quinta-feira, 27 de outubro de 2022

O Homem e o Universo

 

A VERDADE acerca do tudo existente e, nele, o Homem

 Pelos dados que a Ciência nos oferece, neste momento do Tempo, podemos concluir:

1 – Estamos num ESPAÇO Infinito e Eterno. E porque eterno, não criado, não havendo lugar a qualquer Criador…, excluindo-se, à partida, todas as religiões que o inventaram para seu suporte e lhe chamaram Deus.

2 – Nesse Espaço, sempre existiu a Matéria impregnada de Energia. Matéria e Energia sempre em movimento/transformação, eternas mas não infinitas porque forçosamente mensuráveis. Qual a sua dimensão é e será sempre um mistério.

3 – Esse conjunto de Matéria e Energia vão-se organizando e reorganizando, num dinamismo incompreensível mas perene, tudo sempre em movimento, nada se perdendo mas tudo se transformando, formando-se Universos, dos quais conhecemos apenas aquele de que fazemos parte. Um conhecimento limitadíssimo!

4 – A partir da análise deste Universo conhecido, poderemos dizer que os Universos são compostos por astros: nebulosas, galáxias, cometas, estrelas, planetas, asteroides…

5 – Neste Universo e num Planeta de uma Estrela de uma das suas galáxias (entre milhares de milhões) a que se chamou Terra, eclodiu a VIDA que se dividiu em plantas e animais, evoluindo sempre para formas novas desde o seu início, quando da matéria inerte brotou a VIDA.

6 - Após 3.5 mil milhões de anos de evolução, numa das espécies de animais, há apenas uns 4 milhões de anos, apareceu o Homem.

7 – O Homem tem tentado organizar-se em sociedades, para sobreviver e permanecer como espécie dominante e dominadora, no reino dos seres vivos.

8 – Infelizmente, a espécie humana ainda vive num razoável caos: predomina a ganância, a malvadez, o egoísmo, a insensatez, a exploração dos mais fracos, a sede de poder a qualquer custo de uns humanos sobre os outros e dos humanos sobre todos os seres vivos, animais e plantas, não havendo decisões que forçosamente teriam de ser a nível global, numa verdadeira ONU, sobre:

8.1 – Planeamento da quantidade de humanos que a Terra pode suportar.

8.2 – Organização das nações e, dentro delas, das sociedades, de tal modo que a economia e finanças se subordinassem totalmente ao bem comum, para que todos os indivíduos tivessem uma vida feliz, todos contribuindo para esse bem comum.

8.3 – Colocação dos avanços tecnológico-científicos ao serviço da construção da felicidade dos indivíduos e não ao serviço do poder e da guerra que faz a História e é o símbolo máximo da estupidez do Homem, criando-se armas de auto-destruição, cada vez mais eficientes e letais, falando-se embora de… paz!.

8.4 – Respeito integral pela Natureza e pelo Habitat de todos os seres vivos, todos vivendo na maior harmonia possível, embora sabendo-se que é uma realidade incontornável o Strugle for life (a luta pela vida), pois foi assim que ela nasceu e se desenvolveu, uns alimentando-se de outros, desde o micróbio e a bactéria à baleia ou elefante, mas numa harmonia que tende sempre para o equilíbrio, equilíbrio que, neste momento do Tempo e para sua própria ruína, está a ser quebrado pela estupidez do Homem que se diz inteligente.

É: O MUNDO ESTÁ A SER GOVERNADO POR HOMENS MAUS – alguma vez não esteve? – pondo a inteligência ao serviço dos seus mais baixos instintos: perversidade e ganância. E não são forçosamente os políticos, mas os que dominam as finanças e a economia.

Ora, cada Homem não é mais que um fogo-fátuo que aparece e desaparece no Tempo, tal como qualquer outro ser que vem à VIDA, perdendo-se para sempre na voragem do mesmo Tempo, não havendo lugar a qualquer eternidade – como enganosamente vendem os mentores das religiões! – sendo esta vida única e irrepetível: o EU nunca mais voltará a ser EU!...

E a pergunta que se impõe é esta:

Quando é que o Homem será capaz de criar uma sociedade onde haja HARMONIA entre todos os humanos e destes com todos os outros seres vivos, não esquecendo que todos estão em evolução/transformação, fazendo parte do contínuo e perene movimento do tudo existente neste Universo que vagueia pelo Espaço Infinito?

A resposta é pessimista: talvez um milhão! Talvez mil milhões! Ou, mais optimista, talvez apenas uns milhares de anos!

Ah, quem me dera estar cá para ver e… viver nesse paraíso!

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 358/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 52/?

 – “«Se Eu não tivesse vindo e não lhes tivesse falado, não seriam culpados de pecado. Mas agora não têm nenhuma desculpa do seu pecado. Quem Me odeia odeia também o meu Pai. Se Eu não tivesse feito no meio deles obras como nenhum outro fez, não seriam culpados de pecado. Mas eles viram o que Eu fiz e, apesar disso, odiaram-Me a Mim e a meu Pai. Deste modo, realiza-se o que está escrito na Lei deles: ‘Odiaram-me sem motivo’.»” (Jo 15,22-25)

– Parece que, sem dúvida, Jesus falaria dos do seu tempo que O não receberam e O mataram: os judeus. Eles realmente viram tudo o que Jesus fez e odiaram-no, não falando já no ódio ao Pai que certamente não entenderam como nós também não entendemos porque é preciso um Deus-Pai, bastando-nos apenas… DEUS! O que é certo é que os judeus se, antes de Cristo, já erraram de cativeiro em cativeiro, depois de Cristo, a sorte não lhes tem sorrido, sendo - como já dissemos - escorraçados ao longo da História de tudo quanto é lugar, culminando com os horrores do holocausto, vivendo hoje num pequeno território que parece e não parece pertencer-lhes… e em permanente conflito, ficando-lhes bem amargos o leite e o mel que desde tempos imemoriais desejaram que corresse na sua terra, a Terra Prometida!…

Se bem que o que está escrito “Odiaram-Me sem motivo” não seria motivo para tal rejeição a nível do Planeta… Se a Lei ou Escritura completasse com “Por isso nunca mais terão a paz.”, então sim, então justificar-se-ia tudo quanto lhes tem acontecido…

Mas, infelizmente, temos de voltar à mesma incontornável pergunta: “Se os judeus O tivessem recebido, acaso se cumpririam as “Sagradas” Escrituras?”

E, se os filhos não têm que pagar pelos pecados dos pais, numa perspectiva religiosa, porque sofrem os judeus de hoje pelos pecados cometidos pelos seus antepassados de há dois mil anos? Ou continuam a rejeitá-Lo como naquele tempo e, no seu coração, matá-Lo-iam se cá viesse de novo?…

Voltamos também à ideia de pecado. O pecado dos judeus que O não receberam e O mataram, o pecado de Judas que O entregou nas suas mãos… Pecados afinal – absurdo dos absurdos! – “necessários” porque, sem eles, não se cumpririam as Escrituras nem os desígnios do Pai a respeito de Jesus: “Foi precisamente para esta hora que Eu vim.” (Jo 12,27)!…

Enfim, ninguém entende aquele «Se Eu não tivesse feito no meio deles obras como nenhum outro fez, não seriam culpados de pecado.» Tal afirmação revela um fracasso total de Jesus: é que não conseguiu com tais obras extraordinárias “converter” os judeus. E será mais um argumento a favor de quem não crê que Jesus tenha feito qualquer milagre digno desse nome, tendo todos sido inventados pelos evangelistas para divinizarem Jesus para a posteridade. Um tremendo logro!

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 357/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. JOÃO – 51/?

 – “«Se o mundo vos odiar, sabei que Me odiou primeiro a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que é dele. Mas o mundo odiar-vos-á porque não sois do mundo, pois Eu escolhi-vos e tirei-vos do mundo. Lembrai-vos do que vos disse: ‘Nenhum empregado é maior do que o seu patrão. Se Me perseguiram a Mim, perseguir-vos-ão também a vós; se guardardes a minha palavra, guardarão também a vossa palavra. Far-vos-ão tudo isto por causa do meu nome, pois não reconhecem aquele que Me enviou.»” (Jo 15,18-21)

– O mundo!… Será a sociedade das injustiças, dos corruptos, do ódio, do não-amor ao próximo? - Aceitemos que sim. Mas nunca entenderemos - alguém entenderá? - porque é que vindo Jesus salvar o mundo, com a tal mensagem de… AMOR, o mundo O tenha odiado, O tenha matado, não tenha aceite de braços abertos tal mensagem pois assim alcançaria a vida eterna na bem-aventurança do Céu… Que falta de força a de Jesus, ou da sua mensagem, ou do Pai que O enviou que não conseguiu tal intento!

Falta de força inadmissível em… Deus, está claro!

Pior! Que Jesus reconheça tal “falhanço” e o apregoe, embora como que “desculpando-Se” dizendo que só aceita a sua mensagem quem não é do mundo…, não é fugir às responsabilidades? Não é o mundo o que Ele veio salvar? Se tirou os discípulos do mundo… e vão ser odiados e certamente perseguidos e mortos, quem poderá salvar-se, fazendo parte do tal mundo? Sejamos realistas, práticos e… olhemos à nossa volta! Quem pensa na mensagem de Jesus Cristo? Os que se dedicam à caridade? À recolha de donativos para os pobres deste mundo? Os que dão esmola? Os que rezam ou… enchem as igrejas ou fazem peregrinações a santuários? Os que ainda permanecem enclausurados em conventos? Os que se dedicam ao ministério das suas igrejas? Afinal, não parece nada fácil saber quem é o mundo e quem é a outra parte! Se quisermos, a parte que vai para o inferno e a parte que se salva…

– E os pobres e os oprimidos, com que meios ganham o… Céu? Já que não têm “meios” para fazer o tal amor ao próximo, ganham o Céu se manifestarem tal desejo quando, um eventual dia, tiverem com que ajudar? E os que não tiverem nunca tal dia, vão assim direitinhos para o Céu, tendo apenas sido “servidos” pela caridade alheia?

– “Eu escolhi-vos e tirei-vos do mundo”. “Escolher” foi real porque Jesus chamou os discípulos, mesmo o desgraçado do Judas…;“tirar do mundo” é que deve ser simbólico pois significa que os livrou de serem perversos, injustos, amantes do poder e das riquezas terrenas…

– Perseguir, odiar, matar… por causa do nome de Cristo, que o mesmo é dizer da sua mensagem de amor e de paz… é tão inconcebível!… Pois não deveria o amor gerar amor, a paz gerar a paz naqueles que tal mensagem escutassem? Porque tem efeitos contrários de ódio e de guerra? Bem precisávamos de mais este milagre de Jesus que, afinal não o soube ou não o pôde fazer, nem para Si nem para os discípulos que realmente foram perseguidos, torturados e mortos por pregarem Jesus Cristo…

– Não se compreende é porque Jesus justifica tal rejeição com o facto de o mundo não ter reconhecido aquele que O enviou: o Pai. Se Jesus nunca tivesse falado no Pai, acaso o Pai teria feito falta à força da sua mensagem, apoiada na força das suas obras?

Que acrescentou o Pai a Jesus Cristo? Apenas uma tremenda confusão de dependência que não é dependência, de uma filiação que não se entende, de um Pai que ama e que tortura um Filho…, Filho que não faz a sua vontade mas a do Pai que O enviou, não podendo a sua vontade ser diferente da do Pai…

Que confusão, Santo Deus! Que confusão!