quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 390/?

 À procura da Verdade nas Cartas de Paulo – 390/?

 Carta aos Romanos - 3

 Admitindo que o ESPAÇO é infinito e eterno, confundindo-se com as atribuições que se podem/devem fazer a DEUS, e se admitirmos que matéria e energia são eternas mas não infinitas porque mensuráveis, logo, tendo forçosamente limites, não há qualquer razão válida para se acreditar num Criador, por não ser necessário. Admitir um Criador, poderá, à partida, resolver muitos problemas da nossa ignorância acerca do Universo, mas cria o grande problema de saber onde se encontra esse Criador… Dizer que é Deus-Pai infinito e eterno não faz qualquer sentido, embora tal ideia seja do agrado da inteligência emocional humana. Será uma figura simpática criada pelo Homem à sua imagem e semelhança…

Há que dizer que Paulo teria uma noção de Deus à moda de Jesus: o Pai Criador que está nos Céus e que vela pela humanidade por Ele criada. Obviamente, é uma concepção humanizada de Deus! PURA INVENÇÃO! Sem qualquer suporte teológico! Depois, esquecem-se os criadores das religiões e dos seus deuses – deuses que mais não são do que uma espécie de humanóides superiores – que os homens e os seres vivos são pequeníssimos pontos, dentro de um pontinho também pequeníssimo que é a Terra, astro entre os milhares de milhões de milhões de milhões que compõem este Universo conhecido. Aliás, quantas “Terras” com vidas semelhantes às nossas haverá, como planetas, entre os biliões de biliões de estrelas que compõem biliões de galáxias?

Ah, como os Homens fizeram pequenino o Deus Criador do Universo! Um Deus preocupado com sua Excelência o Homem! Ora o Homem não é mais do que um quase-nada de matéria viva, existindo apenas num dado momento do Tempo, perdendo-se no mesmo Tempo sem deixar qualquer rasto digno de nota para o Universo e integrando-se completamente e inexoravelmente no donde veio: a magnífica Terra, esse belo planeta azul, mas planeta que também tem os dias contados: cerca de 4.500 milhões de anos quando for engolida pelo seu astro agora vivificante, o SOL, em fase agonizante também da vida! Este o drama, esta a beleza da nossa existência! Mas a realidade é que, no Universo, nada se acaba: tudo se transforma, tudo evolui, nada se perdendo porque não tem para onde se perder. Crê-se que a Matéria e a Energia que a vivifica continuarão o seu processo de renovação num movimento eterno, nada podendo parar. Aqui, perguntam os crentes: “Se nada pode parar, quem deu o primeiro empurrão?” Voltamos ao Deus Criador. Se tudo é eterno, Matéria, Energia e os seus movimentos também serão eternos, sem precisarmos de Alguém que os pusesse em marcha.

Enfim, se Paulo atribui aos pagãos a invenção de deuses com forma humana ou de animais, esquece-se que todas as religiões acabaram por fazer o mesmo ou quase, concebendo Deus à imagem e semelhança do Homem. A Bíblia está recheada de exemplos: Deus irrita-se, Deus ama, Deus protege uns e deixa matar outros, etc., etc. O que é totalmente incompatível com o que, em outros lugares, afirmam ser Deus Eterno e Infinito.

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