domingo, 6 de outubro de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 235/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 31/?

– Pelas anteriores palavras de Jesus, parece que terá o Reino de Deus, terá a Vida eterna no Céu de Deus-Pai quem simplesmente não cometer crimes, nem adultério, nem imoralidade, nem roubos, nem falsos testemunhos, nem calúnias. E isto numa vida terrena tão efémera e tão conectada com o Tempo. Mas as nossas dúvidas esbarram sempre com o não sabermos nem onde, nem quando, nem como, nem… termos qualquer feedback dos que já se foram e que bem poderiam vir cá dizer-nos exactamente como é. Era tão fácil, não era! E acabavam-se todos os mistérios, todas as dúvidas, todas as interrogações, todos os impropérios, todas as crendices, todas as heresias que vamos por aqui sublevando, merecendo certamente, aos olhos de muitos, a condenação eterna!…
– Aos olhos de muitos e… do próprio Jesus Cristo que diz: “Porque serás justificado (…) ou condenado pelas tuas próprias palavras.” (Mt 12,37)
– Não, Jesus Cristo, não pode ser! As nossas palavras são a expressão pura da angústia do não entender… E acaso, sendo nós néscios, merecemos por isso condenação? Que culpa temos nós de não termos nascido mais clarividentes?
Só mais uma pergunta, com sabor a… repetida: “Como é que acções ou palavras ditas numa vida terrena, tão efémera no tempo, acarretam uma salvação ou uma condenação eternas? Como? Não há uma total e inconcebível injustiça quer para aquele que recebe o prémio quer para o que recebe o castigo? Quem poderá/saberá responder a tal pergunta? Acaso Jesus respondeu?” Ou não será este facto mais um argumento contra os que afirmam que há vida eterna para além da morte?
– Ainda outro milagre! Cura de uma rapariga estrangeira, possessa do demónio…
Mais um espírito maligno que andava por ali à solta… Nos tempos actuais, não parece havê-los assim em tão grande abundância como nos tempos de Jesus Cristo. Enfim, coisas da História!
O que não se entende é que Jesus tenha dito à mãe da rapariga, antes de fazer o milagre: “Eu só fui enviado às ovelhas perdidas de Israel.” (Mt 15,24)
Uma só explicação: para pôr à prova a fé daquela aflita mãe. De contrário, caía por terra todo o universalismo que está inerente à suposta missão de Cristo: enviado para salvar todos os Homens.
Mas, tal como para nós, Cristo era para ela a única tábua de salvação. Infelizmente, a nós não nos faz o milagre fundamental: dar-nos respostas claras e verdadeiras ao que por aqui questionamos… De qualquer modo, aquelas palavras à pobre mulher, fazem-nos lembrar o Javé-Deus do A.T. que se afirmou sempre tão exclusivo do povo de Israel. Já então, desabafámos: «Como tal exclusividade retira credibilidade a um Javé-Deus que se quisera Deus de todas as humanidades, de toda a Terra, de todos os céus, de todos os… Universos!»”

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