quinta-feira, 2 de março de 2023

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 370/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 64/?

 – O que se passou no Jardim do Getsémani ou das Oliveiras já todos conhecemos. Só referimos a pergunta de Jesus: “Não beberei o cálice que o Pai Me deu a beber?” pelo insólito de aquele Pai - Deus! - fazer tal coisa ao Filho - Deus também com ele e como Ele! Inconcebível do ponto de vista racional e emocional. Concluímos, logicamente, que era um Pai desumano. E perguntamos: "Então, seria Deus?"

– Vêm, em seguida, as idas de Anás para Caifás, depois para Pilatos. Vale a pena lembrar algumas das palavras de Jesus a Pilatos: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue às autoridades dos judeus. Mas o meu reino não é daqui. (…) És tu que dizes que Eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a verdade ouve a minha voz.» (Jo 18,36-37)

– Certamente Pilatos nada percebeu do que Jesus lhe disse. Nós percebemos e… não percebemos. Sobretudo, não percebemos claramente! E era claramente que tínhamos o direito de perceber para alcançarmos o tal Reino que não é deste mundo…

Ora, se não é deste mundo é do outro, mas não vemos como, nem onde, nem quando… Afinal, que é isso do “outro mundo”? Jesus nunca soube/quis, pôde explicar. Deduzimos que não podia, embora quisesse, porque simplesmente não sabia. Pelo menos este Jesus construído pelo velho João. 

– É fantástica a pergunta de Pilatos: «O que é a verdade?» (Jo 18,38)

– Ah, se pudéssemos, se soubéssemos responder!… Mas como, se Jesus também não soube? Se conseguíssemos entender onde realmente está a verdade, através das explicações de Jesus, a nossa ideia dele seria totalmente outra. Ora tudo o que temos não passam de interpretações, ninguém conseguindo dizer que a verdade é esta ou aquela, está aqui ou acolá… 

Por muita pena que tenhamos de o dizer, é nesta frustração que o inefável Jesus nos deixa na hora da sua partida…

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