À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 31/?
– As relações continuam “confusas”
entre Pai e Filho: “O Pai me conhece e eu conheço o Pai.” “O Pai ama-Me porque
estou disposto a sacrificar a minha vida para a receber de novo.” Alguém
percebe que tipo de amor é aquele do Pai que faz perder a vida ao filho para
lha dar de novo? Depois, para o filho, se recebia a vida de novo, o sacrifício
de a perder não seria assim tão grande…
– Perante tais confusões, compreende-se
que os judeus que ouviam Jesus não soubessem o que pensar dele: “Muitos
comentavam: «Ele tem um demónio! Está louco! Porque é que ainda O escutais?»
Outros porém diziam: «Estas palavras não são de um possesso, porque um demónio
não pode abrir os olhos a um cego.»” (Jo 10,20-21)
Concluímos que são bonitas as
comparações, são bonitas as palavras que até enlevam a alma e criam emoção, mas
não conseguimos passar além das emoções… humanas. Embora possamos dizer que “Um
demónio não dá vista a cegos”. O que não quer dizer que quem a dá seja… Deus! (Se
é que Jesus a deu e não foi a fé na cura que fez o cego recuperar a vista:
“Vai, a tua fé de salvou, i.é. te curou”, disse Jesus ao paralítico depois de o
ter curado.)
Enfim, afinal, que Deus seria
o Pai de Jesus Cristo? E que milagre foi aquele que não convenceu os judeus que
o presenciaram?
– Agora, mais um texto que,
sem estranheza, nos deixa cheios de perplexidade:
“Os judeus perguntaram-Lhe:
«Até quando nos irás deixar em dúvida? Se Tu és o Messias, diz-no-lo
claramente.» Jesus respondeu: «Eu já vo-lo disse, mas não acreditastes em Mim.
As obras que faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim; vós, porém, não
quereis acreditar porque não sois minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a
minha voz; Eu conheço-as e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e elas não
morrerão. Ninguém vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai é que mas entregou, e
ninguém é mais forte do que Ele. Por isso, ninguém pode arrancá-las das mãos de
meu Pai. O Pai e Eu somos um só.» Os judeus pegaram outra vez em pedras para O
apedrejar. Então Jesus disse: «Por ordem de meu Pai, tenho feito muitas coisas
boas na vossa presença. Por qual delas Me quereis apedrejar?» Os judeus
responderam: «Não queremos apedrejar-Te por boas obras, mas por blasfémia: Tu
és apenas um homem e fazes-Te passar por Deus.» Jesus disse: «Não é na vossa
Lei que está escrito: ‘Eu disse: vós sois deuses’? Ninguém pode anular a
Escritura. Ora, a Lei chama deuses às pessoas a quem foi dirigida a palavra de
Deus. O Pai consagrou-Me e enviou-Me ao mundo. Porque Me acusais de blasfémia
por Eu dizer que sou Filho de Deus? Se não faço as obras do meu Pai, não
precisais de acreditar em Mim. Mas se as faço, mesmo que não queirais acreditar
em Mim, acreditai pelo menos nas minhas obras. Assim conhecereis que o Pai está
presente em Mim e Eu no Pai.» Eles tentaram outra vez prender Jesus mas Ele
escapou-Se das suas mãos.” (Jo 10,24-39)
(Análise crítica no próximo texto)
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