domingo, 22 de dezembro de 2013

É Natal! Feliz Natal!

É NATAL! NATAL SEMPRE? FELIZ NATAL! (1/2)

Mais uma vez o mundo celebra o Natal, ou seja, o nascimento de Jesus a quem apelidaram de Cristo, o Ungido de Deus, o Escolhido pelo mesmo Deus para Salvador da Humanidade – diz-se na canção “Viva o Salvador do mundo!” – o Messias, o Libertador do Homem do pecado através do seu sacrifício cruento agradável aos olhos de Deus, seu Pai! (Que pai, meu Deus, estes Homens criadores do cristianismo vos fizeram!!!) E é um nascimento de narrativa comovedora e sensibilizante para todo o mundo… Pois quem não se comove perante uma mãe que tem de dar à luz numa gruta onde se abrigavam animais, pois não havia lugar para eles na estalagem, uma criança que nasce pobrezinha, em noite de frio e gelo, aconchegada em palhas que alimentavam os mesmos animais?! E, depois, há os anjos cantando, os pastores acorrendo, deixando os seus gados nos campos, ao serem avisados pelos anjos do nascimento do Messias Salvador! Tudo muito bucólico, tudo muito comovente, tudo muito apelativo ao sentimento de ternura, ao sorriso, à… Fé!
E ninguém se interroga – ou nenhum crente se quer interrogar! – numa análise fria, como é próprio da análise crítica e científica, se aqueles supostos factos são realmente supostos, ou seja, fruto da fantasia dos seus cronistas, essencialmente Lucas no seu evangelho, inspirados aliás em relatos mais antigos – e que corriam à época entre aqueles povos do Oriente – de nascimentos de deuses, se são verdadeiros. Para os crentes, a análise crítica não interessa: é agradável ao corpo e à alma acreditar, acredita-se e não se pensa mais nisso! “Disseram-nos que foi assim e nós queremos acreditar. Ponto final!” É a Fé no seu máximo esplendor!
Mas… Ah, meu Deus, meu simpático e ternurento Menino Jesus, quantas perguntas sem resposta toda a narrativa de Lucas em que assenta o Natal se nos apresentam a nós que pensamos estas coisas! Quantas, meu “santo” Menino!
Para não aborrecer os leitores com repetições do que se disse no início deste livro, QUEM ME CHAMOU JESUS CRISTO? O MENINO JESUS EXISTIU?, livro que nos ocupou uma cinquentena de textos, apenas diremos:
1 – O relato sobre os pastores que estariam pelos campos com os seus rebanhos, é falso ou desenquadrado com a realidade temporal: no Inverno, os rebanhos e seus pastores não podem dormir ao relento nos campos… Então, a narrativa – ou a tradição imposta pela Igreja! – peca pela impossibilidade de tal facto, pois os pastores, naquelas paragens, só se aventuravam/aventuram a ficar pelos campos, desde meados da Primavera até finais do Verão. Para esta parte da narrativa ser verídica, teríamos de fazer nascer Jesus lá para Maio ou Junho!
2 – A pergunta é óbvia: sabendo desta incongruência, porque é que a Igreja impôs a data de 25 de Dezembro, como a data do nascimento de Jesus? A resposta é simples: desde os primeiros tempos, que a Igreja se esforçou por apagar da mente dos Homens de então, a lembrança dos deuses solares antigos venerados/adorados por todo o mundo conhecido de então; ora, estes eram deuses que “morriam” no solstício de Inverno para ressurgir logo a seguir, rumo a uma exuberante Primavera. E o solstício de Inverno é a 23 de Dezembro. Colocando, pois, o nascimento de Jesus em 25, acertariam na “mouche”, ou seja, na data em que todo o Império Romano celebrava os seus deuses renascidos, fazendo substituir estes por aquele! Belo e sábio “golpe”, não?
Concluímos, sem nos alongarmos mais (É que há que ir preparar a consoada, jantar e ceia de Natal, convidar a família, comprar as prendas, o bolo-rei, o bacalhau, o peru, dependurar o bercinho com o simpático Menino na árvore… e tantas outras coisas, meu Deus!):
1 – O Natal é, hoje, celebrado por todo esse mundo, sobretudo cristão, obviamente, mas com a simpatia de muitas outras crenças ou de muitos outros crentes que têm também os seus deuses, todos evidentemente eivados de fantasias de gurus que os inventaram e assim os “venderam” ao mundo ignaro e não crítico.
2 – Não é por tal facto – não pode ser por tal facto! – que se prova que o Menino Jesus existiu e que tudo o que se afirma sobre ele seja verdade ou a VERDADE! Pelo contrário, tudo – mas tudo! – leva a crer que estamos perante a maior efabulação da História conhecida da Humanidade. Uma história com apenas dois mil anos… Uma história que está na base desta “fantástica” Religião que se chama “cristianismo”!

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