À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 53/?
- É o mistério da Santíssima
Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo ou Espírito da Verdade. Que Espírito é
este, ninguém entende! Ou ninguém entende que, estando ali Jesus, tenha de vir
o Espírito da Verdade (mas que Verdade?!) que procede do Pai…
Ou… mais uma atribuição a
Deus de uma entidade que nos vem confundir. Se já não entendíamos - perdoem-nos
a repetição - a relação dúbia entre um Pai que ordena e tem uma vontade e um
Filho que, sendo Deus com o Pai, obedece às ordens e a essa vontade, agora com mais um Espírito de
Verdade que também procede de Deus… é uma trindade totalmente desnecessária!…
Aliás, ela só existe porque nos disseram que ela existia… Melhor: porque a
inventaram os primeiros “doutores” da Igreja, imitando outras tríades divinas
antigas.
E não sabemos se foi Jesus
Cristo quem no-lo disse, se foi invenção do velho João que, escrevendo no final
do séc. I, tenta criar uma teologia conforme às suas ideias “mirabolantes” acerca da configuração do Céu e um Deus-Pai, nele.
E, se foi Jesus, esqueceu-Se
de que a confusão nas nossas mentes aumentava e nada nos esclarecia tal
Espírito de Verdade… Sabendo isso, porque no-Lo revelou? Mesmo que existisse, teria
sido bem mais sensato-eficiente não no-Lo ter revelado!…
Ah, como tudo ficaria mais
simples se não nos tivesse revelado não só este Espírito como aquele Pai cuja
função-existência/actuação também não entendemos!
Apelando para um Pai a quem
obedecia cegamente, pensaria Jesus que assim conseguiria convencer melhor os do
seu tempo, habituados aos tradicionais medos bíblicos de castigo pelo pecado? É
que um Pai sempre mete algum respeito! E numa sociedade totalmente patriarcal e
machista como a daquele tempo…
Se tal foi a intenção, os
objectivos de certeza que não foram alcançados, pois os do seu tempo não só não acreditaram nele como o mataram. Assim, temos de colocar Jesus
ao nível do humano e do fracasso, embora não seja esse o nosso intento nem essa
a nossa convicção mais profunda. Jesus terá de ser um… vencedor!
Mas… que testemunho será
ainda necessário que o Espírito de Verdade dê de Jesus Cristo? E junto de quem?
Dos discípulos ou… do mundo? Aqueles, após três anos de companhia com Jesus, já
não deveriam necessitar de tal testemunho, como, aliás, é referido: “Vós também
dareis testemunho de Mim porque estais comigo desde o princípio.” O mundo, esse
não O reconheceria. Então? Então, para quê veio Jesus a esse mundo?
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