quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Fátima, sempre Fátima!

 

“A 13 de Outubro, foi o seu Adeus”

 Canta-se, acrescentando-se: “E a Virgem Maria voou para os Céus”.

Sobre Fátima já foi tudo dito! E o fenómeno, sintetizando, tem de se analisar sob dois prismas: o da emoção e o da razão.

A razão diz-nos que, depois das invenções dos evangelistas sobre os actos de Jesus a quem fizeram de Cristo e Filho de Deus: todos os milagres, desde o nascimento de uma virgem até à sua ressurreição e ascensão aos Céus…, depois destas invenções que deram origem ao cristianismo, as aparições de santos e santas, seus milagres e sobretudo as aparições da Virgem são a invenção que faltava para consolidar o suposto divino em que assenta a religião cristã, baseada nas crenças e crendices dos seres humanos, limitados que estão ao enfrentar as contrariedades da vida, vida que se acaba na indesejada morte.

Mas a emoção comanda a vida de muitos, obviamente a de todos os crentes e de todos os dados a crendices.

E assim se explicam os milhares de peregrinos que se deslocam a Fátima, quase todos para pagar promessas feitas à Virgem, em tempos de aflição.

E compreende-se: perante tamanha dor ou infelicidade, a quem recorrer senão a Deus, à Virgem, aos santinhos da sua devoção para que façam qualquer coisa? É que, ao nível do humano, pouco ou nada já se pode fazer…

E voltamos sempre ao dilema: para viver melhor esta curta vida a que tivemos o privilégio de aceder, por um misterioso destino, será melhor ser crente ou racionalista?

Creio que os racionalistas gostariam, naqueles tempos de aflição e perante a inevitabilidade da morte, de ser crentes. E tudo seria mais fácil… Mas é tão difícil aceitar que ser enganados é bom!...

Fica-se com o desabafo de alguns, depois de terem feito centenas de quilómetros a pé: “É um alívio e um prazer este sentir de paz interior e de dever cumprido, ao chegarmos aqui ao santuário.”

NOTA: Sobre Fátima, leia-se, aqui, a meia-dúzia de textos publicados, de Junho a Setembro de 2012. Uma análise crítica do fenómeno, feita a partir dos documentos que nos são ofertados pelas entidades religiosas. Lê-los ou relê-los, será uma agradável surpresa…

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