quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 51/?


À procura da VERDADE no livro de RUTE


- Rute “obra-prima da literatura e da inspiração. Não é fácil datá-lo, 
mas vários indícios apontam para o pós-exílio, aí por meados do
séc. V a.C.” (ibidem).
- É realmente uma história singela, bem escrita, embora não talvez 
obra-prima da literatura e da inspiração. Inspiração, obviamente humana,
nada tendo de divino… Uma história de amor e de ternura, onde Rute
aparece como uma jovem cheia de graça pela sua humanidade e presteza:
“Booz casou-se com Rute (…) e ela deu à luz um filho. (…) E deram-lhe
o nome de Obed. Obed foi o pai de Jessé. E Jessé foi o pai de David.”
(Rt 4,13-17)
- Então, é Rute a bisavó de David de cuja estirpe haveria de nascer Jesus 
Cristo!
- Exactamente! E uma das mais belas passagens é a fala de Rute, moabita, 
com a sua sogra Noemi, originária de Belém: “Não insistas comigo. Não
vou voltar nem te vou deixar. Para onde fores, eu irei também. Onde tu
viveres, eu também viverei. O teu povo será o meu povo e o teu Deus será
o meu Deus. Onde morreres, eu também morrerei e serei sepultada.
Somente a morte nos poderá separar. Se eu fizer o contrário, que Javé me
castigue!”
- Uma bela história, convinhamos, mas… não passa de história! Então, 
porque é considerado livro de inspiração divina? Há, nas literaturas
mundiais, tantas histórias de encantar, tantas histórias de amor, amor
exemplar! Chegamos a um impasse: ou consideramos de inspiração
divina todas aquelas histórias ou são todas de pura inspiração humana,
ditadas ao escritor pela voz do coração, um bom coração, obviamente.
A escolha ou solução, creio, não será difícil!

- Enfim, deixemos Rute entregue ao seu amor… sem o guerreiro e 
ciumento Javé a interferir nesse belo romance humano, vivido no seio
do povo israelita, e avancemos na nossa busca da Verdade!

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