À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 19/?
– A situação é realmente
estranha e uma avalanche de perguntas nos invade: Porque perguntou Jesus ao doente
se queria ficar curado? Não era… evidente? E porque não curou todos os outros
se, em outras ocasiões, curara todos os doentes que lhe apresentaram? Porquê só
uns e não todos? Onde o… critério? Acaso, se Jesus tivesse feito tal pergunta a
todos os outros, algum lhe teria respondido: «Não! Estou aqui para
‘confraternizar’, para ser solidário com estes meus irmãos…»? Afinal, quantos
dos que entraram na água, depois de agitada - imaginemos a deprimente correria
de coxos, paralíticos, estropiados… - ficaram curados? E deixemos o pormenor
dos 38 anos…
– “Ora isto aconteceu em dia
de sábado. (…) Os judeus começaram a perseguir Jesus porque Ele curara em dia
de sábado. Jesus então disse-lhes: «Meu Pai trabalha continuamente e Eu também
trabalho.» Por isso, as autoridades judaicas tinham cada vez mais vontade de
matar Jesus porque, além de violar a lei de sábado, chegava até a dizer que
Deus era seu Pai, fazendo-Se assim igual a Deus.” (Jo 5,9 e 16-18)
– Já dissemos tudo acerca
deste fundamentalismo judaico quanto ao sábado. No A.T. e agora com Jesus.
Claro: inaceitável! Aos olhos de Deus e aos olhos dos Homens! A justificação de
Jesus com o Pai que “trabalha continuamente” é que… humaniza tanto o seu
Deus-Pai que ficamos sem saber que trabalho anda Deus a fazer ou tem Deus de…
fazer! Depois, é muito estranho que os judeus, em vez de se admirarem com o
milagre e acreditarem, preocuparam-se com a violação da lei, o que nos leva a
pôr em causa a veracidade do acontecimento.
– “Mais tarde, Jesus
encontrou aquele homem no Templo e disse-lhe: «Ficaste curado. Não tornes a
pecar para que não te aconteça ainda pior.»” (Jo 5,14)
– Temos vontade-necessidade
de perguntar a Jesus: “É a doença resultado do pecado? Quem não peca não
adoece? Então, esses justos todos que andam por aí sofrendo e esses pecadores
todos que andam respirando saúde?… De que jeito tal lhes acontece?…”
– Última pergunta: A quem
aproveitou este milagre? – Aos judeus, não, porque só acirrou neles a vontade
de serem o braço de Javé-Deus para fazerem cumprir em Jesus as Escrituras. Aos
outros doentes da piscina, também não porque certamente, se souberam, ficaram
com inveja e não sem alguma revolta por não terem sido contemplados com a
benesse da cura. Outros que por ali estivessem, parece que nem deram pelo
prodígio… Então? Deus anda assim a desperdiçar milagres?...
– Só resta dizer que aquele
acreditar “cego” na cura das águas agitadas pelo anjo… é pelo menos lamentável
e que Jesus deveria ter desmistificado tal crendice que era, com total certeza,
invenção de algum “piedoso” judeu, sacerdote ou levi, sabe-se lá se bem pago
pelo dono da piscina que lucraria com tais ajuntamentos…
É que era uma questão de
intervenção divina. E não tinha sido dado todo o poder divino a Jesus? Como
passa Ele por ali sem… “reivindicar” as suas prerrogativas? Sem pôr ordem na
“casa” de… Deus?
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