quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 391/?

 

À procura da Verdade nas Cartas de Paulo 

 Carta aos Romanos - 4

 – “Não faço o bem que quero mas o mal que não quero. Ora se faço aquilo que não quero, não sou eu que o faço mas o pecado que mora em mim.”; “Quem me libertará deste corpo de morte? … Assim, pela razão sirvo a lei de Deus, mas pelos instintos egoístas sirvo a lei do pecado.” (19-24)

– Atribuir o mal que ele faz ao seu corpo é desconhecer que o corpo é comandado pelo cérebro, ou seja, pela razão e é o suporte do mesmo cérebro: o mau funcionamento de um afeta o funcionamento do outro. E este condenar o corpo e fazê-lo fonte de pecado levou milhares aos conventos e ao cilício, pensando assim ganhar a vida eterna. Coitados: nem gozaram a vida na Terra – forçosamente efémera, mas existente e real – nem a eterna porque simplesmente não existe! Mas, diga-se que se a ideia de pecado da religião – ou das religiões! – levou muitos para os conventos e a se ciliciarem, também foi causa de muitos não cometerem mais crimes, temendo o Inferno e o suposto julgamento de Deus, no juízo final, ideias também inventadas pelos criadores das religiões, nomeadamente a cristã.

– “Penso que os sofrimentos do momento presente não se comparam com a glória futura que deverá ser revelada em nós.” (8,18)

– Pensamento obviamente sem qualquer base de sustentabilidade. Pressupõe a vida eterna e todas as crendices que lhe estão associadas ou que a religião cristã lhe associou. E mais uma vez, a ideia absurda e, de certo modo, perversa, de que é pelo sofrimento e pelo martirizar o corpo que a alma se purifica e ganha a vida eterna. No catecismo, aprendia-se a dizer, perante o sofrimento: “Que seja tudo em desconto dos meus pecados!” O maldito pecado sempre presente…

Duas ideias estão erradas, neste pressuposto: 1 – Temos uma alma separada do corpo; 2 – Essa alma é eterna e incorruptível e não desaparece com a morte do corpo. É que alma e corpo formam um único ser, totalmente interdependentes: aparecem os dois simultaneamente, no acto da concepção, desaparecem no acto de morrer. ESTA A PURA VERDADE!

– “Ele mesmo (Deus) disse a Moisés: «Farei misericórdia a quem entendo usar de misericórdia e terei piedade de quem entendo ter piedade.” (9,15)

– É um nonsense total! Primeiro, Deus é feito/visto/concebido, mais uma vez à imagem do Homem que entende isto ou aquilo, que tem ou não tem piedade ou misericórdia. Depois, Deus ter falado a Moisés é a coisa mais absurda em que se pode acreditar. Só com uma fé… absolutamente irracional! Até porque sabemos que Moisés utilizou aquele processo de dizer que recebeu de Deus as tábuas da Lei no Monte Sinai para poder dar força às ordens que queria dar ao povo, povo que não seria fácil de governar. Ao apelar para o seu contacto com Deus e que eram d’Ele as ordens emanadas, teria/terá tido muito mais sucesso e… menos trabalho de convencimento! Esperto aquele estratega político, ao utilizar a religião como suporte!

1 comentário:

  1. E estamos em 2024! Mais um ano à procura da Verdade. Mas confesso que, às vezes, não sei se a quero encontrar... Para todos, UM BOM ANO CHEIO DE SAÚDE E DE BOM HUMOR, haja o que houver!

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