sábado, 11 de julho de 2020

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 272/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 68/?

– Realmente, as Escrituras parecem estar acima do Filho de Deus! Parecem estar acima do próprio Deus-Pai que as não pôde abolir, após tê-las inspirado ao autor sagrado, e assim salvar o seu Filho muito amado!…
É que - Absurdo dos absurdos!… - Jesus não pediu socorro ao Pai porque “tinha” de cumprir as Escrituras! Totalmente incompreensível!
E novamente os anjos que, embora simpáticos, não deixam de nos criar perplexidade, pois continuamos sem saber que tipo de criaturas são e qual a sua função no… Céu. A linguagem de “legiões” faz-nos lembrar um exército em ordem de batalha…, exército que existirá no Céu imaginado por Jesus. Mas, meu Deus, que terão os anjos de defender no Céu? A quem? Porquê?
A confusão aumenta ao pensarmos que tudo isto se está passando ao nível do divino!…
É! Quem serão realmente os anjos? Que poderes terão ou… não terão? Não bastaria um só anjo de Deus para desbaratar todo um exército da Terra? Que podem os poderes terrenais contra os poderes divinos?
Uma última curiosa pergunta: “Porque se lembrou Jesus do número “doze”? Porque não dez ou seis ou… apenas uma legião de anjos?…”
– “Então, o chefe dos sacerdotes disse-Lhe: «Eu Te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se Tu és o Messias, o Filho de Deus.» Jesus respondeu: «É como acabaste de dizer. Além disso, Eu digo-vos: de agora em diante vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do Céu.»” (Mt 26,63-64)
– A afirmação de ser o Messias é inequívoca. De ser o Filho de Deus, também. Aliás Marcos é mais explícito. À mesma pergunta, Jesus respondeu: “Sim, sou Eu.” (Mc 14,62). Já fica na neblina do mistério a sua vinda sobre as nuvens do Céu e o estar sentado à direita do Todo-Poderoso…, lembrando-nos um Céu físico com um trono onde Deus estará sentado rodeado de santos e anjos. Obviamente, uma total efabulação de Jesus, Jesus que certamente estaria convencido de que era o Messias e que nele se cumpririam as Escrituras.
– Os sumos-sacerdotes não só não acreditaram n'Ele como, rasgando as vestes, O condenaram à morte, por blasfémia: “Blasfemou!” (Mt 26,65)
E nós? Temos alguma razão para acreditar? – Não! Absolutamente nenhuma!
Brincando, diríamos que Deus criou um Homem que Lhe “complicou tanto a vida” que teve de enviar profetas, inspirar Escrituras, sacrificar o próprio Filho, o Cristo, o Messias prometido, o Salvador, em que só uma pequena parte da humanidade acredita, apesar de 2000 anos decorridos após a sua morte de salvação e a sua mensagem de ressurreição… E isto porque o criou com a liberdade de escolha de fazer o bem ou o mal.
Ora, teria sido muito mais simples se Deus tivesse feito de outro modo! O Homem era criado mas sem liberdade de escolha… Seria totalmente feliz, sem pecado e… sem sofrimento. Multiplicava-se e enchia a Terra e todos os planetas habitáveis no Universo. Morrendo, iria para o Céu, logo ali ao lado, onde continuaria feliz para sempre!
Assim, nem seria preciso expulsão do paraíso, nem diabos, nem inferno, nem gerar na dor, nem comer o pão com o suor do rosto, nem umas Escrituras anunciando um Messias, um Salvador…, nem escravatura, nem cativeiros, nem - cúmulo dos cúmulos - um Jesus, um Filho de Deus a sofrer suores de sangue, para cumprir aquelas Escrituras…
Então, porque não fez Deus deste modo, que era muito melhor para todos, incluindo o seu próprio Filho?
Enfim, aceitar um Filho de Deus a vir à Terra num dado tempo - há dois mil anos - para cumprir umas Escrituras escritas umas centenas de anos antes, é apoucar tanto a Ciência e o conhecimento que temos do Homem, da Terra e do Universo,… que custa mesmo acreditar em tal Filho de Deus! (Isto, além de apoucar o próprio Deus - Inteligência Suprema - que congeminou toda esta trama...)
É que - já o sabemos - o Homem tem os seus quatro milhões de anos, a Terra, os seus cerca de cinco mil milhões e o Universo observável, do qual conhecemos ainda tão pouco, cerca de quinze mil milhões, não sabendo nós nem o antes nem o depois…

No entanto, não há dúvida de que, sobre o Além e a esperança na vida eterna post-mortem, nada mais nos resta do que a Bíblia e a mensagem do seu Cristo chagado e… ressuscitado!



1 comentário:

  1. Comentário:

    Tais dados acerca do Homem, da Terra e do Universo, levam-nos à pergunta para a qual nenhum cristão – leigo ou teólogo – tem resposta: “Então, o Homem/hominídeo existe há cerca de 4 milhões, o sapiens-sapiens há cerca de 50 mil, e só agora, há 2 mil anos, é que Deus se lembra de enviar o seu Filho para salvar a Humanidade?”

    O cristianismo é mesmo uma história realmente muito mal contada/arquitectada, nascida no seio judaico, numa época em que, nesse seio, proliferavam seitas, como os zelotas, os essénios, os fariseus! Só me pergunto como é que há tantos crentes que acreditam em tamanho nonsense, em tamanha invenção, em tamanha inverdade afirmada como VERDADE! Alguém consegue entender?

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