sexta-feira, 20 de julho de 2012

Apresentação da Nova Religião (6/7)

Continuamos, transcrevendo:
    «Esta será a única religião possível com o Deus verdadeiro, infinito e eterno, e o Homem interligando-se com Ele, gozando em plenitude a vida, não sozinho, mas com os seus irmãos, os outros Homens, numa fraternidade universal, tendo como filosofia o hedonismo, o optimismo, a componente positiva que existe em todas as coisas e acontecimentos, mesmo os mais trágicos, cultivando o sorriso ou a forte gargalhada para afastar medos que nos roubam o gostinho de viver e tantos outros gostinhos que preenchem o nosso dia-a-dia, enquanto há vida, vendo ainda como prazer o partir para a integração universal onde faremos parte em átomos e moléculas de outros seres que terão não os nossos genes que esses, com a morte, se perderam, mas outros, quem sabe, melhores e que menos problematizarão a vida própria e a de todos os que tiverem o destino de se cruzarem com eles. Uma religião, com toda a certeza, de inspiração divina! Não há nenhuma razão para que a inspiração divina se tenha confinado àqueles profetas da Bíblia, ao Jesus Cristo de há dois mil anos, ao Maomé de há treze séculos apenas! Uma Boa Nova pregada por uma nova Igreja, com ritos novos que substituam, com Verdade, cerimónias tradicionais de baptismos, crismas, confissões, comunhões, matrimónios, funerais, elegendo a cremação como a melhor forma da nossa reintegração no Universo! Cada um no seu espaço, cada um no seu tempo. Todos convidados a terem vida e vida em abundância porque iluminada pela Luz da VERDADE! Só assim se harmonizará finalmente a Fé e a Razão oferecendo-se ao Homem, esse “animal religioso” na sua complexidade psico-física, toda a satisfação da sua componente espiritual, numa base de credibilidade da Ciência para a qual o espírito se processa misteriosamente no cérebro que é apenas matéria, num conjunto de muitos milhões de neurónios. É que foi harmonia perdida ou adulterada pelas religiões, que não seguiram a máxima desse inexcedível Jesus Cristo: “Só a Verdade vos libertará!” Aliás, de tão ilustre espécimen humano deveríamos deitar fora tudo quanto foi fruto da sua prodigiosa imaginação e fantasia o Céu com o Deus-Pai, o Inferno com o Diabo, a vida eterna para apenas retermos a colossal mensagem de fraternidade universal do “Amai-vos uns aos outros!” E quando os seguidores e mentores das outras fés, religiões, crenças, afirmando para si e seus fiéis: “Esta é a nossa fé! Ninguém encontrará melhor!”, apregoando uma falácia em que gostosamente se deixam navegar, quiserem abrir os olhos e a mente para fora do seu reduto de fé, verão que esse “melhor”, está na única Verdade possível, a soberana Verdade já aqui várias vezes repetida: “Somos filhos da Terra e do Universo, forçosamente integrados num panteísmo universal em que tudo é, todos somos partículas de Deus”. Alimentaremos o nosso espírito com a harmonia do Belo das formas, das artes, das paisagens que os nossos olhos possam alcançar, das melodias percebidas pelos ouvidos, do infinito e eterno que intelectualmente atingimos, deixando que a nossa fantasia crie mundos inexistentes embora não os aceitando como verdadeiros, apenas puro divertimento, bradando, olhos no céu: “Ah, quem pudera conhecer o que as estrelas nos escondem! Que mundos, que seres, que…Vida!” Será nesses mundos que mais se sente, mais se saboreia Deus, o Deus verdadeiro, o único possível que, definindo-O nós, deixa de o ser, por impossível ontologicamente! Um ser sem o ser porque é TUDO! E nisto, já o dissemos, reside a inverdade de todas as religiões. Sobretudo a de Jesus Cristo. É bonito ouvi-lo falar de um Deus-Pai! Bonita aquela vida eterna, bonitos aqueles anjos, maravilhoso o seu Paraíso. Mas qualquer um, se quisesse fantasiar, poderia inventar o mesmo. E, apesar dos seus apregoados milagres, apesar de se dizer ou de o dizerem filho de Deus, Cristo apenas teve a capacidade imaginativa para afirmar aquilo que certamente gostaria que fosse verdade mas… não o é! Pois, como quererá o Homem ter o impossível: começar um dia no tempo e perpetuar-se por toda a eternidade? Como? Só um espírito emocionalmente perturbado poderia criar, acreditar e fazer acreditar em tal fantasia!» (Cont.)

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