sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 201/?



Conclusão breve e objectiva

O AT, com os seus 46 livros – nem todos (sete) tidos por 
inspirados por Deus pelos judeus – não passa de um conjunto 
de pequenos livros:
1 – Livros da Lei, o Pentateuco (cinco livros), melhor dito, 
livros das leis que a classe política e religiosa, (levitas e 
sacerdotes sempre de mão dada com o poder político), 
impunham ao povo israelita.
2 – Livros históricos (dezasseis) pouco ou nada credíveis 
do ponto de vista da real história, fortemente influenciados 
pela classe político-sacerdotal.
3 – Livros sapienciais (sete), os mais interessantes do ponto 
de vista da análise existencial do ser humano, com as suas 
dúvidas, os seus anseios, o seu desejo de prazeres, sendo 
o exemplar mais poético, o “Cântico”. Livros onde pontuam 
frases tão humanas e sem qualquer pinta de divino, como:
“Aconselho que se desfrute o melhor que a vida pode 
proporcionar, porquanto debaixo do sol não existe nada 
mais feliz para o ser humano do que simplesmente: comer, 
beber e alegrar-se. (Eclesiastes 8:15), ou “Goza a vida com a 
mulher que amas, todos os dias da tua vida” (Eclesiastes, 9-9), 
ou “Não te prives de um dia feliz, nem deixes escapar um 
desejo legítimo. Acaso, não vais deixar para os outros o fruto das 
tuas fadigas? Dá e recebe e diverte-te porque no mundo dos 
mortos não há alegria.” (Eclesiástico, 14,14-16)
4 – Livros proféticos (dezoito) apresentados na Bíblia, por 
nós seguida, sem grande ordem cronológica, sendo o último – 
Malaquias – dado por ter sido escrito nos meados do séc. 
V aC. As ditas profecias e ditas de inspiração divina, ninguém 
sabe até que ponto foram/são ou não profecias, como tentámos 
demonstrar ao longo da análise crítica aos mesmos livros.

Em modos de conclusão, é interessante referir o que o “nosso” 
exegeta diz, na Introdução ao exemplar da Bíblia que ele foi 
comentando e nós fomos citando: “O AT é uma colecção de 46 
livros onde encontramos a História de Israel (…): mostra como 
surgiu, como viveu escravo no Egipto, como possuiu uma terra, 
como foi governado, quais as relações que teve com outras nações, 
como estabeleceu as suas leis e viveu a sua religião. Apresenta os 
seus costumes, a sua cultura, os seus conflitos, derrotas e esperanças.” 
O que afirma, de seguida, não importa repetir, por desprovido de 
qualquer ponta de credibilidade.
Então, é isso e apenas isso, embora os cristãos queiram fazer da mesma 
Bíblia um livro de inspiração divina e, neste AT, um anúncio ou 
prenúncio do NT, onde apareceria Jesus que foi dito como o 
Messias, e “feito” o Filho de Deus, prometendo a salvação/vida eterna 
a quem acreditasse nele...
Uma teoria bonita se não fosse produto da imaginação e da fantasia 
de alguns, também eles ditos inspirados…
Enfim, restam-nos as palavras prè-introdutórias à mesma edição bíblica: 
“Este é um livro de verdades absolutas, de verdades para todas as 
gerações. É o Livro da Verdade.” Palavras, obviamente falsas ou sem 
sentido. É que de Verdade da Vida eterna que procurávamos que 
procurámos… NADA! Um grandíssimo NADA! Nada de 
VERDADE sobre o fim último da existência humana.





1 comentário:

  1. Muitos dirão:

    Criticando tanto a Bíblia Sagrada, roubaste-nos as únicas palavras de vida eterna que sustentavam o vazio da nossa existência a prazo!

    Eu responderia:

    Também eu quisera que as palavras de vida eterna soassem como manhãs claras aos meus ouvidos. Por isso, fui à procura… Ainda não as encontrei? Que hei-de fazer? Que havemos de fazer? Querem uma sugestão que não resposta? - Viver, simplesmente e… cantar e… sorrir, não querendo conquistar o mundo inteiro mas apenas aquele que nos der o prazer de sermos nós e… os outros! Depois…

    No entanto, ainda dirão, indignados, vociferando: “Mas quem és tu? Quem te julgas ser? Maior do que Jesus Cristo, presunção das presunções? Não acreditou, glosou, acatou, cumpriu Jesus Cristo as Escrituras? Não é Ele a própria realização do que foi anunciado pelos profetas? Como podes vir dizer que…?”

    Pronto! Não contesto, não me defendo. Fica prometido: vamos falar com… Jesus Cristo e esperemos que Ele nos dê alguma LUZ!

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