sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O grande Moisés

Tendo já visto que o tempo – 4 a 7 milhões de anos a existência do Homem, 40 000 a existência do sapiens sapiens, 2 a 3 mil o aparecimento das religiões monoteístas – é o grande argumento contra a veracidade do deus que as actuais religiões nos oferecem, analisemos de mais perto o que nestas histórias resta de História.
Moisés – cujo nascimento está adornado da história comum a outras figuras carismáticas conhecidas na época, i.é. o seu salvamento das águas do rio onde fora lançado – excelente político e estratega militar, criou/inventou o seu Deus Javé, vingativo, ciumento e sanguinário, para melhor “domesticar” o povo “de cabeça dura” que liderava. Assim, já não era ele que ditava leis, já não era a ele que o povo tinha de obedecer mas a Javé e às suas leis, ditadas da sua própria boca. Haverá algo de mais convincente e alienador das consciências? É que, se não cumprissem normas e leis, os castigos de Javé, individuais e colectivos, seriam implacáveis. Os sucessores de Moisés aproveitaram a brilhante ideia e consolidaram-na ao longo de c. de mil anos, rodeados de uma forte e influente classe sacerdotal, classe que, de mãos dadas com os políticos, se encheu de privilégios, secundados ainda pelos escribas do tempo que se arvoraram em profetas de Javé, “profetizando” o que já havia acontecido ou o que era facilmente previsível que acontecesse...

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