quinta-feira, 25 de maio de 2023

Universo, querido Universo, para que te quero?

 Saber muito sobre o Universo é interessante mas… mas não passa disso!

 É espantoso o que conhecemos sobre este Universo observável. Exactamente porque é observável!

Foi-lhe determinada uma data de “nascimento”, cerca de 15 mil milhões de anos, (logo, terá de ter um fim, embora tudo se transformando, nada se perdendo, simplesmente porque não tem por onde perder-se…), conhecem-se milhares de milhões de elementos que o compõem, desde as estrelas que se agrupam em galáxias, aos aglomerados de galáxias, que se contam por milhares de milhões, às nebulosas, cadinhos do nascimento de novas estrelas, num eterno retorno da matéria à matéria através duma energia sempre em movimento, sempre se renovando, sempre se transformando…

Se já conhecemos muito deste Universo, o que desconhecemos dele é quase de dimensão infinita. Sabemos, por exemplo, das astronómicas distâncias que separam as estrelas dentro da sua própria galáxia, as galáxias dentro dos seus aglomerados, tendo que se medir em anos-luz e parsecs…, mas ignoramos completamente o seu número, número que embora seja colossal nunca poderá ser infinito porque forçosamente finito no mensurar da Matéria e Energia que tudo informam.

E nada nos adianta saber que TUDO obedece a uma Lei soberana: a lei da gravidade universal, tudo se atraindo, tudo se repelindo, num equilíbrio tremendamente forte que nada consegue abalar.

Maior mistério ainda – mistério que nunca será desvendado! – é saber o que havia antes deste Universo e onde ou em que ponto do espaço se encontrava a matéria energizada que lhe deu origem. Embora, se o Espaço é infinito, não seja possível determinar um qualquer ponto onde pudera ter estado e começado…

Outro mistério não menor é saber quantos Universos haverá no Espaço, Espaço que só pode ser infinito, portanto sem barreiras de começo ou de fim. Obviamente, o “nosso” Universo não pode ser único, mas foi nele que brotou certamente uma das mais belas histórias de todos os Universos (embora nada saibamos do que se passa/passou/passará nos milhões de outros forçosamente existentes) – A HISTORIA DA VIDA E, NELA, DO HOMEM! – ambos aparecendo num pontinho de matéria do mesmo Universo: um médio Planeta de uma média Estrela, na periferia de uma Galáxia, pontinho que dá pelo nome de TERRA. E de certeza que não somos únicos, mesmo neste Universo, dadas as suas colossais dimensões e a quantidade de Matéria e Energia que o formam.

Então, bendita sejas, ó Terra, e bendito seja o Sol que alimenta a VIDA que há em ti! VIDA que eu tive a sorte de participar num dado momento do Tempo!

E tu, querido Universo, já que não sou raio de luz que possa circular à sua velocidade – e mesmo assim, levaria milhares, milhões ou mesmo biliões de anos para ir de estrela em estrela, ou de galáxia em galáxia – para contemplar e me deliciar com as tuas belezas, olhando as imagens fantásticas que nos chegam do Espaço, como, por exemplo, das Nebulosas…, vou viajando por ti, em fantasia ou imaginação, perdendo-me, olhos fechados, num relax total, junto de um Buraco Negro com a sua extrema capacidade de tudo absorver em redor, nada podendo se libertar dele, ou de uma Estrela gigante, ou de uma Nebulosa multicolor devido às poeiras energizadas que nela actuam, assistindo ao enigmático nascimento desta e mais daquela e mais daqueloutra estrela, estrelas que, depois de milhões, irão formar uma nova Galáxia…

Estes pensamentos enchem-me a alma e libertam-me o espírito do miserável comezinho do da-a-dia…

FANTÁSTICO, NÃO É? POR ISSO, OBRIGADO, QUERIDO UNIVERSO!

 

 

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