sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 325/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 20/?

 – As palavras que se seguem, postas por João na boca de Jesus, são, infelizmente, enigmáticas, embora pareçam claras como água… Senão, oiçamos: “Ficai sabendo que o Filho nada pode fazer só por si. Faz apenas o que vê fazer ao Pai. O que o Pai faz o Filho também o faz. O Pai ama o Filho e por isso mostra-Lhe tudo quanto faz. E mostrar-Lhe-á obras ainda maiores, que vos deixarão admirados. Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, assim também o Filho dá a vida a quem Ele a quiser dar. O Pai não julga ninguém. Ele deu ao Filho todo o poder de julgar, para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho também não honra o Pai que O enviou. Eu vos garanto: quem ouve a minha palavra e acredita naquele que Me enviou, possui a vida eterna. Não será condenado, porque já passou da morte para a vida. Digo-vos mais: chegou a hora em que os próprios mortos ouvirão a voz do Filho de Deus: aqueles que ouvirem a sua voz terão a vida. Como o Pai é a fonte da vida, concedeu ao Filho o poder de dar a vida. Deu-Lhe ainda o poder de julgar porque é o Filho do Homem. Não fiqueis admirados com isto, porque vai chegar a hora em que todos os mortos que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho e sairão dos túmulos: aqueles que fizeram o bem vão ressuscitar para a vida; os que praticaram o mal vão ressuscitar para a condenação. (Jo 5,19-29)

– Longas e… enigmáticas palavras! Espanta é a firmeza-determinação com que Cristo as pronuncia.

Infelizmente, são declarações que não se entendem: o Filho nada poder fazer… fazer apenas o que vê fazer… o Pai mostrar ao Filho tudo quanto faz… e mostrará ainda obras maiores que nos vão deixar admirados…

Depois, o Pai a ressuscitar os mortos e o Filho… também… mas só a quem Ele quiser…

E o Pai a não julgar porque deu ao Filho todo o poder de julgar, contradizendo-se de algum modo com o que atrás dissera do Pai…, para que honrem o Pai e honrem o Filho, não sabendo nós o que será isso de honrar o Pai ou… o Filho.

E para ter a vida eterna, não ser condenado e passar logo da morte para a vida, temos de ouvir a sua palavra e acreditar naquele que O enviou… sem sabermos o que é ouvir a palavra de Jesus nem muito menos o que é acreditar em Deus-Pai que o enviou…

– Tantas palavras enigmáticas, Santo Deus! Para quê precisamos nós de enigmas, ó Jesus Cristo? Para quê? Para quê falares de “vida eterna” se não clarificas os caminhos para a alcançar? Para quê tanta confusão entre um Filho e um Pai que não se sabe onde começa a dimensão de um e acaba a dimensão do outro, ora parecendo que são uma e única pessoa, ora duas com poderes e funções distintos?

E como é que os mortos ouvirão a voz do Filho? Que voz?

E sairão dos túmulos, ressuscitando para a vida ou para a condenação eternas…

Tudo afirmações, tudo palavras, tudo declarações sem… nada que lhes sirva de suporte de validade! Para quê?…

– É! Mais uma vez se fala no essencial da vida: a passagem para o outro lado! Com uma ressurreição, uma vida eterna ou uma condenação eterna… Mas… apenas se diz, apenas se afirma, apenas… palavras. Palavras! É com palavras que Jesus sempre nos abandona…

Que tristeza, santo Jesus Cristo! Que tristeza e que pena, pois ficamos sem nada de credível a que nos agarrarmos, na nossa incessante busca da VIDA ETERNA!

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