sábado, 10 de julho de 2021

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 315/?

 

 À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 10/?

(Continuação da análise da narrativa da cura do paralítico, na piscina de Jerusalém)

– “Ora isto aconteceu em dia de sábado. (…) Os judeus começaram a perseguir Jesus porque Ele curara em dia de sábado. Jesus então disse-lhes: «Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho.» Por isso, as autoridades judaicas tinham cada vez mais vontade de matar Jesus porque, além de violar a lei de sábado, chegava até a dizer que Deus era seu Pai, fazendo-Se assim igual a Deus.” (Jo 5,9 e16-18)

– Não importa muito dissertar sobre o fundamentalismo judaico quanto ao sábado. No A.T. e agora com Jesus que o quis quebrar, embora baseado no AT:”E ao sétimo dia Deus descansou”. A justificação de Jesus com o Pai que “trabalha continuamente” é que… humaniza tanto o “seu” Deus-Pai que ficamos sem saber que trabalho anda Deus a fazer ou tem Deus de… fazer!

–“Mais tarde, Jesus encontrou aquele homem no Templo e disse-lhe: «Ficaste curado. Não tornes a pecar para que não te aconteça ainda pior.»” (Jo 5,14) Temos vontade-necessidade de perguntar a Jesus: “É a doença resultado do pecado? Quem não peca não adoece? Então, esses justos todos que andam por aí sofrendo e esse pecadores todos que andam respirando saúde?… De que jeito tal lhes acontece?…” Este temor foi sempre uma arma utilizada pela Igreja para aterrorizar santos e pecadores, levando-os a temer não propriamente a doença mas morte e o inferno, conseguindo dois objectivos: 1 – que as pessoas ficassem menos pecaminosas; 2 – que enchessem os cofres da mesma Igreja, pagando missas e indulgências e justificando o dito sacramento da Confissão.

– Última pergunta: “A quem aproveitou este milagre? Aos judeus, não, porque só acirrou neles a vontade de serem o braço de Javé-Deus para fazerem cumprir em Jesus as Escrituras. Aos outros doentes da piscina, também não porque certamente, se souberam, ficaram com inveja e não sem alguma revolta por não terem sido contemplados com a benesse da cura. Outros que por ali estivessem, parece que nem deram pelo prodígio… Então?…”

– Só resta dizer que aquele acreditar “cego” na cura das águas agitadas pelo anjo… é pelo menos lamentável e que Jesus deveria ter desmistificado tal crendice que era, com total certeza, invenção de algum “piedoso” judeu, sacerdote ou levita, sabe-se lá se bem pago pelo dono da piscina que lucraria com tais ajuntamentos… É que era uma questão de intervenção divina. E não tinha sido dado todo o poder divino a Jesus? Como passa Ele por ali sem… reivindicar as suas prerrogativas? Sem pôr ordem na “casa” de… Deus?

Incompreensível!

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