sexta-feira, 5 de março de 2021

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 300/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. LUCAS – 16/?

 – Embora só apareça em João e não em Lucas, analisemos a frase de Jesus, ou posta na boca de Jesus pelo evangelista: “Quem Me vê a Mim, vê o Pai.”? (Jo 12,45;14,9) Esta afirmação nada nos diz de concreto e de real sobre Deus ou Deus-Pai. Ou o Pai não é Deus ou Jesus quis dizer outra coisa qualquer fora da letra. Assim, ficamo-nos pela… Fé e, mesmo aqui, uma Fé do “adivinha o que isso poderá ser”!

E nós que somos seres racionais e não de Fé… ficámos sem nada de Céu, nada de Pai, nada do Além, nada de… NADA!!!

Mais verdade ainda é que tudo isto nos parece exíguo de significado, sabendo nós como sabemos que esta Terra também ali se acaba e que este Universo conhecido teve um princípio e, inexoravelmente, terá de ter um fim, pois só não tem fim quem não teve princípio e que Deus tem de estar fora de tudo e de todos, o mesmo é dizer, tem de estar em tudo e em todos, se é que Ele não é exactamente esse TUDO e esse TODOS, de que nós seremos uma qualquer partícula perdida, por acaso num tempo e num espaço determinados, sem qualquer outro significado que não seja esse mesmo: Partícula perdida… Quem nos encontrará para além da vida? Quem?…

Não sabemos se Jesus, em toda a sua sabedoria que espantava os doutores no Templo aos doze anos, já disto se teria apercebido, tendo lido ensinamentos antigos egípcios e mesopotâmicos. Como homem, claro, porque, a acreditar na sua filiação divina, para Ele, não tinham segredos nem a matéria, nem o Universo, nem o Homem, nem a Terra, nem nada do que é visível ou invisível, do que pertence ao tempo, seja passado, presente ou futuro, mas também do que pertence à eternidade…

Realmente faltou a Jesus completar de forma diversa aquela belíssima história do rico e do pobre. Bastaria que deixasse Abraão enviar Lázaro a casa do homem rico para avisar os seus irmãos… E, enviando naquele tempo Lázaro, teria aberto as portas a que todos os mortos viessem cá dizer-nos o que se passa no Céu ou no Inferno e então, sim, então só se condenaria quem realmente quisesse, pois não seria preciso Fé em palavras de outros, mas veria ali com os seus próprios olhos e saberia exactamente com que linhas coseria a sua salvação ou condenação eternas…

E assim, não teria a “nossa” desculpa de ser castigado com uma pena eterna por crimes cometidos no Tempo… Saberia as regras do jogo e jogaria conforme quisesse. Assim, sim, seríamos livres de escolher o Inferno ou o Céu… Mas… Jesus não quis ou… não pôde, e lá começamos a duvidar da sua realidade divina, dizendo-nos Ele que veio salvar a humanidade e levá-la para o Céu… Não saberia que “ver para crer” era a melhor forma de ter quase todos os Homens eleitos no Céu? Porque não o fez? Porque nos deixou sem respostas? - repetimos em grito de frustração!

Esta manifesta incapacidade de Jesus é, no mínimo, muito estranha…

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