À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 20/?
– Longas e… enigmáticas
palavras! Espanta é a firmeza-determinação com que Cristo as pronuncia.
Infelizmente, são declarações
que não se entendem: o Filho nada poder fazer… fazer apenas o que vê fazer… o
Pai mostrar ao Filho tudo quanto faz… e mostrará ainda obras maiores que nos
vão deixar admirados…
Depois, o Pai a ressuscitar
os mortos e o Filho… também… mas só a quem Ele quiser…
E o Pai a não julgar porque
deu ao Filho todo o poder de julgar, contradizendo-se de algum modo com o que
atrás dissera do Pai…, para que honrem o Pai e honrem o Filho, não sabendo nós
o que será isso de honrar o Pai ou… o Filho.
E para ter a vida eterna, não
ser condenado e passar logo da morte para a vida, temos de ouvir a sua palavra
e acreditar naquele que O enviou… sem sabermos o que é ouvir a palavra de Jesus
nem muito menos o que é acreditar em Deus-Pai que o enviou…
– Tantas palavras enigmáticas,
Santo Deus! Para quê precisamos nós de enigmas, ó Jesus Cristo? Para quê? Para
quê falares de “vida eterna” se não clarificas os caminhos para a alcançar?
Para quê tanta confusão entre um Filho e um Pai que não se sabe onde começa a
dimensão de um e acaba a dimensão do outro, ora parecendo que são uma e única
pessoa, ora duas com poderes e funções distintos?
E como é que os mortos
ouvirão a voz do Filho? Que voz?
E sairão dos túmulos,
ressuscitando para a vida ou para a condenação eternas…
Tudo afirmações, tudo
palavras, tudo declarações sem… nada que lhes sirva de suporte de validade!
Para quê?…
– É! Mais uma vez se fala no
essencial da vida: a passagem para o outro lado! Com uma ressurreição, uma vida
eterna ou uma condenação eterna… Mas… apenas se diz, apenas se afirma, apenas…
palavras. Palavras! É com palavras que Jesus sempre nos abandona…
Que tristeza, santo Jesus
Cristo! Que tristeza e que pena, pois ficamos sem nada de credível a que nos
agarrarmos, na nossa incessante busca da VIDA ETERNA!
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