terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 48/?

À procura da VERDADE no livro dos JUÍZES – 3/5

- “Gedeão foi preparar um cabrito e fez pães sem fermento. (…) 
O anjo de Javé disse-lhe: Toma a carne e os pães, coloca-os sobre 
esta rocha e derrama o molho por cima. Assim fez Gedeão. O anjo 
de Javé estendeu a ponta do bastão que tinha na mão, tocou a carne 
e os pães e da rocha subiu um fogo que consumiu a carne e os pães.” 
(Jz 6,19-21)
- O episódio é irrelevante. Mas choca esta facilidade com que Javé, 
neste caso, o seu anjo, faz queimar alimentos com finalidade… 
nenhuma! E porque é que o pão não poderia levar fermento? Era para 
se conservar por mais tempo ou por ser mais puro aos olhos de Javé? 
Já em Génesis 16, aparecera o anjo de Javé, falando a Agar, a escrava 
da mulher de Abraão. Depois, também apareceu à burra de Balaão… 
(Nm 22) Que anjo é este que fala em vez de ou como se fora o próprio 
Javé? E é tão estranho o facto de aparecer à burra! Que crédito, meu 
Deus, poderemos dar a tudo isto? É que, aqui, não haverá nenhum exegeta 
que se arrisque a dar uma explicação, sem cair no ridículo…
- “Nessa mesma noite, Javé disse a Gedeão: Toma um boi de teu pai e 
outro boi de sete anos. Destrói o altar de Baal que pertence a teu pai 
(…) constrói um altar a Javé teu Deus no alto desse lugar (…) Toma 
então o boi e oferece-o em holocausto (…)” (Jz 6,25-26)
- “Rei morto, rei posto!” Que é como quem diz: “Um Deus deposto, 
outro Deus ali posto.” Também ao longo da curta história do cristianismo, 
se construíram igrejas onde havia templos pagãos ou mesquitas 
muçulmanas, fazendo o mesmo os muçulmanos com as suas mesquitas. 
O vencedor dita as leis: políticas e… religiosas. A política e a religião 
andaram sempre juntas e de mãos dadas, quando uma deveria ser para 
dirigir os homens na vida terrena, outra, para os dirigir em ordem a 
alcançar a vida eterna. A suposta vida eterna, claro, porque nunca provada 
como existente!
- E porquê esta permanente avidez de Javé por sacrifícios ou holocaustos?
- Tocando as raias do jocoso e levando ao riso, aparece a experimentação 
que Gedeão faz de Javé que não se coíbe de fazer milagres ridículos e sem 
qualquer utilidade para convencer Gedeão de que ele é o escolhido para 
salvar Israel. “Se de facto, vais salvar Israel por meio de mim (…) vou 
colocar no terreiro um pedaço de lã de carneiro. Se o orvalho cair somente 
sobre o pedaço de lã e o terreiro estiver seco, então ficarei a saber que Tu 
libertarás Israel por meio de mim. (…) Quando se levantou, (…) espremeu 
a lã e com o orvalho que nela estava, encheu um copo de água. Gedeão 
insistiu ainda com Deus: Não te irrites comigo se pedir mais uma vez. 
Permite que faça de novo a prova do pedaço de lâ: que ele fique seco 
e que a terra em redor se cubra de orvalho. E Deus assim fez nessa noite.” 
(Jz 6,36-40)



- Não há dúvida: brincar aos milagres deveria ser, naquele tempo, 
um divertimento para Javé para, certamente, quebrar o fastio e a monotonia 
de estar num céu onde nada de novo se passaria desde… a eternidade!!! 
Mas… porque não os faz agora, perante o mundo, para que toda a gente 
acredite que  Ele existe e o Seu Céu também?

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