domingo, 30 de julho de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 142/?

À procura da VERDADE nos livros Proféticos

JEREMIAS 2/15

- “Enquanto Eu lhes matava a fome, eles traíam-Me, procurando 
a casa de prostitutas; são como cavalos reprodutores, gordos e lascivos, 
cada qual relinchando pela mulher do seu próximo. E Eu não os deverei 
castigar por estas coisas? - oráculo de Javé. (…) A sua maldade 
passa dos limites: não julgam conforme o direito, não defendem a causa 
do órfão, nem julgam a causa dos indigentes. E não hei-de castigar 
tais crimes? - oráculo de Javé. Será que não devo vingar-Me de 
uma nação como esta? Coisas terríveis e abomináveis acontecem neste 
país: os profetas só dizem mentiras, os sacerdotes só querem dinheiro e 
o meu povo gosta disso!” (Jr 5)
- Jeremias “leva” Javé a “arranjar” motivos e justificações para a invasão 
de Israel, já que tudo o que acontece a Israel é a Ele que se deve. 
Serão imagens. Novamente fortemente sexualizadas! Mas… que 
profetas dizem mentiras? E os sacerdotes a só quererem dinheiro? 
E o povo a… “gostar disso”?! É de bradar aos céus!
- “Ouve também tu, ó Terra: Enviarei uma desgraça contra este povo, 
fruto das suas más acções, porque não obedeceram às minhas palavras 
e desprezaram a minha Lei (…) Eu nomeio-te examinador do meu povo 
(…) Todos são rebeldes e semeadores de calúnias: parecem bronze 
ou ferro e estão todos corrompidos.” (Jr 6,19 e 27-28)
- O mesmo estilo. Mas… não haverá na capital de Sião, nenhum justo 
que se salve, Javé? Que povo é o teu que só pratica más acções?
- “Palavra de Javé que foi dirigida a Jeremias: (…) Se cada um praticar 
o direito com o seu próximo, se não oprimirdes o estrangeiro, o órfão 
e a viúva; se não derramardes sangue inocente (…) e não correrdes atrás 
dos deuses estrangeiros (…), então Eu continuarei a morar convosco. 
(…) Vós iludis-vos (…). Roubar, matar, cometer adultério, jurar falso, 
queimar incenso a Baal, seguir deuses estrangeiros (…) e depois 
apresentardes-vos diante de Mim (…) para dizerdes: Estamos salvos! 
(…) Quando tirei do Egipto os vossos antepassados (…), a única coisa 
que lhes disse foi: Obedecei-Me e serei o vosso Deus e vós sereis o 
meu povo. (…) Eles, porém, não obedeceram, nem deram ouvidos (…) 
Então, dir-lhes-ás: Esta é uma nação que nunca obedeceu a Javé, seu 
Deus, nem aceita correcção.” (Jr 7)

- Revela-se aqui a total frustração de Javé em relação ao seu povo. 
Que amargura real há naquele “Esta é uma nação que nunca obedeceu 
a Javé!”? Jesus, centenas de anos mais tarde, não terá melhor sorte a 
avaliar pelo que Lhe fizeram escribas, fariseus, sacerdotes, todo o 
“seu” povo… Hoje, o mundo caminha de guerra em guerra, económicas 
umas, com armas reais não poucas, onde o desprezo pelo sofrimento 
do outro impera e onde a bondade de muitos não consegue colmatar a 
maldade de tantos outros!… E nós perguntamos: Que poder tem 
Javé-Deus sobre os Homens? Temos assim tanta liberdade que o poder 
de Deus - o SUPREMO, O ETERNO, O TODO-PODEROSO - não é 
capaz de nos converter ou… convencer? Perante a realidade de uma 
humanidade totalmente injusta e insensível, na sua globalidade, somos 
levados a concluir que Javé-Deus nada tem a ver com a História do 
Homem. Nem teve um filho – Jesus Cristo – o ENVIADO DO 
PAI – que veio à Terra para salvar/libertar o mesmo Homem. Nem 
adianta cumprir os Mandamentos, se não temos certezas de uma vida 
eterna que nos compense dos sofrimentos e das privações terrestres…, 
se o destino é o mesmo para o justo e o pecador, para o pobre e para o 
rico, nada havendo realmente para além da morte… E já se faz tarde! 
É que não podemos parar o tempo e a hora da VERDADE – o tabu 
dos deuses! –  aproxima-se inexoravelmente! Então, quando alguém 
morrer, não chorem mas também não cantem aleluias. Tristezas não 
adiantam à vida que para os outros continua a cumprir-se. Alegrias, 
não há razão para elas, já que o Céu não sabemos se realmente existe, 
embora quiséramos tanto que fosse doce realidade!

terça-feira, 25 de julho de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 141/?

À procura da VERDADE nos livros Proféticos 

JEREMIAS 1/15

- Lendo a Introdução (ibidem), a impressão é de que não iremos 
mais longe do que com Isaías. A História do povo de Israel está 
presente, condiciona tudo. São factos passados entre 627 e 
586 a.C. - queda de Jerusalém e princípio do exílio na Babilónia. 
A descrença de que haja aqui qualquer coisa de divino é 
incontornável. Mas… sem alternativas, vamos ler.
- “Palavras de Jeremias, filho de Helcias, um dos sacerdotes de 
Hanatot (…). A palavra de Javé foi-lhe dirigida no décimo terceiro 
ano do reinado de…” (Jr 1,1-2)
- A identificação no tempo é perfeita. Mas… porque será a sua palavra, 
palavra de Javé? Porque não simplesmente, a sua visão dos 
acontecimentos que não as suas ideias políticas, aliás como Isaías, 
dizendo-se intérprete de Javé, pondo as suas ideias - que pecado! que 
abuso! que despudor! - na boca de Javé? Um qualquer de nós não 
poderia dizer que é Deus a falar quando exprimimos as nossas 
“sábias” opiniões? Não têm os cientistas ideias brilhantes, decisivas na 
evolução da História? Não são os poetas e artistas inspirados por divinas 
musas? Não é todo o Bom e Belo inspiração de Deus? Não se diz 
que malignas acções e ideias perversas são inspiração do diabo? Onde 
a diferença? Só porque não reclamam - humildemente! - para si, a 
inspiração divina, atribuindo a Deus tais ideias, tais inspirações?
Aliás, comenta-se, a propósito de 1,4-25,38: “Esta parte contém as 
profecias (…) de Jeremias contra o reino de Judá. (…) O tema geral é 
o confronto entre Jeremias e as estruturas sociais decadentes da sua 
época.” (ibidem)
- “Recebi a palavra de Javé que me dizia: Antes de te formar no ventre 
da tua mãe, Eu te conheci; antes que fosses dado à luz, Eu te consagrei 
para fazer de ti profeta das nações. (…) Então Javé estendeu a mão, 
tocou na minha boca e disse-me: Eis que ponho as minhas palavras na 
tua boca.” (Jr 1,5 e 9)
- Claro que tais afirmações não nos merecem qualquer credibilidade! 
A mão, o tocar, as palavras de Javé… é tudo simbólico.
- “Deitavas-te e prostituías-te no alto de qualquer colina mais elevada 
ou debaixo de qualquer árvore frondosa. (…) Como te atreves a dizer 
que nunca te contaminaste, que nunca procuraste deuses estrangeiros? 
(…) Reconhece o que fizeste, camela leviana de caminhos extraviados, 
jumenta selvagem, habituada ao deserto, farejando o vento no calor 
do cio: quem domará a tua paixão? Quem te for procurar não vai ter 
trabalho, pois vai encontrar-te sempre no mês do cio.(…) Prostituíste-te 
com muitos amantes e ousas voltar para Mim? - oráculo de Javé. 
(…) Onde é que não foste desonrada? Como viajante no deserto, 
sentavas-te à beira dos caminhos, à disposição deles (…) Continuaste 
a tua vida de prostituta e nem disso te envergonhaste (…) Viste o que 
fez Israel, essa rebelde? Ela andou por todos os altos montes e 
prostituiu-se à sombra de toda a árvore frondosa. (…) A infiel Judá, 
sua irmã, (…) também ela caiu na prostituição (…) ” (Jr 2-3)
- A obsessão por imagens com conexões sexuais, constante nos autores 
bíblicos, não deixa de nos fazer pensar num certo recalcamento sexual 
destes autores, talvez por tabus intransponíveis para a classe sacerdotal, 
embora houvesse as prostitutas “sagradas”… E, aceitando o simbolismo, 
poder-se-ia perguntar se não haveria modo mais “divino” de exprimir a 
infidelidade de Israel e de Judá…
- “Do Norte vou fazer vir uma desgraça, uma grande devastação. (…) O 
país inteiro vai ser arrasado (…) Eu decidi e não vou arrepender-Me nem 
voltar atrás.” (Jr 4)

- Jerusalém vai ser arrasada… castigada, pelos seus pecados: injustiça, 
não uso do direito, infidelidades a Javé adorando os ídolos. A História é 
real. A interpretação bíblica é religiosa. Que credibilidade merece tal 
interpretação? Porquê acreditar que é castigo de Javé? Todos os povos 
vítimas de guerras e de genocídios foram, são e serão castigados por Javé? 
Castigo dos seus pecados? De certo que não! Então, porquê admitir tal 
com Israel, há dois mil e quinhentos anos? Só porque um Isaías ou um 
Jeremias “profetizou” tal em nome de Javé? Tal como nos anteriores 
supostos profetas, também em Jeremias Javé vai ser a panaceia para 
todas as suas cogitações ou interpretações da História.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Eu e o meu corpo


Perdoem-me ter de referir alguns dados que são do conhecimento geral mas que importa salientar para nos inserirmos no contexto.
Pensando na dicotomia clássica: alma e corpo, este aparece-nos como um conjunto de máquinas fantásticas, no interior e no exterior, máquinas que nos trazem vivos, desde a pele, até aos sistemas respiratórios, circulatórios, digestivos, auditivos, de visão, etc., etc., tendo uma configuração específica para cada humano, dos cabelos aos pés, todos semelhantes – pois humanos – mas todos diferentes.
A alma, por outro lado – a psiqué para os gregos, a anima para os latinos – significa espírito, sopro vital, inteligência (ou inteligências nas suas diversas valências: matemática, musical, rítmica, poética, etc.), emoção, sentimento (ou os sentimentos de amor, ódio, inveja, ganância, tristeza, alegria, o sorriso…), vontade, carácter ou maneira de ser, capacidade de decisão, consciência (ou consciência de si, o EU), conhecimento…
Mas facilmente nos apercebemos de que a alma não é autónoma do corpo, só por ele existindo, o mesmo acontecendo com o corpo que não sobrevive sem a alma, embora possa “viver” artificialmente, apoiado em máquinas, como acontece no estado de coma.
A imagem que melhor evidencia a dicotomia clássica será o do cadáver: ali está um corpo sem… alma – sopro vital. A alma deixou de existir no momento em que as funções da máquina-corpo cessaram. Mas o corpo continua corpo: dos cabelos aos pés. Sem vida, no entanto. E por pouquíssimo tempo: a degradação pode ser retardada, mas é inexorável: a Terra – ou a Natureza donde afinal veio e da qual se alimentou toda a vida – reclama a sua rápida reintegração nela.
O ser humano, como qualquer ser vivo – pese embora a sua especificidade de ser racional, com capacidade de raciocínios abstratos e conscientes – é, pois, um inseparável conjunto daquelas duas realidades.
No entanto, dadas as descobertas feitas acerca do cérebro – órgão altamente complexo, composto por milhares de milhões de neurónios e sinapses – concluiu-se que todas as propriedades da alma se encontram ali sediadas. Lógico será concluir que a alma é… o cérebro. Aliás, afecte-se este em uma qualquer das suas partes (lóbulos) e logo desaparece a valência da alma que aí se localiza e onde é activada. O cérebro comanda ainda uma boa parte da actividade corporal (a nível interno do organismo, os órgãos funcionam ou parecem funcionar automaticamente…), desde o localizar a dor, à cedência ao vício, ao instinto de conservação da vida, obrigando o corpo a fugir do perigo ou a ter a apetência sexual necessária para a reprodução da espécie, às sensações de fome, sede, etc., a todos os prazeres físicos ou espirituais…
Se há interdependência vital entre alma e corpo, há também interferência desta naquele e deste naquela. Preocupações, paixões, medos…, qualquer sentimento forte faz bater mais forte o coração, tira a vontade de comer, leva o corpo para o desleixo ou a cometer loucuras, arruinando a saúde.
Ponho-me em frente ao espelho e olho o meu corpo: ali estou eu! Melhor: eu e o meu corpo. Primeiro, vejo aquelas carnes com as formas moldadas pela Natureza e pelo ADN que me coube em sorte, mais ou menos potenciadas pelo meu empenho ou falta dele; depois, olhando mais profundamente, saio daquele corpo, ficando em seu lugar, primeiro um corpo sem alma, depois, o esqueleto que o sustém e articula; enfim, indo ainda mais longe no tempo próximo-futuro, vejo apenas um montículo de cinzas que, espalhadas pela Natureza que o alimentou, irão integrar-se em outros seres vivos ou não vivos, no eterno retorno do mesmo ao mesmo através do diverso, nada realmente se criando, nada se perdendo, mas tudo se transformando, como acontece desde sempre e para sempre… E nós a fazer parte desta Odisseia, deste Milagre que é a VIDA! Simplesmente FANTÁSTICO!
Então, para quê querer uma eternidade? Para quê querer o impossível: um ser criado num dado momento do Tempo a prolongar-se pela eternidade ou pelo infinito? Para quê um Céu ou um Inferno? É de sorrir aos que vendem tais ilusões e chamar-lhes simplesmente loucos. Loucos talvez não sejam, sobretudo os gurus, pois encontraram um modo de vida agradável, ganhando a mesma vida de mãos limpas, vendendo essas ilusões… Um modo até “simpático”, se não fossem as muitas desgraças e crimes que acompanham tais teorias religiosas, como relata a História antiga e actual. E, para admiração/espanto dos não crentes, esses gurus continuam a convencer centenas de milhões de que as ilusões que apregoam são a VERDADE sobre a realidade humana…
A crença afecta a alma. Indirectamente, mas muitas vezes, também o corpo. Quer pelas falsas promessas de que o sofrimento é redentor e salvífico e leva à eternidade num qualquer Paraíso junto de Deus…, levando à martirização, quer pela paz de espírito e panaceia que tal esperança gera nos mesmos crentes. Não sabemos é a até que ponto há a liberdade de acreditar!

No final, como filosofia de vida, para a alma e para o corpo, será o slogan latino “Carpe diem!” – VIVE O MOMENTO! Sem nos esquecermos, claro, quer no prazer, quer no trabalho, de que temos coração…

domingo, 2 de julho de 2017

Existir: drama ou a glória de ter vindo à vida? 2/2


                                                                      
A realidade que somos e em que nos movemos
(Texto fundamental: a VERDADE DO HOMEM)

CONCLUSÕES:
1 – Haverá, por esse Universo, incontáveis planetas de estrelas, onde haja 
condições para aparecer vida, tal como na Terra. Logo, também espécies 
inteligentes como a nossa. O grande problema de contacto: as distâncias, 
medidas em anos-luz, que nos separam de tais planeta.
2 - A VIDA chegou à “produção” do Homem, na Terra, por evolução, 
sobrevivendo sempre o mais forte e o mais bem adaptado ao habitat onde 
proliferou, continuando a ser um mistério a tremenda biodiversidade que 
conhecemos, havendo ainda muitas espécies desconhecidas. Em termos 
cósmico-temporais – o TEMPO conhecido – o Homem apareceu há apenas 
alguns minutos…
3 - Se tudo está em evolução – os seres vivos, desde o seu início em que 
da matéria brotou a vida… – é racionalmente aceitável que a evolução 
continue até que a Terra desapareça, absorvida aquando da transformação 
do Sol numa gigante vermelha, facto que ocorrerá daqui a c. de 4,5 mil 
milhões de anos. Interessante a pergunta: que tipo de HOMEM haverá 
nessa altura? Ou já terá desaparecido, como tantas espécies que todos os 
dias se extinguem?
4 – Cada um de nós é único e irrepetível. Objectivamente, somos, no rolar 
da vida – energia em perpétuo movimento que se manifesta onde haja 
condições para que aconteça – fruto do acaso, da união de um dado 
espermatozoide (num acto em que estiveram em competição c. de cinco
milhões de candidatos…) com um óvulo.
5 – Dramática a pergunta: “Afinal, para quê viemos à vida?” – A resposta 
nua e crua: “Para nada! Foi apenas por acaso! Tal como acontece com 
qualquer outro ser vivo.”
6 – Perguntas não menos dramáticas: “O que fazemos aqui? Donde viemos 
e para onde vamos?” – As respostas – subjectivamente cruéis – são simples: 
“Aqui, fazemos parte da evolução da energia em perpétuo movimento, 
nascendo, vivendo, morrendo. Viemos da matéria energizada ou em 
movimento e voltamos para essa mesma matéria. Sem deixar rasto e, 
numa perspectiva cósmica, sem que tenhamos tido qualquer interesse 
para o Universo. Aliás, nem qualquer interesse para a Terra, onde os 
rios corriam, quando cá chegámos, correm e continuarão a correr, 
impávidos e serenos, ignorando completamente a nossa passagem, 
quando nos formos…”
7 – Ainda mais dramáticas: “Que faremos de todos os nossos sonhos, dos 
nossos sentimentos, das nossas relações, das nossas fantasias, dos nossos 
desejos, dos nossos amores, dos nossos conhecimentos, das nossas 
emoções?” – Resposta também nua e crua: “Não faremos nada; tudo é 
bom para a vida; tudo se perde na morte!”
8 – E ainda e enfim: “O que fazer do nosso desejo louco de eternidade 
num Paraíso de delícias, após a morte?” – “É para esquecer! A 
eternidade não nos é possível, seja com este corpo, seja com esta alma, 
esta razão, esta emoção. Somos totalmente matéria. O espírito ou alma 
(razão e emoção) que parece existir em nós, não é mais do que uma 
elaboração do cérebro, neurónios e sinapses, logo fruto da matéria, logo 
matéria! Morrerá com a morte de todo o corpo.”
9 – A realidade vista de outro ângulo: Somos um pontinho no Planeta 
Terra, Terra que é pontinho no sistema solar, sistema solar que é 
pontinho na Galáxia Via Láctea, Galáxia que é um pontinho neste 
Universo, o único conhecido. Essa a nossa real dimensão, essa a nossa 
VERDADE: um pontinho, aparecendo e logo desaparecendo no TEMPO…
10 – E quem quiser dar um sentido à mesma VIDA, bem pode 
socorrer-se do slogan: “Fazer um filho, plantar uma árvore e escrever 
um livro.” Três objectivos que apontam para o perpetuar a espécie 
(oxalá sem se tornar espécie infestante, predadora de tudo quanto é 
comestível…) o colaborar com a Natureza que lhe alimentou a vida e, 
enfim, participar, com as suas ideias, na evolução da raça humana, 
enquanto sociedade, que deveria caminhar para a fraternidade universal, 
logo, lutando contra tudo o que apela à violência gratuita de irmão 
contra irmão, num grandíssimo “NÃO!” às guerras, ao fabrico de 
armas, à fome, à injustiça!
11 – Enfim, já que viemos à VIDA, que seja gloriosa a nossa vinda! 
Que nenhum momento dela se perca, vivendo-a intensamente e o melhor 
que soubermos e pudermos, não nos deixando levar só pelo sentimento ou 
pela emoção! Nem… pelas pequenas coisas! O melhor mesmo é 
DELICIARMO-NOS COM O BELO QUE NOS RODEIA E NOS 
CONVIDA, DO ÁTOMO ÀS ESTRELAS, AO UNIVERSO, em total 
“open mind” connosco e com os outros, dando à VIDA O SENTIDO 
QUE MAIS NOS APROUVER! AGRADECIDOS!... SORRINDO!…