sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 366/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos – 366/?

Evangelho segundo S. JOÃO – 60/?

 – “Depois de dizer estas coisas, Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o Filho Te glorifique a Ti, pois Lhe deste poder sobre todos os Homens, para que Ele dê a vida eterna a todos aqueles que Lhe deste.» (Jo 17,1-2)

– Quem terá entendido, quem entenderá tais palavras? O que é “o Pai glorificar o Filho e o Filho glorificar o Pai”, tendo o Pai que glorificar primeiro o Filho para que o Filho glorifique o Pai?

E quais foram aqueles que Deus-Pai deu a Deus-Filho para que este lhes dê a vida eterna?

Ah, a vida eterna!… Como é fácil a Jesus falar de vida eterna sem… nada de claro, explícito, concreto, real, certo… dizer acerca dela!… Como é fácil!…

Embora, oiçamos: “«Ora a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo.»” (Jo 17,3)

– Perceberam? Alguém percebeu?

Esta resposta às nossas eternas dúvidas sobre o que é a vida eterna, até parece clara: «reconhecer o Pai como único Deus verdadeiro e Jesus Cristo como o seu Enviado…» Mas… NÃO!

Pois, o que é “conhecer a Deus-Pai”? E o que é que tem a ver com definição de vida eterna, o reconhecer que o Filho é o seu enviado? – Ninguém percebe.

E, então, é mais uma vez a frustração total para nós, para toda a humanidade. Parecia que íamos finalmente ter uma resposta clara e, afinal… as palavras ficaram-se pelo enigmático “jogo” entre um conhecer o Deus-Pai e um reconhecer o Deus-Filho, como o Enviado!…

– Enfim… Ah como nos continua a incomodar aquele “ergueu os olhos ao céu”! A nós que sabemos que não há céu nenhum mas apenas espaço, onde se move esta grande-pequeníssima-minúscula Terra, não sabendo onde começa nem acaba tal espaço, parecendo-nos ser infinito, sem princípio nem fim…

Não sei se ingenuamente se brilhantemente raciocinando, sendo o espaço infinito e sendo a categoria de “infinito” apenas atribuível a Deus… Jesus teria toda a razão em olhar para o céu… Além de ser atitude muito mais “elevada” e significativa do que olhar em frente ou para o chão ou simplesmente fechar os olhos, não olhando para lado nenhum… Mas daí a deduzir que é lá que está o Pai, só numa mente brilhantemente capciosa e enigmática que não sente a necessidade de provar aquilo que afirma ir-lhe na alma…

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Olho para o meu corpo e que vejo eu?

 

Ah, se olhássemos apenas ao ESSENCIAL!

 Seríamos muito mais felizes!

O nosso corpo é de uma complexidade fantástica. Possui dentro de si várias máquinas (aparelhos) que funcionam autonomamente mas sempre conectadas umas com as outras, influenciando-se umas às outras. Tudo química em movimento. Em maior ou menor escala, cheia de minúsculos mistérios. Desde os cem mil milhões de neurónios e suas sinapses que constituem o cérebro, num emaranhado de circuitos electromagnéticos, até às centenas de ossos que mantêm o corpo de pé, apoiados num sistema muscular gerador de energia e força.

E este corpo é o suporte daquilo a que os clássicos denominaram de alma, alma que, afinal, não é mais do que o cérebro com as suas múltiplas funções: actos de inteligência, de vontade, de desejo, de toda a espécie de sentimentos e emoções, desde o ódio ao amor, do sorriso às lágrimas, da ganância ao espírito de solidariedade, da alegria à tristeza…

Corpo e alma nascem exactamente no mesmo momento da concepção, ambos com o ADN dos seus progenitores que, infelizmente, nem sempre transmitem os melhores genes para o aperfeiçoamento da espécie… E o ADN é duplo, na sua unidade: para o corpo, determinando-lhe a forma e durabilidade; para a alma, determinando-lhe o carácter e aptidões, podendo daí resultar um assassino ou um santo.

Este corpo e esta alma constituem o meu EU. E o EU, quer por imposições do instinto de sobrevivência da espécie, quer por “criações” psicológicas, não consegue viver sozinho, criando laços de amizade, de amor, de simpatia, de ternura…, laços mais ou menos duradouros, originando a mini-sociedade que é a família e outras mais abrangentes como os amigos, os colegas de trabalho, o ser cidadão da Pátria que nos viu nascer.

E o essencial do corpo e da alma é tanto e tão pouco! É que bastava que todos fôssemos, uns para com os outros, solidários, amigos, pacientes, simpáticos… para que o nosso essencial fosse pleno de felicidade.

Mas…, infelizmente, é o acessório, são os acessórios que nos ocupam o tempo e gastam as nossas energias físicas e, por arrastamento ou concomitantemente, as psicológicas, não nos permitindo um permanente sorriso e usufruir plenamente do gostinho da Vida. E – ESTUPIDAMENTE! – somos muito mais vezes levados pelos nossos acessórios malévolos – ódio, ganância, inveja… – do que pelos bons ou benévolos.

Se fossem os bons a ditar estados e emoções, tendo sempre em mente o ESSENCIAL, mesmo nas horas mais difíceis, conseguiríamos manter o SORRISO, pois nos convenceríamos de que a VIDA – a nossa vida! – é realmente a prazo. Ao nascer, a única e absoluta certeza que temos é que, um dia, cedo ou tarde, iremos forçosamente ter um FIM!

Então, diríamos com todas as forças da alma:

VIVA A VIDA, CARAMBA!

VIVA A ALEGRIA! HOJE, AMANHÃ E SEMPRE, ATÉ UM DIA!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 365/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 59/?

 – “«Até agora, falei-vos por comparações. Vai chegar o tempo em que não vos falarei por comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai. Então, pedireis em meu nome e não será necessário que peça por vós ao Pai, pois o próprio Pai vos ama, porque Me amastes e acreditastes que saí de junto de Deus. Eu saí de junto do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai.» Os discípulos disseram: «Agora falas claramente e sem comparações. Agora sabemos que sabes todas as coisas e que é inútil alguém fazer-Te perguntas. Agora sim, acreditamos que saíste de junto de Deus.» Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais em Mim? Pois bem, aproxima-se a hora em que vos dispersareis, cada um para seu lado e Me deixareis sozinho. Mas Eu não estou só, pois o Pai está comigo. Disse-vos estas coisas para que tenhais a minha paz. Neste mundo, tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo!»” (Jo 16,25-33)

– Incongruente, este Jesus de João! Porque não falou sempre claramente do Pai? Para quê as comparações se não eram para esclarecer difíceis conceitos?

E novamente, a certeza de que o que pedirmos ao Pai, nos será concedido, porque acreditámos… Bem, nós já pedimos… Agora só nos resta esperar…

Por outro lado, não entendemos! Como é que os discípulos podem dizer que agora sabem? Houve acaso algum esclarecimento da parte de Jesus? Então, o que os leva a acreditar agora que Ele saiu de junto de Deus? Cremos sinceramente que João, não sabendo explicar o seu incongruente, confuso e inexplicável Jesus, dá o facto por adquirido por parte dos apóstolos, mas sem qualquer fundamento ou prova.

É o caso do “Agora, é inútil fazer-Te perguntas”… Porquê? Alguma vez Jesus respondeu claramente às muitas perguntas que os discípulos Lhe fizeram? Onde? Quando? – NUNCA!!! Então, como é que João pode dizer do seu Jesus tal coisa?

– O próprio Jesus não acredita que eles acreditem nele, com total firmeza ou… certeza! E refugia-Se na sua solidão que não é solidão por estar, nas palavras que João colocou na sua boca, com quem sempre esteve: o Pai! Embora, mais uma afirmação sem qualquer fundamento.

– Enfim, incutir coragem aos discípulos que vão ser maltratados por causa do seu nome, revela afeição e amor. Mas o que significa realmente a afirmação: “Eu venci o mundo!”? Como? Deixando-Se matar? Morrendo numa cruz? Ressuscitando dos mortos? Deixando-nos uma mensagem de… amor?

E o que é o “mundo” para Jesus? As pessoas, a humanidade? E não era a sua missão vir salvar a humanidade do pecado e dar-lhe a promessa da vida eterna no Céu, se fossem bons na Terra? Então, que lógica tem a frase “Eu venci o mundo”?!

Mas aquela mensagem de fraternidade universal e de amor ao próximo, no “Ama o próximo como a ti mesmo”, ninguém lha poderá tirar.

E isso merece um grande aplauso!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 364/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 58/?

 (Ainda, na senda da oração a Deus-Pai, atrás formulada)

– Ficamos à espera que Deus atenda o nosso pedido… E seria fantástico que tal acontecesse! E vós, leitores, fazei esse mesmo pedido, talvez em voz bem alta, para que seja mais convincente e mais depressa chegue aos “ouvidos” de Deus-Pai! Rezai! Fazei tal pedido! Segui o conselho de Jesus Cristo! E, se calhar, se fizerdes o pedido em comunidade, ser-vos-á mais eficazmente concedido o que pretendeis, segundo as outras palavras de Jesus: “Se dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, tudo o que pedirdes ser-vos-á dado.” (Mt 18,20)

– Todos então ficaremos à espera que Deus-Pai cumpra a sua palavra! E, assim, todos nos salvaremos, todos teremos um Céu e nos veremos numa vida eterna feliz…

E lá cantaremos hossanas, em bebedeiras de felicidade: é que conseguimos descobrir não o elixir da eterna juventude da vida terrena – vida que por muito que dure ali tem de acabar – mas a maneira “fácil” de alcançar a eterna!… Bastou-nos pedir, em nome de Jesus, a Deus-Pai, a tal Fé na vida eterna, no Céu, em… DEUS!!!

– Ámen! Ámen! Ámen!…

É que Deus - se realmente existe, e com um Filho que realmente diz que o Deus-Pai existe e afirmando também que tudo o que pedirmos a esse Pai, em seu nome, nos será concedido… - Deus não poderá não conceder este grande, longo, universal pedido, pois não seremos só um ou dois, seremos milhares, milhões, a humanidade inteira de hoje, de ontem, de todos os tempos, a… pedir!

Ou, então, não será Deus! Ou… não existe, não existe!…

– Isso mesmo: que no-lo conceda e acreditaremos na sua existência! A concessão do que Lhe pedimos será a melhor prova de que Ele realmente existe, que Jesus a quem chamaram de Cristo é realmente o seu Filho, que a vida eterna existe e, nela, um Paraíso para os bons e um inferno para os maus, pois há que fazer justiça em algum canto do Universo!…

Por isso, meu Deus, estamos à espera… ficamos à espera!…

E então, a nossa alegria será completa!… Total!… Sem fim…

Ámen!