sábado, 13 de novembro de 2021

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 329/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 24/?

 – Mais palavras de… vida eterna: “A doutrina que Eu ensino não vem de Mim mas daquele que Me enviou. Se alguém está disposto a fazer a vontade de Deus, saberá se a minha doutrina vem de Deus ou se falo por Mim mesmo. Quem fala por si mesmo busca a própria glória, mas aquele que procura a glória de quem O enviou diz a verdade e nele não há falsidade. Não foi Moisés que vos deu a Lei? No entanto, nenhum de vós a cumpre. Então, porque Me quereis matar? (…) Uma pessoa pode receber a circuncisão em dia de sábado sem violar a Lei de Moisés. Então porque é que vos irritais comigo por ter curado um homem ao sábado? (…) Será que de facto Me conheceis e sabeis de onde Eu sou? Eu não vim por Mim mesmo. Quem Me enviou é verdadeiro e vós não O conheceis. Mas Eu conheço-O porque venho de junto dele e foi Ele quem me enviou. (…) Ainda ficarei convosco mais algum tempo. Depois, irei ter com aquele que Me enviou. Ireis procurar-Me mas não Me encontrareis porque não podeis ir para onde Eu vou. (…) Se alguém tem sede, venha ter comigo que Eu lhe darei de beber. Do coração daquele que acredita em Mim, hão-de nascer rios de água viva, como diz a Sagrada Escritura.” (Jo 7,16-38)

– João tenta explicar: “Com estas palavras, Jesus queria dizer que todos os que acreditassem nele, haviam de receber o Espírito Santo. Na verdade, o Espírito Santo ainda não tinha sido enviado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.” (Jo 7,39)

– Nós não sabemos o que dizer. Simplesmente, se queria falar no Espírito Santo e não na água, deveria ter sido mais claro, já que não falava para intelectuais e literatos mas para o vulgar povo inculto. Nem sabemos quem é realmente o Espírito Santo… Acaso, já alguém O viu ou ouviu? Ou… sentiu?

– Só pela Fé!… Ora, pela Fé, pode ser muito mas é realmente tão pouco!…

Depois, novamente, o “medo” de Se assumir a Si como portador de uma doutrina. Esta tem de vir do Pai, mantendo-se a mesma confusa relação/dependência de Pai-Filho. Porquê?…

E novamente também, a problemática do sábado, Jesus justificando-Se por ter curado naquele dia, denegrindo o fundamentalismo dos antigos legisladores.

Ainda novamente a sua afirmação, sem titubeações, de ser o Filho de Deus, de vir de junto dele e de voltar para Ele…

É tão convincente este Jesus! Que pena! Que pena não nos tenha aberto as portas da compreensão do Céu… que não nos tenha realmente aberto as portas desse Céu e da tão desejada eternidade!… Que pena! É que nos deixou exactamente à porta! Mais um pouco e teríamos compreendido… Mais um pouco e ter-nos-ia claramente manifestado o Pai que Ele vira porque viera de junto dele e portanto era-Lhe fácil acreditar nele! Mas a nós, quer - exige! - que acreditemos no Pai só porque nos diz que o Pai existe, que o Pai O enviou, que o Pai é verdadeiro, que o Pai quer isto e mais aquilo!… Não é injustiça a deste Jesus? A nós obriga-nos à Fé! Ele acreditava porque vira…

Aonde nos levaria tal raciocínio não de todo falacioso? Aonde?

– Talvez à descrença total… Mas, de certeza, que não é isso que nós queremos. Nós queremos acreditar! Não sabemos bem em quem nem em quê, mas queremos acreditar que há Deus, que há um Céu e que há uma eternidade para ser vivida nele…

Resta dizer que Jesus continua enigmático e que foi o obscurantismo das suas palavras que levou muitos dos que O seguiam a abandoná-lo. Não é tremendamente estranho?!

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