sexta-feira, 26 de maio de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 137/?

À procura da VERDADE nos livros Proféticos

ISAÍAS – 14/17

- “Desprezado e rejeitado pelos homens, homem do sofrimento 
e experimentado na dor (…) Todavia eram as nossas doenças que 
ele carregava, eram as nossas dores que ele levava às costas (…) 
ele estava a ser trespassado, por causa das nossas revoltas, esmagado 
pelos nossos crimes. Caiu sobre ele o castigo que nos dá a paz; e 
pelas suas feridas é que fomos curados. (…) Foi oprimido e 
humilhado mas não abriu a boca; tal como o cordeiro, ele foi levado 
para o matadouro (...). Foi preso, julgado injustamente; e quem se 
preocupou com a vida dele? Pois foi suprimido da terra dos vivos 
e ferido de morte por causa da revolta do meu povo (…) embora 
nunca tivesse cometido injustiça e nunca a mentira estivesse na sua 
boca. No entanto, Javé queria esmagá-lo com o sofrimento: se ele 
entrega a sua vida em reparação pelos pecados, então conhecerá os 
seus descendentes, prolongará a sua existência e, por meio dele, o 
projecto de Javé triunfará.” (Is 53)
- O texto é fundamental para o Cristianismo. E comenta-se: “É o 
quarto Cântico do servo de Javé (…) e, com ele, atingimos o cume da 
obra de Isaías. (…) Ao narrar a paixão de Jesus, os evangelistas 
tiveram presente este cântico; muitos dos seus pormenores parecem 
cumpridos na vida e morte de Jesus.” (ibidem) Talvez ou… certamente! 
Aliás, Jesus parece ter sido fadado para cumprir estas velhas Escrituras. 
No entanto, ficamo-nos pelo “parece”, pelo “talvez”! O problema é o 
mistério da Redenção querida por Javé e “imposta” ao seu servo. 
Como poderemos esquecer o grito de Cristo: “Pai, se é possível, 
afasta de mim este cálice…”? Ou então, aquele, na cruz, em 
estertores de morte: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste”? 
Não era o mesmo Jesus? O Jesus dos milagres? O Jesus divino? Ou 
então, era homem umas vezes e Deus, ou Filho de Deus, outras? 
Admite-se que um Filho de Deus descido à Terra, tenha dois 
comportamentos para nos confundir? Finalmente: Que projecto de 
Javé enfim triunfará?!… E onde? Na Terra, neste minúsculo Planeta 
que vagueia no espaço, ou no Céu de todos os espaços e da inefável 
eternidade? (Quando, no NT, falarmos de Jesus, havemos de 
constatar que a invenção da sua divindade redentora, a partir da 
qual nasceu a religião cristã, é totalmente desprovida de senso e, 
mesmo, de humanidade: como admitir que um Deus tenha um filho, 
o envie à Terra e o faça sofrer uma morte e morte de cruz para salvar 
um ser vivo, por acaso racional, chamado Homem?...) A apologia do 
sofrimento – ao longo dos séculos apanágio da doutrina da Igreja – é 
de uma irracionalidade total!
- “Por um instante te abandonei, mas com imensa compaixão, torno a 
chamar-te. Num ímpeto de ira, por um momento escondi de ti o meu 
rosto; agora, com amor eterno, volto a compadecer-Me de ti, diz Javé, 
teu redentor.” (Is 54,7-8)

- Que Javé é este que claramente se diverte com este jogo de ora 
abandona ora torna a chamar, ora tem ímpetos de ira e esconde o rosto 
ora se compadece em amor eterno? Que eternidade? Que redenção? 
Que pecado? Que vida? As perguntas repetem-se em catadupa, sem 
qualquer hipótese de resposta… E um Deus sem respostas – como 
são todos os deuses de todas as religiões conhecidas, pois todos 
inventados pelo Homem – obviamente, não é Deus!

1 comentário:

  1. Perguntaram-me há tempos: "Afinal, para que viemos à vida?" Respondi, crua mas realisticamente: "Para nada!". Hoje, acrescentaria: "Viemos para no deliciarmos com o BELO que nos rodeia, do átomo às estrelas, ao Universo... Mas por um pequeno lapso de tempo, tempo que não podemos perder. Será uma perca para sempre! É que, agora, somos mas, muito em breve, seremos apenas poeira integrada nesse BELO que nos rodeia e nos delicia, e do qual fazemos parte, por toda a eternidade...".

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