Primeiro final possível – 1/2
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– Certamente –
dir-nos-ão – os seus inúmeros milagres, a sua afirmação sem hesitações de que
era o Messias prometido pelas Escrituras - tendo embora desiludido
completamente os judeus que esperavam um restaurador do Reino de Israel, quando
o Reino que Ele anunciou era o Reino de Deus - a sua afirmação inequívoca de
que era o Filho de Deus, a sua mensagem de amor ao próximo para nos integrarmos
naquele Reino de Deus e alcançarmos o Céu de todas as bem-aventuranças, face a
face com Deus, pela eternidade sem fim…
– Também,
objectivamente, o que é que nos faz ter dúvidas sobre este judeu Jesus a quem
os seguidores chamaram de Cristo, de Filho de Deus?
– Talvez o
problema maior seja Jesus ter-Se apresentado como totalmente dependente do
cumprir umas Escrituras, cuja interpretação quase nunca é clara e tudo nelas prova que não são – não podem ser! – de inspiração divina.
A BÍBLIA NÃO É DE INSPIRAÇÃO DIVINA!
Mas, para aquelas
dúvidas, haverá ainda de considerar o facto de Jesus:
– não ter
conseguido converter os sacerdotes e fariseus, perdidos, embora, no seu orgulho
e desejo de riqueza…
– não ter
conseguido mostrar o Pai, nem o Céu, nem a vida eterna…
– não ter
explicado como é que uma acção na Terra, em vida efémera no tempo, acarreta ou
salvação ou condenação eternas…
– ter falado
muito em Deus-Pai, em Céu, em vida eterna, em ir-nos preparar um lugar, mas
nunca ter dito nem onde, nem como, nem quando ou, se o disse, foi por parábolas
que ninguém entende ou cuja leitura não ultrapassa a dimensão do tempo e da
vida terrena, deixando-nos por isso sem qualquer resposta…
– ter supostamente ressuscitado e ter-se apenas mostrado aos amigos, quando deveria ter feito exactamente o contrário, para convencer o mundo, pelo menos o de então, de que ele era realmente o que dizia ser.
– enfim, por Se
ter ido embora e nos ter deixado com todas estas dúvidas, Ele que disse – e os
seus discípulos disseram e continuam a dizer! – que vinha para nos salvar e
salvar a humanidade inteira…
Aliás – perguntaríamos ironicamente – como
verá Ele, lá do seu Céu, onde certamente estará, esta nossa angústia de
querermos desesperadamente acreditar nele e não o conseguirmos porque temos uma
razão que nos impede de acreditarmos cegamente em afirmações sem provas?
Nem o inventado Espírito Santo, que parece
ter inspirado tanto os Apóstolos, confirmando-os na Fé, a nós nada inspira e
nada retira às nossas dúvidas…
Ora, se não conseguimos acreditar em Jesus
Cristo, que havemos de fazer? – Talvez apenas isto: viver na máxima plenitude
esta vida, felizes connosco e com os outros, na realização dos nossos sonhos,
com todas as nossas capacidades, dando e dando-nos porque realmente é dando que
se recebe…
E se os nossos horizontes não conseguem
passar além da vida terrena e projectar-se na eternidade, que este gostinho ao
menos nos acompanhe pela vida fora:
“Somos e somos
inteligentes e somos felizes porque fazemos felizes quem de nós precisa um
sorriso, um abraço, uma solidariedade…”
Quem sabe se assim - sem querermos!!! -
alcançamos o Céu de Jesus Cristo? Quem sabe? Não cumprimos de tal modo, e
afinal, o grande mandamento do “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”? Que
grande surpresa! Que agradabilíssima surpresa seria!
E - sejamos optimistas! - acreditemos que talvez seja esta surpresa de Deus ou de Jesus Cristo ou do Céu que nos estará reservada, no termo dos nossos dias. Acreditemos!
Eu quero acreditar. Tu, não?…
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