sábado, 6 de junho de 2020

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 268/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 64/?

– Pegando ainda no tema do amor ao próximo, tal como nos é aqui apresentado, lançaríamos o repto:
«Se, preocupando-nos apenas com dar de comer aos que têm fome, de beber aos que têm sede, hospedar os estranhos, vestir os nus, visitar os doentes e os encarcerados…, se ganha a vida eterna feliz e se evita o castigo eterno (Mt 25,35-36)…, então, Homens de toda a Terra e do Universo, se por aí os houver, Homens de todos os tempos, de todas as idades, passadas, presentes e futuras, oiçam este Cristo, este Filho de Deus que tem de ser Deus com Ele, oiçam a VERDADE de Deus…, porque o resto é fogo fátuo e se acaba inexoravelmente com os nossos 80, 90, 100… mil anos de vida, que são nada - NADA!!! ouviram bem? - perante a eternidade sem fim, ámen!… Vá! Comecem e já. É que não sabemos “nem o dia nem a hora!” (Mt 25,13)»
Mas… não! Não vemos ninguém a acreditar… Não vemos que haja tantos com fome que não sobre quem lhes dê de comer, nem tantos nus que não sobre quem quisera vesti-los! Se todos o quisessem, teriam de lutar por um pobre que lhes passasse à porta ou por um doente que estivesse sozinho no hospital…
Voltamos à total confusão! Por um lado, encantam-nos as palavras de Jesus. Por outro, não sabemos o que fazer com todas as interrogações que tais palavras nos deixam na mente e no coração…
– “«O Filho do Homem vai ser entregue para ser crucificado.» (…) Então, chegou uma mulher com um vaso de alabastro cheio de perfume muito precioso. Ela derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. (…) Vendo isto, os discípulos ficaram com raiva e disseram: «Porquê este desperdício? Poderia ser vendido bem caro para dar o dinheiro aos pobres.» (…) «Pobres sempre os tereis convosco mas a Mim, não. (…) E em qualquer parte do mundo onde esta Boa Nova for pregada, será contado o que esta mulher acaba de fazer.»” (Mt 26,10-13)
– Nós também já contámos… A acção é comovente… Não sabemos o que moveu a mulher a fazer tal coisa. Mas parece-nos que não é lá muito “divina” a resposta de Jesus…
A uma reacção natural dos discípulos, haveria respostas bem mais educativas e razoáveis. Claro que não seria das melhores a disposição de espírito de Jesus, naquela hora em que não lhe seria difícil adivinhar o que lhe ia acontecer, dadas as provocações que tinha feito aos gurus religiosos da época: a limpeza do Templo, o epítetos com que mimoseou fariseus, escribas e outros, a cura em dia de sábado, etc. Mas isso não justifica a “pobreza” da resposta…
De qualquer modo, podemos supor que JC estaria convencido de ser o Messias, tendo por missão interpretar/cumprir as Escrituras, designando-se não filho de Deus – apesar de dizer “Meu Pai que está nos Céus” – mas pela enigmática expressão “Filho do Homem” e que teria de agir de modo a que tudo o que as Escrituras diziam acerca do Messias se cumprisse nele.
E lembramo-nos do “cordeiro” que iria ser imolado, como oferta a Deus em expiação dos pecados dos Homens. E lembramo-nos das imolações de animais, no Templo, que eram costume na religião judaica e persistentes ao longo de todo o Antigo Testamento. Aliás, na missa, ainda se reza: “Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo…”
Enfim, a irracionalidade e o total nonsense de pecados da Humanidade contra um Deus que deles precisa de ser desagravado, imolando-se animais ou seres humanos… continua!

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