quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Onde a Verdade de Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 182/?


À procura da VERDADE no livro de AMÓS 3/4


- “Javé (…) de Jerusalém faz ouvir o seu grito (…)” (Am 1,2)
- E comenta-se: “Este brevíssimo oráculo introduz toda a actividade 
de Amós, apresentando-a como manifestação do único Deus vivo, 
que habita em Jerusalém e está acima de qualquer divisão interna do 
povo.” (ibidem)
- É uma afirmação que não se percebe se é interpretação do 
que diz Amós ou opinião do comentarista. De qualquer modo, 
oferece-se-nos perguntar a um ou a outro: Que manifestação? 
Porquê de Deus? Porquê habita em Jerusalém? Como? É um 
habitar simbólico ou… real? Se é simbólico, como é plausível, que 
realidade representa? Uma força que tende a introduzir-se nos 
habitantes de Jerusalém? A força da Palavra e da Lei de Moisés? 
O enigmático “Santo dos Santos” do Templo, onde se guardava a 
Arca da Aliança, ainda não muito distante na memória colectiva de 
um povo vindo do deserto, guiado por Moisés? Tantas perguntas sem 
resposta, santo Deus!…
- “Pai e filho dormem com a mesma mulher, profanando assim o 
meu Nome santo. (…) Entre os vossos filhos, escolhi profetas 
e entre os vossos jovens, escolhi homens consagrados. (…) No 
entanto, embriagastes os homens consagrados e tapastes a boca dos 
profetas.” (Am 2,7-12)
- As perversões sexuais, recorrentes ao longo de toda a Bíblia, 
continuam a ser das mais visadas nos oráculos. Aquele povo era 
realmente difícil… até para Deus!
- “Escutai esta palavra, vacas de Basã (…): vós que oprimis os 
fracos, maltratais os necessitados e dizeis aos vossos maridos (…)” 
(Am 4,1)
- O termo “vaca” não é nada meigo para as “nobres” senhoras da 
Samaria!… E repete o “nosso” comentador: “A História de Israel 
está cheia de advertências: fome, sede, calamidades de todo o 
tipo, pestes, guerras e inúmeros desastres. Estes flagelos porém, 
não levaram à conversão; pelo contrário, manteve-se a prática da 
injustiça.” (ibidem)
E, então, qual a conclusão? Continuamos a aceitar Israel como o 
“povo eleito”? Não descredibiliza um Javé já tão fragilizado 
pelos seus “instintos” bélicos e sanguinários, sendo chamado porfiadas 
vezes “Senhor dos exércitos”, pela sua ira incontida contra os 
inimigos de Israel, pela sua espada vingadora sempre pronta a ser 
brandida, e por outros” mimos” com que é apelidado pelos autores 
“sagrados” que, em vez de O elevarem ao Céu, o fazem mais humano 
do que qualquer humano?



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