À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 24/?
– João tenta explicar: “Com
estas palavras, Jesus queria dizer que todos os que acreditassem nele, haviam
de receber o Espírito Santo. Na verdade, o Espírito Santo ainda não tinha sido
enviado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.” (Jo 7,39)
– Nós não sabemos o que
dizer. Simplesmente, se queria falar no Espírito Santo e não na água, deveria
ter sido mais claro, já que não falava para intelectuais e literatos mas para o
vulgar povo inculto. Nem sabemos quem é realmente o Espírito Santo… Acaso, já
alguém O viu ou ouviu? Ou… sentiu?
– Só pela Fé!… Ora, pela Fé,
pode ser muito mas é realmente tão pouco!…
Depois, novamente, o “medo”
de Se assumir a Si como portador de uma doutrina. Esta tem de vir do Pai,
mantendo-se a mesma confusa relação/dependência de Pai-Filho. Porquê?…
E novamente também, a
problemática do sábado, Jesus justificando-Se por ter curado naquele dia,
denegrindo o fundamentalismo dos antigos legisladores.
Ainda novamente a sua
afirmação, sem titubeações, de ser o Filho de Deus, de vir de junto dele e de
voltar para Ele…
É tão convincente este Jesus!
Que pena! Que pena não nos tenha aberto as portas da compreensão do Céu… que
não nos tenha realmente aberto as portas desse Céu e da tão desejada
eternidade!… Que pena! É que nos deixou exactamente à porta! Mais um pouco e
teríamos compreendido… Mais um pouco e ter-nos-ia claramente manifestado o Pai
que Ele vira porque viera de junto dele e portanto era-Lhe fácil acreditar
nele! Mas a nós, quer - exige! - que acreditemos no Pai só porque nos diz que o
Pai existe, que o Pai O enviou, que o Pai é verdadeiro, que o Pai quer isto e
mais aquilo!… Não é injustiça a deste Jesus? A nós obriga-nos à Fé! Ele acreditava
porque vira…
Aonde nos levaria tal
raciocínio não de todo falacioso? Aonde?
– Talvez à descrença total…
Mas, de certeza, que não é isso que nós queremos. Nós queremos acreditar! Não
sabemos bem em quem nem em quê, mas queremos acreditar que há Deus, que há um
Céu e que há uma eternidade para ser vivida nele…
Resta dizer que Jesus
continua enigmático e que foi o obscurantismo das suas palavras que levou muitos dos que O seguiam a abandoná-lo. Não é tremendamente estranho?!
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