, descrevendo uma curva ou semi-círculo, atingindo um auge e logo iniciando um declínio até ao desenlace final: o eterno esquecimento de um indivíduo que um dia foi!

E mais ainda: participamos no milagre da Vida, esse sopro “divino” que, há cerca de 3.5 mil mihões de anos, energizou diversos elementos químicos, criando-se os primeiros seres unicelulares, seres donde terão derivado todas as outras espécies, ignorando-se completamente como se terão diferenciado em animais, plantas e fungos e, depois, nas múltiplas formas, as mais bizarras em que cada espécie se dividiu (e continua a dividir), numa complexa engenharia, para que tudo se pudesse alimentar de tudo, sempre cada espécie lutando pela sobrevivência.

Enfim, não sei se frustrante se admirável: como viemos à vida, por puro acaso e sem sermos esperados pelo mundo, também dele nos iremos sem deixar qualquer rasto; nem nele nem neste fantástico Universo onde a Terra se integra, como pequenino, minúsculo ponto azul. E é como se nunca tivéssemos existido!...

Alegremo-nos, no entanto! É que, tal como nós, também a Terra, também as Estrelas, por terem começado um dia, irão acabar. A Terra terá ainda uns 4.5 mil milhões de anos de vida, as Estrelas, um pouco mais. Mas também morrerão e também será como se nunca tivessem existido, nada no Universo se perdendo mas tudo se transformando. Que Beleza! Que admirável realidade na qual tivemos o privilégio de participar, embora por um curto, curtíssimo lapso de Tempo!

Mas nós somos ainda melhores que as Estrelas ou a Terra: elas não se apercebem da sua finitude nem dela têm consciência. Nós, sim! E essa é a nossa GLÓRIA! Então, seja tristes, seja contentes com tão singular prerrogativa, saibamos SORRIR À VIDA até ao último suspiro que nos sair do peito!

 Nota – No próximo texto, dada a sua complexidade, abordaremos o tema

A vida e seus mistérios

sábado, 5 de março de 2022

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 343/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 37/?

 (Ainda na senda da narrativa da suposta ressurreição de Lázaro)

– Realmente, não sabemos como lidar com a monotonia do face a face com Deus e com os anjos, e a companhia de espíritos, sem corpos para ver, nem tocar, nem sentir, nem cheirar, nem… amar… Mas apenas realmente espíritos que também não sabemos muito bem o que serão, como serão, como estarão, andarão… Se é que têm de andar e não têm as mesmas prerrogativas de Deus da ubiquidade: estarem em toda a parte, pois a eternidade do Tempo tem de ter como irmã gémea a infinitude do Espaço… Então…

Então… não percebemos mesmo nada!… Tudo se passa fora do humano! E Jesus… mataram-no antes que nos dissesse alguma coisa a que nos pudéssemos agarrar que não fosse só a FÉ nas suas palavras… cheias… de… enigmas e, por isso, não se libertando do anátema de ignorância acerca daquilo que afirmava!

A “colherada” de João acerca de Caifás que, por ser sumo-sacerdote, profetizara a morte de Jesus, não nos parece que tenha qualquer cabimento… Ou então faz-nos lembrar a utilização por parte de Deus - o ciumento, sanguinolento e partidário da causa israelita Javé do A.T. - de um “inimigo” como seu porta-voz! Inadmissível, simplesmente! Depois… depois, não haveria melhor método para o Deus omnisciente de salvar a Humanidade (não sabemos bem de quê) do que imolar, arranjando inimigos entre os seus irmãos concidadãos, o seu muito amado Filho, deixando-o condenar à morte e morte de cruz?

O mesmo nonsense acontece com a afirmação de que Jesus ia morrer para reunir os filhos de Deus dispersos… Que filhos de Deus? Afinal, quem é Filho de Deus? Ou somos todos ou não é ninguém! Não nascemos todos do mesmo modo? Não somos todos fruto da Natureza que, por milagre do Destino, do Acaso ou… de Deus, nos “permitiu” que viéssemos a este mundo e conhecer tantas coisas, tantas, tantas, tantas…, com uma inteligência capaz de pensar tudo isto, irmanando-nos com Jesus Cristo, sendo com Ele filhos do Pai, isto é, filhos de Deus?… Ah, como tudo isto é confuso, misterioso, enigmático, obscuro,… quase horrivelmente sublime!

Enfim – pergunta das perguntas! – tivesse Jesus vivido até a uma provecta idade, algum dia teria sido capaz de nos dar respostas convincentes do seu Céu, do seu Inferno, do seu Pai, reinando no “Lá-em cima” com miríades de anjos e dos “seus” diabos? – Sinceramente, não acreditamos. Nem sabemos se alguém, de boa fé, seja capaz de acreditar.

Uma coisa é absolutamente, inquestionavelmente certa: o testemunho de Jesus que nos é deixado nos evangelhos não chega minimamente para qualquer convencimento de que ele possuiria uma resposta clara acerca daquelas supostas “realidades” eternas.