sábado, 14 de março de 2020

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 259/?



À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. MATEUS – 55/?

– Mais uma parábola que Mateus põe na boca de Jesus para tentar explicar o Reino de Deus: a do rei que prepara a festa de casamento do seu filho; no dia, os convidados apresentam desculpas para não vir e alguns até maltratam os empregados do rei que lhes anunciam que a boda está pronta. Mas há duas situações estranhas. Primeiro - contrariando a sua própria mensagem de amor - sanciona o “Olho por olho” dos judeus: “Agarraram os empregados, bateram-lhes e mataram-nos. Indignado, o rei mandou as suas tropas com ordem de matarem aqueles assassinos e de lhes incendiarem a cidade.” (Mt 22,7). Depois, não sabemos que pensar do castigo imposto aos que entraram sem o “traje de festa”: “Amarrai-os de pés e mãos e lançai-os para fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mt 22,13)
– Claro que os sem traje de festa serão os pecadores não arrependidos. O resto da história é que já não se entende. Na verdade, esta explicação - mais uma! - do que é o Reino dos Céus ainda nos confundiu mais.
– E ainda há o “Reino” - não menos importante! - do inferno com aquele choro e ranger de dentes…, acrescentando Jesus: “Muitos são chamados e poucos escolhidos.” (Mt 22,14). Nesta frase, cremos que Jesus manifesta uma certa frustração na sua missão de Salvador e Redentor do Homem, já que vinha para salvar o que estava perdido, melhor, todos os Homens, e não uns quantos poucos… escolhidos!
– Jesus volta a contornar outra cilada que os fariseus lhe armaram, interrogando-O sobre o imposto romano: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Mt 2,21) Obviamente, uma não-resposta! Não se percebe é porque não “conseguiu” escapar, mais tarde, à morte que Lhe impuseram, mesmo perante Pôncio Pilatos que exclama: “Nele não encontro culpa alguma. (…) Lavo as minhas mãos do sangue deste justo.” (Mt 27,24).
Repetir-nos-íamos e voltaríamos a pedir perdão aos que por tal se escandalizaram, se disséssemos que tal condenação parece ser “querida”, exigida por Deus-Pai que fez Jesus ali sofrer atrozmente no corpo e na alma… Um non-sense total!
Alma? A alma divina também poderia ter sofrido com a total injustiça que contra o Filho de Deus estavam cometendo os chefes do povo eleito, do povo de Javé-Deus, os chefes de Israel? – Outro mistério… e não pequeno!
–“Na ressurreição, os homens e as mulheres serão como os anjos do Céu. E quanto à ressurreição, (…) Deus não é Deus dos mortos mas dos vivos.” (Mt 22,30-32)
– Que afirmações! Que palavras de vida eterna! Temos vontade de saltar, de cantar, de dançar de alegria numa de total felicidade! Espectacular a afirmação de uma ressurreição! Espectacular a afirmação de que há anjos! Espectacular a afirmação de que seremos como eles! Espectacular a afirmação de que os ressuscitados serão vivos e não mortos! E agora? Que fazemos a tão espectaculares afirmações? Afirmações sem quaisquer provas humanas ou… divinas? Assim, que nos adiantam as palavras de Cristo - que tão bem soam aos nossos ouvidos! - se continuamos sem saber nem quando, nem onde, nem como? Ah, que pena! Que pena! 
Acerca dos anjos, já o dissemos: são figuras realmente simpáticas e amorosas, mas carecem de total substrato real. Nada prova que existam – Jesus limitou-se a afirmar a sua existência! – ficando-se pelo mundo da fantasia que é o Céu onde eles se “divertem” com Deus, servindo-O…

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