sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Deus ainda tem futuro?




Eis a pergunta feita como título de um livro ora publicado. Na sua apresentação, os magníficos palestrantes não conseguiram/não quiseram responder a perguntas cruciais, como:
1 - Deus ter um Filho e lembrar-se de o enviar à Terra para redimir o Homem de um suposto pecado original, há apenas dois mil anos, quando o mesmo Homem existe há pelo menos quatro milhões, "mandando" ou permitindo que fosse executado numa cruz, não é UM TOTAL ABSURDO?
2 - Se os deuses politeístas eram absurdos, os monoteístas (o sanguinolento e caprichoso Javé dos Judeus, o simpático mas tirano Pai de Jesus Cristo, o Violento Alá de Maomé) não o serão menos, ao serem ontologicamente impossíveis quando se lhes aplica os conceitos de INFINITO E ETERNO?
3 - Não foram os deuses de todas as religiões antigas e actuais criados pelo Homem à sua imagem e semelhança, sendo por isso antropomórficos?
4 - Concordam com o cientista Carl Sagan, no seu livro "Um mundo Infestado de Demónios", que nenhum dos fenómenos atribuídos ao paranormal, metafísico, sobrenatural, transcendente, mundo dos espíritos resiste à aplicação do método científico da experimentação?
5 - Perante o Conhecimento científico que vai do quarkz ao Universo (infinito? eterno?), onde as distâncias se medem em milhares de milhões de anos-luz, passando pelo mísero Homem, habitante de um pequeno Planeta de uma estrela perdida entre biliões de outras..., não deveriam os teólogos e os cientistas crentes ser capazes de honestidade intelectual e crítica, abjurando as religiões que defendem e os livros ditos sagrados que as suportam?
6 - Porque não provam aquilo que afirmam como Verdades, tais como: "Deus criou o Universo e criou-o por amor."; "Se o finito (Homem) tem fome e sede de infinito e interpela o Infinito é porque tem algo de infinito nele."?
7 - Haverá outras respostas à pergunta formulada, a não ser: a) O Deus das religiões, por antropomórfico, desaparecerá logo que o conhecimento crítico chegue a toda a Humanidade; b) O Deus de Einstein - que é o mesmo de Espinoza - a HARMONIA DO TODO E DO TUDO - não acreditando num Deus que se interessa pela sorte dos seres vivos que aparecem e desaparecem no Tempo, num eterno retorno do mesmo ao mesmo através do diverso..., viverá para sempre, porque Realmente Infinito, realmente Eterno?

Bastam estas perguntas embora muitas outras se pudessem formular.
Mas sejamos honestos e realistas: a religião continua a ser para os crentes uma certa certeza de um além feliz e eterno, uma esperança, um sonho, o que, sem dúvida ajuda a viver esta vida que é a certa e a única verdadeira. Resta saber se, com a crença no Deus de Einstein, não se conseguirá a mesma paz e harmonia de alma, atingindo também assim a felicidade...

2 comentários:

  1. A todas Estas Perguntas de Jardim de Infância. Eu tenho Resposta.

    O problema é; que depois der ter respondido às 7 Perguntas. O prof. Domingues m e irá fazer 14. A seguir às 14 respondidas. A sua Falange de Peritos e Cientistas me farão 28. Irão me fazendo Perguntas até ao Infinito ... Eu cimo sou FINITO não terei tempo para responder a todas Elas!

    Entretanto tenho que dar uma resposta:

    - Quando Acordo pela manhã Digo: Hoje Vou viver o Resto que Falta da Minha Vida.-

    Depois Levanto as mãos para os Céus e Exclamo:

    Antes
    Que a minha mente seja pó
    E a minha boca seja silêncio

    Escreve
    No teu livro eterno
    A minha gratidão
    De ter existido

    Jc



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    1. Caro Fernando,
      Lindo o seu poema! Comovente! Também eu, quando me levanto de manhã, exclamo: "Meu Deus, obrigado por mais um dia, por este Sol que não se "esqueceu" de se erguer para me ser luz, calor e vida"! Perguntar que Deus seja esse, talvez não importe. Certamente será o mesmo, o seu e o meu, o único possível como verdadeiro, o único infinito e eterno. É: nunca agradeceremos suficientemente a esse DEUS, a prerrogativa única de termos existido.
      Grande abraço de empatia e... esqueçamos as perguntas!

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