sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 359/?

 

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 53/?

 – “«Enviar-vos-ei o Espírito de Verdade que procede do Pai. Ele dará testemunho de Mim. Vós também dareis testemunho de Mim porque estais comigo desde o princípio.»” (Jo 15,26-27)

- É o mistério da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo ou Espírito da Verdade. Que Espírito é este, ninguém entende! Ou ninguém entende que, estando ali Jesus, tenha de vir o Espírito da Verdade (mas que Verdade?!) que procede do Pai…

Ou… mais uma atribuição a Deus de uma entidade que nos vem confundir. Se já não entendíamos - perdoem-nos a repetição - a relação dúbia entre um Pai que ordena e tem uma vontade e um Filho que, sendo Deus com o Pai, obedece às ordens e a essa vontade, agora com mais um Espírito de Verdade que também procede de Deus… é uma trindade totalmente desnecessária!… Aliás, ela só existe porque nos disseram que ela existia… Melhor: porque a inventaram os primeiros “doutores” da Igreja, imitando outras tríades divinas antigas.

E não sabemos se foi Jesus Cristo quem no-lo disse, se foi invenção do velho João que, escrevendo no final do séc. I, tenta criar uma teologia conforme às suas ideias “mirabolantes” acerca da configuração do Céu e um Deus-Pai, nele.

E, se foi Jesus, esqueceu-Se de que a confusão nas nossas mentes aumentava e nada nos esclarecia tal Espírito de Verdade… Sabendo isso, porque no-Lo revelou? Mesmo que existisse, teria sido bem mais sensato-eficiente não no-Lo ter revelado!…

Ah, como tudo ficaria mais simples se não nos tivesse revelado não só este Espírito como aquele Pai cuja função-existência/actuação também não entendemos!

Apelando para um Pai a quem obedecia cegamente, pensaria Jesus que assim conseguiria convencer melhor os do seu tempo, habituados aos tradicionais medos bíblicos de castigo pelo pecado? É que um Pai sempre mete algum respeito! E numa sociedade totalmente patriarcal e machista como a daquele tempo…

Se tal foi a intenção, os objectivos de certeza que não foram alcançados, pois os do seu tempo não só não acreditaram nele como o mataram. Assim, temos de colocar Jesus ao nível do humano e do fracasso, embora não seja esse o nosso intento nem essa a nossa convicção mais profunda. Jesus terá de ser um… vencedor!

Mas… que testemunho será ainda necessário que o Espírito de Verdade dê de Jesus Cristo? E junto de quem? Dos discípulos ou… do mundo? Aqueles, após três anos de companhia com Jesus, já não deveriam necessitar de tal testemunho, como, aliás, é referido: “Vós também dareis testemunho de Mim porque estais comigo desde o princípio.” O mundo, esse não O reconheceria. Então? Então, para quê veio Jesus a esse mundo?

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