quinta-feira, 25 de março de 2021

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 303/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. LUCAS – 19/?

 – Ainda voltando ao tema rezar, Jesus, depois de nos ensinar o “Pai nosso” (Mt 6, 7-15), diz-nos agora para insistirmos, maçarmos Deus, tal como na parábola, a viúva insistia com o juiz para que lhe fizesse justiça…

Realmente, aquele “Vosso Pai que está nos Céus” de Jesus parece uma espécie de Deus-homem que está ali para abençoar as nossas boas acções para com o próximo, sobretudo os pobres e deserdados da sorte, e também para nos castigar se esquecemos o nosso irmão, levando-nos até ao fogo do inferno onde há choro e ranger de dentes, se chamarmos estúpido a esse mesmo irmão…

Como tudo é visto tão à humana, santo Deus! Como nós queríamos que Jesus nos apresentasse um Deus que fosse mais Deus e menos homem! Um Deus realmente infinito e eterno! Será que nem Jesus Cristo, perdido que estava com a sua ideia de Deus-Pai, viu Deus como uma realidade transcendental, fora do Tempo e do Espaço, não “subjugado” a um Céu, com anjos para O servirem, organizados em legiões para O “defenderem” contra um hipotético inimigo - como se Deus pudesse ter inimigos, santo Deus! - realidade acima de tudo o criado e não-criado, como aliás diz o Credo católico, elaborado muito tempo depois de Cristo? - perdoem-nos mais esta heresia!…

É! Insistir com Deus é… é… humanizar Deus. Sem qualquer dúvida…

E Jesus parece não ter consciência de tal humanização…

Ainda mais sem sentido é a pergunta final: “Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar Fé sobre a Terra?” (Lc 18,8)

Não se percebe que Fé quererá Cristo encontrar sobre a Terra quando voltar. E se duvida que haja Fé, deveria sentir-se frustrado na sua missão de ter vindo dar Fé à humanidade e não o ter conseguido. Pois, que Lhe aproveitaram tantos milagres, tanta fraternidade apregoada, tanta dor na cruz, tanta fadiga em fundar uma Igreja?

E com estas interrogações todas, Jesus que tinha tudo para salvar todos os Homens, ficou-Se por apenas alguns eleitos, por apenas alguns a quem conseguiu firmar na Fé, apenas alguns dos muitos biliões que a Terra teve, tem e terá pelos séculos dos séculos que afinal têm um fim e não são “sem fim, ámen”, como reza também o Credo da Igreja… Que Céu tão apoucado este, afinal, o de Jesus Cristo!… E Ele que é o próprio a duvidar de que haja Fé quando voltar, certamente no fim dos tempos, embora nunca tenha dito que fim e que tempos…, o que era fundamental para que pudéssemos saber como organizar a nossa curta vida dos setenta, oitenta, noventa anos…

Enfim, é o Jesus que temos! E se não conseguiu convencer-nos de que realmente o Céu existe, ao menos indicou-nos o caminho para o Céu da Fé, e melhor mesmo é acreditar que exista realmente e que lá vamos parar, depois que nos formos… senão ficamos sem… NADA!

Então,… acreditemos! Joguemos o jogo de Jesus a quem chamaram de Cristo!… E se não tivermos Fé, insistamos com Deus para que no-la dê! E não desistamos até que a nossa Fé seja tão grande que seja capaz de arrasar montanhas ou de fazer milagres, como o próprio Jesus também nos disse. (Mt 17,19-21)

E ai dele, se não for verdade o que nos ensinou a fazer ou se não surtir efeito! Não Lhe perdoaremos e matá-Lo-emos de novo, caso cá apareça, nem que seja no fim dos tais tempos, que não sabemos que tempos são…

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