terça-feira, 31 de julho de 2012

Apresentação da Nova Religião (Epílogo)

Ah, como dá vontade de exclamar perante esta maravilhosa religião: «Esta sim, esta religião é humana, não inventa Deus à imagem e semelhança dos Homens, Homens com os seus vícios e suas virtudes, Deus como um rei ou um príncipe sentado nos Céus e rodeado de anjos e santos, santos que os Homens também fizeram mais ou menos a seu belo prazer, pois sem qualquer fundamento credível ou com o mesmo fundamento não credível da própria religião que os “criou”!»
Viva, pois, a Nova Religião! Viva a Religião que respeita a racionalidade do Homem e não o aliena com medos de Infernos ou com ilusões de Céus e Paraísos e de eternidades inexistentes, não lhe permitindo viver em pleno a vida que é a certa: esta! Viva! E morram todos os deuses inventados pelos Homens, à sua imagem e semelhança, desde os politeísmos antigos aos monoteísmos mais modernos, mas, bem vistas e analisadas as falsidades que são apregoadas – e que têm tantos pregadores e tantos seguidores, santo Deus de todos os deuses! – com deuses unos tão díspares como o Javé de Moisés, sanguinolento, violento e ciumento, o Pai de Jesus Cristo, concedendo o perdão dos pecados aos Homens, mas não tendo pejo em imolar na cruz o seu próprio Filho, o Deus de Maomé, Clemente e Misericordioso, mas que manda matar, na gihad santa, todos os que não quiserem ou não aceitarem ser muçulmanos, (aliás, foi assim que o maometismo se espalhou pelo mundo, nos países que foram sendo conquistados pela espada muçulmano-árabe), a tríade hindu, com Brama, Vixnu e Shiva, criando classes entre o povo em vez de promoverem a igualdade (deuses, obviamente criados pelas classes dominantes para subjugarem o mesmo povo, perversamente inventando a reencarnação, controlando totalmente as consciências dos seus súbditos pelos medos, medos semelhantes aos do pecado e do inferno para os cristãos: “quem não aceitar a sua condição actual, seja pária, seja marajá, na próxima encarnação ainda será pior, podendo mesmo encarnar no mais asqueroso animal!...” ) Afinal, onde está a unidade destes deuses? Não são iguais ou piores que os politeístas antigos? De qualquer modo, invenções que são dos Homens, não merecem qualquer credibilidade e não têm qualquer veracidade.
Conclusão cheia de Verdade: Deus único e verdadeiro só o Deus da Beleza e da Harmonia Universal, o Deus que a Ciência e o Conhecimento nos vão revelando à medida que vão avançando no tempo. Mas... que Deus? Não, não é nenhum ser feito à moda humana, muito menos com barba e cabeleira, ou outra forma humanóide qualquer, mas o TODO ONDE TUDO SE INTEGRA, ONDE TUDO EXISTE, O PRÓPRIO TEMPO, O PRÓPRIO ESPAÇO, POIS É ETERNO E INFINITO. Os outros deuses, bem dizem os mentores religiosos que são eternos e infinitos, pregando obviamente falsidades já que todas as características que lhes atribuem rondam a orla humana e material, embora apelem sempre para o transcendente, o imaterial, o eterno – neles incluindo o Homem – falácias óbvias para qualquer ser racional que pense e não se deixe alienar no seu crítico pensamento... (FIM)

domingo, 22 de julho de 2012

Apresentação da Nova Religião (7/7)

Continuamos, transcrevendo:
    «Um voto final? Que a nova religião não desiluda o Homem pensante, chamando-o à Verdade! Que não corte ao espírito a fantasia e a capacidade de sonhar! Mas que lhe permita encontrar o equilíbrio entre o sonho e a realidade, entre a Fé e a Razão, entre a fantasia e a racionalidade, tendo a melhor vida possível no corpo e na alma, não podendo de forma alguma alimentar a ignorância que é sempre escura e triste face à Luz da Verdade! Pese-nos embora na alma toda a pena do mundo...
    Um manifesto? – Ensaiemos um! Subindo ao cume da montanha ou descendo ao fundo do vale, deixando-nos ouvir o silêncio que ainda por lá exista, olhando em redor ou o penedo que nos aparece defronte ou os horizontes a perderem-se na ténue linha do encontro com o céu, estaremos mais próximos do Deus verdadeiro, senti-lo-emos presente em nós, nas coisas, nos silêncios que sobem da Terra e descem do céu. E sentir-nos-emos mais em comunhão com o Universo de que somos filhos, partículas, elementos, a Verdade absoluta que apregoamos. Bem bradam eles, os mentores das religiões, levantando, orgulhosos, os Livros Sagrados a que atribuíram inspiração divina para os tornarem credíveis, jurando sobre eles fidelidade para a vida: Judeus, Hindus, Cristãos, Muçulmanos. Mas, na verdade, não houve inspiração divina nenhuma: apenas fantasia de humanos inspirados no que os seus olhos viam, os seus ouvidos ouviam, as suas mentes não entendiam…, criando deuses, prostrando-se diante deles, adorando-os! E, não entendendo, criaram a Fé, negando à razão o direito de duvidar, de questionar, de ter novas ideias. A Fé, mesmo a que move montanhas, é sinónimo de obscurantismo, de ignorância, de preguiça mental, de satisfação de um certo gostar nonsense que o Homem sente em não questionar para não ter que enfrentar a Realidade. Se tal não acontece na vida de todos os dias, acontece de forma categórica na Religião, tudo o Homem aceitando por comodismo ou por inércia, dizendo-se crente. E disso se aproveitam os criadores ou seguidores das religiões, bradando continuamente do alto das suas convicções, para não se perderem e, sobretudo, não perderem “clientes” a quem chamam de fiéis: “Proibido questionar! A Fé não se discute!” Ah, como nos quiseram, como nos querem fazer mentecaptos, santo Deus! E aqui, sim, aqui evocaremos o Deus Verdadeiro para barafustar com todas as forças da alma contra a falsidade que continua a subjugar milhões e milhões, contra os falsos papas de todas as crenças em todos os tempos, em todos os lugares, defendendo os seus “impérios” com evidentes interesses de poder, de vaidade, de dinheiro, de barriga cheia, alienando as consciências com falinhas mansas ou inflamados sermões, pondo as mãos em oração, elevando beatamente os braços para o céu ou curvando-se até ao chão em atitude submissa perante o inexistente Todo-Poderoso… E não há dúvida que temos um milagre, pois é realmente milagre que tantos milhões se deixem levar, se deixem tão facilmente convencer! Mas esta é a realidade de hoje que o será não sabemos até quando. Quanto a nós, nós apenas queremos ser a grande pedrada neste charco de fantasmagorias que enlameia a dignidade do Homem como ser possuidor de uma razão que não pode, não deve, jamais deverá deixar-se alienar! Mesmo que tal querer nos custe a perdição no Inferno! Mesmo que sejamos excomungados, perseguidos, ameaçados de morte por aqueles que, instalados nos seus pedestais, não os querem perder: os ditos seguidores de Cristo, os fanáticos seguidores de Maomé! Mesmo que, por defender tal verdade afinal a única Verdade! nos levem a própria vida!…» (Cont.)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Apresentação da Nova Religião (6/7)

Continuamos, transcrevendo:
    «Esta será a única religião possível com o Deus verdadeiro, infinito e eterno, e o Homem interligando-se com Ele, gozando em plenitude a vida, não sozinho, mas com os seus irmãos, os outros Homens, numa fraternidade universal, tendo como filosofia o hedonismo, o optimismo, a componente positiva que existe em todas as coisas e acontecimentos, mesmo os mais trágicos, cultivando o sorriso ou a forte gargalhada para afastar medos que nos roubam o gostinho de viver e tantos outros gostinhos que preenchem o nosso dia-a-dia, enquanto há vida, vendo ainda como prazer o partir para a integração universal onde faremos parte em átomos e moléculas de outros seres que terão não os nossos genes que esses, com a morte, se perderam, mas outros, quem sabe, melhores e que menos problematizarão a vida própria e a de todos os que tiverem o destino de se cruzarem com eles. Uma religião, com toda a certeza, de inspiração divina! Não há nenhuma razão para que a inspiração divina se tenha confinado àqueles profetas da Bíblia, ao Jesus Cristo de há dois mil anos, ao Maomé de há treze séculos apenas! Uma Boa Nova pregada por uma nova Igreja, com ritos novos que substituam, com Verdade, cerimónias tradicionais de baptismos, crismas, confissões, comunhões, matrimónios, funerais, elegendo a cremação como a melhor forma da nossa reintegração no Universo! Cada um no seu espaço, cada um no seu tempo. Todos convidados a terem vida e vida em abundância porque iluminada pela Luz da VERDADE! Só assim se harmonizará finalmente a Fé e a Razão oferecendo-se ao Homem, esse “animal religioso” na sua complexidade psico-física, toda a satisfação da sua componente espiritual, numa base de credibilidade da Ciência para a qual o espírito se processa misteriosamente no cérebro que é apenas matéria, num conjunto de muitos milhões de neurónios. É que foi harmonia perdida ou adulterada pelas religiões, que não seguiram a máxima desse inexcedível Jesus Cristo: “Só a Verdade vos libertará!” Aliás, de tão ilustre espécimen humano deveríamos deitar fora tudo quanto foi fruto da sua prodigiosa imaginação e fantasia o Céu com o Deus-Pai, o Inferno com o Diabo, a vida eterna para apenas retermos a colossal mensagem de fraternidade universal do “Amai-vos uns aos outros!” E quando os seguidores e mentores das outras fés, religiões, crenças, afirmando para si e seus fiéis: “Esta é a nossa fé! Ninguém encontrará melhor!”, apregoando uma falácia em que gostosamente se deixam navegar, quiserem abrir os olhos e a mente para fora do seu reduto de fé, verão que esse “melhor”, está na única Verdade possível, a soberana Verdade já aqui várias vezes repetida: “Somos filhos da Terra e do Universo, forçosamente integrados num panteísmo universal em que tudo é, todos somos partículas de Deus”. Alimentaremos o nosso espírito com a harmonia do Belo das formas, das artes, das paisagens que os nossos olhos possam alcançar, das melodias percebidas pelos ouvidos, do infinito e eterno que intelectualmente atingimos, deixando que a nossa fantasia crie mundos inexistentes embora não os aceitando como verdadeiros, apenas puro divertimento, bradando, olhos no céu: “Ah, quem pudera conhecer o que as estrelas nos escondem! Que mundos, que seres, que…Vida!” Será nesses mundos que mais se sente, mais se saboreia Deus, o Deus verdadeiro, o único possível que, definindo-O nós, deixa de o ser, por impossível ontologicamente! Um ser sem o ser porque é TUDO! E nisto, já o dissemos, reside a inverdade de todas as religiões. Sobretudo a de Jesus Cristo. É bonito ouvi-lo falar de um Deus-Pai! Bonita aquela vida eterna, bonitos aqueles anjos, maravilhoso o seu Paraíso. Mas qualquer um, se quisesse fantasiar, poderia inventar o mesmo. E, apesar dos seus apregoados milagres, apesar de se dizer ou de o dizerem filho de Deus, Cristo apenas teve a capacidade imaginativa para afirmar aquilo que certamente gostaria que fosse verdade mas… não o é! Pois, como quererá o Homem ter o impossível: começar um dia no tempo e perpetuar-se por toda a eternidade? Como? Só um espírito emocionalmente perturbado poderia criar, acreditar e fazer acreditar em tal fantasia!» (Cont.)

sábado, 7 de julho de 2012

Apresentação da Nova Religião (5/7)

Continuamos, transcrevendo, hoje, com um Credo pleno de humanidade e de... Verdade:
    «Valores? Todos os valores de todas as religiões, filosofias, pensamentos. Também aqui nada se perdendo, mas apenas se direccionando para o outro Homem, o Homem novo, como o amor ao próximo de um Jesus Cristo.
    Um nome? – Talvez: “Adoradores do Deus universal, o Deus da Harmonia”. Ou simplesmente: “Adoradores de Deus”!
    Uma Bíblia? – O Sagrado Livro das Regras. Um livro certamente nunca acabado, pois sempre possível de acrescentos e aperfeiçoamentos conforme os tempos e as raças, a região do mundo onde brotasse. Também um desafio a todos os Homens inteligentes que queiram deixar um mundo melhor com a sua passagem nele, neste tempo, neste lugar, podendo dizer no termo dos seus dias: “Valeu a pena! Eu vali a pena!” E, nele, um credo que todos recitarão sempre que uma assembleia tiver lugar, imitando as actuais religiões que avassalam e alienam o mundo.
    Um exemplo de credo? – “Creio no Deus Universal, infinito e eterno, que se manifesta em todas as coisas visíveis e invisíveis, vivas e não vivas, sendo Ele a matéria e a antimatéria, o tempo e o espaço, a energia universal que tudo move, em acto ou em potência. Creio no prazer e na alegria, no optimismo e no pensamento positivo, na esperança e no sorriso que dão mais sentido à vida. Creio na eterna integração universal de tudo quanto se actualiza num dado tempo, num dado espaço, não vindo nem indo para parte nenhuma. Creio na inteligência do Homem que lhe permitirá conhecer e aceitar toda a Verdade que ele é: uma centelha de vida que aparece e desaparece, por acaso, num dado tempo, num dado lugar. Creio nas virtudes do Homem que o levarão a criar, um dia, uma sociedade perfeita e justa, tendo cada um aquilo que merece. Creio na solidariedade universal e na capacidade do Homem para dominar a Terra sem a destruir, autodestruindo-se. Creio na vida que foi, é e será a coisa mais bela que poderia ter acontecido à face da Terra. Creio que o Homem ter tido a inteligência capaz de pensar tudo isto é o maior milagre dessa mesma vida. Creio, enfim, que a vida é a mais tremenda e a mais maravilhosa manifestação do Deus Universal a quem bendiremos para sempre. Ámen!”» (Cont.)