domingo, 31 de maio de 2020

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 267/'



À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 63/?

– É bonito o que se apregoa como forma de alcançar a vida eterna ou o Reino de Deus: “Estava com fome e destes-Me de comer, estava com sede e destes-Me de beber, era estrangeiro e recebestes-Me na vossa casa, estava sem roupa e vestistes-Me, estava doente e cuidastes de Mim, estava na prisão e fostes visitar-Me.” (Mt 25,35-36)
– É totalmente claro! Totalmente simples! O próximo é que conta! Desde o princípio que Jesus não diz, afinal, outra coisa senão o amor ao próximo: “Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos foi a Mim que o fizestes.” (Mt 25,40)
– E os que não fizerem isto “serão enviados para o fogo do inferno.” (Mt 25,46)
– Infelizmente, desgraçadamente, com toda a frustração e cheios de angústia na alma, o problema subsiste: 1 – Onde, como e quando esse Reino, esse Céu, esse Pai, esse… Deus? 2 – Quando, como e onde esse fogo, esse inferno, esse Diabo com os seus anjos?
É que a questão resolver-se-ia muito facilmente: bastava que quem já estivera gozando esse Céu, ou sofrendo aquele Inferno, viesse cá dizer-no-lo para que então, sim, acreditássemos! Ou, complementarmente: se Jesus Cristo veio à Terra, enviado do Pai e a maior parte da humanidade, dois mil anos após, não O conhece ou conheceu, que venha cá de novo, apresentar a sua mensagem, neste mundo de tão fácil e rápida comunicação!
– Esta é, afinal, a questão fulcral e redutora! Se Deus não quer/pode enviar um dos eleitos ou dos condenados para contar a sua eterna bem-aventurança ou o seu eterno desespero, que reenvie o seu Filho para que Lhe possamos perguntar tantas, tantas, tantas coisas que nos enchem a mente de dúvidas até ao fundo da medula e do desespero!… Que venha! Que venha que ninguém O mandará matar e, se alguém tal intentar, logo ali será trucidado… E anunciará facilmente a todos os povos do mundo inteiro a Boa Nova do Reino, que certamente será o amor ao próximo na Terra, mas com um Céu bem definido, um Deus bem definido, um Pai bem definido, um Inferno bem definido…, sem deixar dúvidas a ninguém, néscio ou sábio, rico ou pobre, do tempo da Lucy ou de qualquer vindouro, até à consumação dos séculos ou… da Terra!
E bem justificado o como de uma eternidade ganha ou perdida numa vida tão efémera…
Era tão fácil, não era?! E - permitam-nos a repetição - para Deus que pode fazer milagres ou para Jesus Cristo que até ali, para fazer passar uma pequena mensagem, secou a figueira, que milagre é este tão custoso e tão difícil, que desde o princípio da humanidade, Deus se tem negado a fazê-lo, deixando-nos sem provas de uma eternidade que o seu suposto Filho diz existir assim num Céu, assim num Inferno? Não Lhe daria total credibilidade a Ele e à sua mensagem? Não salvaria facilmente toda a humanidade que diz (ou dizem que Ele diz!) amar? Bastaria apenas um milagre de geração em geração! Em poucos dias, todos os Media do mundo noutra coisa não falariam e acabar-se-iam as guerras, todos se dedicariam aos irmãos, já não havendo mais irmãos para socorrer… todos se salvariam, excepto uns poucos que teimariam em… gostar mais do Diabo do que de Deus, gostar mais do sofrimento do que do prazer… eterno!
É: assim, sem tal milagre, toda a História cristã sabiamente arquitectada pelos seus criadores, com o fulcro central nos milagres de JC e seu Deus-Pai, perde a credibilidade e não se percebe porque é que ainda há crentes nela. Só por ignorância! Só por não terem (ou não quererem ter, pelo agradável comodismo de uma Fé que não questiona e pelo agradável folclore religioso, do ponto de vista emotivo) espírito crítico!

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