quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Onde a Verdade da Bíblia? – Análise crítica – Novo Testamento (NT) -297/?

 

“Afinal, de quê, como e onde viveram Jesus e os seus discípulos, durante aqueles 3 anos de vida pública?” – 2/2

 Numa perspectiva divina (levando a análise crítica às últimas consequências…):

 Perguntamos: Jesus era Filho de Deus e Deus com o seu Pai, na unidade do Espírito Santo – a misteriosa Santíssima Trindade, inventada mais tarde, mas, obviamente, já naquele tempo presente e actuante – ou não?

Ora bem, se era Filho de Deus e Deus com o Pai, então seria lógico e racional que utilizasse, enquanto humano, os seus poderes divinos em relação ao dia-a-dia. E, assim, nem necessitariam, ele e os apóstolos, de mendigar ou esmolar o seu sustento, porque, na hora da fome, Jesus simplesmente mandava sentar os que o seguiam e, à sua frente, aparecia o alimento necessário, para aquela refeição, fosse de manhã, ao meio-dia ou à noite. E todos os dias variaria a ementa! E seriam ricos manjares confeccionados ao sabor de cada um! Obviamente, por milagre, milagre real, realmente divino!...

O mesmo aconteceria com o sustento das famílias dos que tudo deixaram e o seguiram!

E o mesmo aconteceria com o vestuário, o calçado, a casa onde dormissem, o leito onde se deitassem…

Gastava-se a túnica, e, em seu lugar, surgia uma nova ainda mais bela do que a que se rasgara; rompiam-se as sandálias, e logo ali apareceriam umas outras, lindas, prontas a estrear! E o tecto onde se abrigassem à noite para o merecido descanso…, uma beleza, um encanto, um convite ao repouso e ao doce sono…, que o dia seguinte seria duro a calcorrear caminhos pedregosos para irem de terra em terra, aldeia em aldeia, cidade em cidade, a anunciar a Boa Nova da vinda do Reino!

Pois…, não estamos a falar de um Filho de Deus, Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo?

Aliás, tais milagres viriam na linha de alguns inventados por Mateus, milagres espectaculares como os dois da multiplicação dos pães e dos peixes, com o fim de alimentar milhares de pessoas que o seguiam, sobrando ainda muitos cestos, estando já todos saciados, podendo-se criticar, na invenção de Mateus, os cálculos mal feitos pelo milagreiro Jesus…

Mais: falando de cansaço e de fome e de sono…, porque não fazer o milagre – mais simples!!! – de simplesmente não terem nem sono, nem fome, nem cansaço? Todos divinizados! Todos experienciando uma não-humanidade desconhecida, já que o tempo era de intervenção de Deus na história dessa mesma Humanidade! Lindo! Original! Espectacular em emoções e vivências do outro mundo!

Ah, como tudo isto tem lógica e é, ao mesmo tempo, um non-sense total! A conclusão que se retira de toda esta impossibilidade do milagre acontecer é simples e drástica:

Jesus não era, não foi, nunca foi mais do que um homem, um humano igual a todos os humanos, embora com ideias revolucionárias e dotado de poderes – uns inatos, outros aprendidos – de curar doenças, não do foro físico – como repor uma perna ou um braço ou um olho inexistentes, ressuscitar um morto, etc. (Embora João tenha inventado a história da ressurreição de Lázaro – Jo 11,1-46 – e a Bíblia – AT e NT – conte ainda outras ressurreições mas que, obviamente, não existiram!) – mas do foro psicológico, doenças que muitas vezes foram atribuídas a espíritos malignos que possuiriam o indivíduo doente.

E aí temos o verdadeiro Jesus! Um curandeiro e um pregador da fraternidade universal e da igualdade entre todos os humanos. Grande homem! Mas… apenas homem!

Foi esse homem que, apavorado com o sofrimento atroz na cruz, morrendo lentamente, esvaindo-se em sangue, descreu do seu Pai que estava nos Céus, e cujo nome ele propagou na sua pregação, ensinando mesmo uma oração comovente: “Pai nosso que estais no Céu…”, exclamando: “Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?!” Um grito bem humano e que ainda hoje ecoa, revelando a verdadeira realidade e natureza de Jesus: o homem que nasceu de Maria e de José, em Nazaré da Galileia, e que morreu pelo ideal que defendia.

 

1 comentário:

  1. O próximo texto apresentará uma proposta revolucionária: NOVÍSSIMA MISSA DE DOMINGO, missa que se propõe seja substituta da missa actual, pois baseada num Jesus-Homem verdadeiro e não num Jesus-Filho de Deus inexistente. E tudo será diferente, do Kyrie ao Credo, à Homilia, da Eucaristia à Comunhão. Será uma pedrada no charco da falsidade e da crença baseada em fantasias/mistérios impostas aos fiéis como VERDADES!

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