sexta-feira, 3 de maio de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 215/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 11/?

– E porque é que “É larga a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição e são muitos os que entram por ela.”? (Mt 7,13) Será assim tão atractivo tal caminho ou é o mal mais fácil de praticar que o bem?
– Trágico! Trágico para o suposto projecto de Deus e do próprio Jesus Cristo é a sua afirmação: “Estreita é a porta e apertado o caminho que vai dar à vida eterna e são poucos os que o encontram.” (Mt 7,14) Trágico para o suposto projecto de Deus em relação ao Homem porque, sendo assim, haverá muito poucos que atingem a vida eterna. E, com tais palavras de JC, ficamos sem saber que caminhos seguir para alcançar tal vida, se é que ela existe…
–“Cuidado com os falsos profetas! (…) É pelos frutos que os conhecereis.” (Mt 7,15-20)
– Já no A.T., os falsos profetas eram temidos e denunciados pelos que se proclamavam de verdadeiros profetas. Nós, com estes “frutos” que são as nossas interrogações sobre a Bíblia e sua veracidade, que tipo de profetas seremos? Verdadeiros ou falsos? Profetas da esperança ou da… desgraça? O que é facto e certo é que apenas andamos à procura da Verdade, a Verdade da Vida Eterna. 
– As comparações que Jesus faz, quando ensina, encantam pela sua simplicidade. Realmente, todos deveriam entender a da “casa construída sobre rocha e a construída sobre a areia”. Mas… o que é isso de ouvir a palavra de Jesus e de pô-la em prática? (Mt 7,24-27)
– “A multidão estava admirada com os seus ensinamentos. (…) Ele ensinava como quem tem autoridade.” (Mt 7,28-29)
– Também nós ficamos admirados! Não sabemos é se a multidão teria percebido tão pouco como nós percebemos!… Ficariam eles com tantas interrogações como nós? Porque não questionaram? Ah, se lá pudéssemos ter estado!…
– E… eis a primeira narrativa de milagre! Espectacular como todos! No mesmo instante do gesto e da palavra! A cura do leproso: “Então, Jesus disse-lhe: «Não contes isto a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece a Deus o sacrifício que Moisés ordenou, para ficarem a saber que estás curado.»” (Mt 8,4)
– Se o leproso tinha de se mostrar curado, para não ser repelido pela comunidade, porque não apregoar a toda a gente o milagre? Teria Jesus “temido” o resultado do seu próprio sucesso?… Não viriam todos os leprosos - e eram muitos naquela época - para serem curados? Como dizer a uns que sim e a outros que não? Que leproso não acreditaria nas capacidades de Cristo em curar, vendo o seu “irmão” ali limpinho da moléstia? E não dizia Cristo que bastava ter Fé?… Mas, mais uma vez, JC parece contradizer-se com o seu projecto de salvação com o “Não contes isto a ninguém”. Pelo contrário, deveria ter dito: “Vai, mostra-te, diz que fui eu, o ENVIADO DE DEUS PARA DAR A BOA NOVA DA SALVAÇÃO ETERNA, que te curei e curarei todos os que de mim se aproximarem.” E toda a gente se teria convertido e acreditado…
– Também não se entende o porquê do sacrifício que o leproso tem de oferecer a Deus, invocando-se a Lei mosaica… Impossibilidade ou temor de acabar de vez com as Escrituras? Ou… sabedoria “política” para não ser, logo de início, rejeitado pela esfera do poder?
Dos milagres e da sua veracidade, falaremos lá mais para diante.

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