segunda-feira, 28 de julho de 2014

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo testamento (AT) - 29/?

À procura da Verdade no Livro do Levítico - 1

 - Diz-se na Introdução ao Levítico: “Embora (…) atribuído a Moisés, o livro do Levítico foi escrito depois do exílio na Babilónia.” (ibidem) - A questão permanece: “Livro sagrado”, porquê? Livro inspirado por Deus, porquê? E atribuído a Moisés mas escrito, uns seis séculos mais tarde? – Não se entende! No entanto, esperemos que em algum lugar se faça luz nos nossos espíritos sequiosos de VERDADE!…

- “Javé chamou a Moisés e (…) disse-lhe: (…)” (Lv1,1) – Logo de início, eis novamente Javé a dar as suas normas, quase todas repetitivas do Êxodo, monótonas, tristes, mesquinhas… Também este autor sagrado coloca Javé no papel de legislador sobre o ritual dos sacrifícios, a consagração dos sacerdotes, a distinção entre puro e impuro, o que é sagrado e santo. E assim, Javé legisla sobre: os holocaustos, as oblações ou ofertas a Javé, os sacrifícios da comunhão, o sacrifício pelo pecado, o pecado do sumo sacerdote, o pecado da comunidade, o pecado de um chefe, o pecado de um homem do povo, casos de justiça e de pessoas sem recursos, o sacrifício de reparação, o ritual do holocausto, o ritual da oblação, o ritual da sacrifício pelo pecado, o ritual do sacrifício de reparação, o ritual para o sacrifício de comunhão. E também, normas sobre as cerimónias da consagração dos sacerdotes, a função sacerdotal, a violação do sagrado. E ainda, leis sobre os animais puros e impuros, a purificação depois do parto, as doenças da pele, a actuação do leproso, o mofo das roupas, a purificação do leproso, o mofo das casas, as doenças sexuais, o dia do grande perdão. Finalmente, leis sobre a sacralidade do sangue, as uniões proibidas, a santidade do povo de Javé, o holocausto de crianças, o respeito da família, o respeito pelas normas de Javé, o comportamento dos sacerdotes, os alimentos sagrados, as festas do ano, o sábado, a festa da Páscoa e dos pães sem fermento, a oferta a Javé das primícias, a festa das semanas, a festa da Lua nova, o dia da expiação, a festa das tendas, o respeito pela presença de Deus no santuário, o respeito pela vida, o descanso para a terra, o ano jubilar, a providência de Deus e a previdência do homem, o direito de todos a Terra e casa próprias, o não aproveitar-se da miséria alheia, o não escravizar o povo, as bênçãos e as maldições de Javé. (Lv 1-26)

- Que longa legislação! Que Javé normativo! Ou… que repetição de normas e de leis tradicionais para dominar tal “povo de cabeça dura”! Tudo, claro, em nome ou pela boca de Javé, embora nada tendo de divino! Mas… vamos deliciar-nos com alguns pormenores!

- “Se for holocausto de animal pequeno, cordeiro ou cabrito, ofereça um macho sem defeito. (…) Os sacerdotes derramarão o sangue por todos os lados do altar (…) O sacerdote esquartejá-lo-á (…) e queimará tudo sobre o altar (…) É (…) uma oferta queimada de suave odor para Javé.” (Lv1,10-13)

- Até aqui as fêmeas são discriminadas!… Até para morrer em holocausto a Javé são preteridas! Mas Javé a deliciar-se com o odor a carne queimada, subindo do altar regado com o sangue da vítima, é que nos faz revoltar as entranhas! Que inspiração a tua, autor divino! Que leis as tuas, ó Israel!

- “Se foi o sacerdote sagrado quem cometeu a violação (…) deverá oferecer a Javé (…) um bezerro, animal grande, sem defeito (…) Se foi um chefe (…) levará como oferta um bode sem defeito (…) Se foi um homem do povo (…) levará uma cabra sem defeito (…) Se alguém cometer uma falta (…) oferecerá um cordeiro sem defeito (…) (Lv 4-5) - Como se entende esta discriminação na religião?!

 - Continua a espantar-nos é aquela exigência de perfeição: tudo “sem defeito”! Os sacerdotes eram mesmo exigentes, não há dúvida! Mesmo que o animal fosse para ser consumido pelas chamas no altar… Afinal, os chefes religiosos não eram mais inteligentes do que o povo que diziam servir e a quem Javé chamou "Povo de cabeça dura"...

- Dos rituais para o holocausto, a oblação, e outros sacrifícios, por tão enfadonhamente mesquinhos, não lhes damos luz de texto…

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