À procura
da Verdade nas Cartas – 427/?
2ª Carta de S. PEDRO 1/2
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Diz-se em comentário: “Os profetas do Antigo Testamento, que anunciavam a
glória do Messias, não se fundamentavam numa visão pessoal e subjectiva; o seu
testemunho era expressão do que Deus queria comunicar aos Homens através do
Espírito. A Bíblia inteira é inspirada pelo Espírito Santo, o qual não ditou os
livros ou fez revelação particular aos seus autores. Estes apenas escreveram
movidos pelo Espírito e fizeram-no com o seu estilo próprio e conforme a
cultura do seu tempo. Tinham consciência de expressar a fé genuína do seu povo,
mas não necessariamente se davam conta de que estivessem a obedecer ao Espírito
Santo.” (ibidem)
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E nós perguntamos: Que credibilidade merecem tais afirmações quer de Pedro quer
do exegeta? Onde as provas?… É tão fácil afirmar sem nada ter de provar!…
Aliás, se dissermos exactamente o
contrário, como nada temos de provar, não merecerá tal contrário a mesma
credibilidade? Assim, fica-se logo no domínio da Fé. E acredita quem quiser.
Mas… se toda a Bíblia é inspirada pelo Espírito Santo, que resposta nos dá Ele
a todas as críticas que fizemos ao longo destes 426 textos de análise crítica
dessa mesma Bíblia? Nenhuma! E há tanto de sanguinário e de partidário ao longo
da Bíblia que não sabemos onde está a santidade de um tal Espírito.
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“Cada um é escravo daquele que o vence.” (2Pd 2,19)
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A frase é bonita e… real! Se for o vício o vencedor é pena… Mas se for o amor… Claro
que, humanamente, é inaceitável que se seja escravo seja do que for. A
liberdade é um dom inalienável. Embora todo o Homem, ao exercê-la, se tenha de
lembrar da máxima: “A minha liberdade
acaba onde a tua começa.”
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“Deus usa de paciência para convosco porque não quer que ninguém se perca, mas
que todos cheguem a converter-se. O dia do Senhor chegará como um ladrão e
então os céus dissolver-se-ão com estrondo…” (2Pd 3,9-10)
– Que
Deus não queira que ninguém se perca é de elementar justiça! No entanto,
deixou-nos cheios de dúvidas quanto ao Céu, à vida eterna, ao meio de lá
chegar, ao próprio Jesus Cristo, sobre Ele mesmo! Então, que Deus é este que,
querendo salvar-nos, nos condena à dúvida perene ou – pior! – a termos uma Fé
sem lógica nem humana nem divina? De certeza que não é DEUS, o DEUS VERDADEIRO.
Este é o Deus inventado pelos Homens, um Deus que, aliás, já vem da Bíblia e
que pouco ou nada tem de divino.
E não são virtuais aquela paciência e aquele querer de… Deus? Pedro e o Espírito que o inspirava enganaram-se quanto à dissolução dos céus. Não houve nem haverá nenhuma dissolução. É elementar conhecimento astrofísico.
Assim é a Fé dos Homens, seja ela qual for… Um pouco como se um humano dissesse a outro humano faminto:
“Toma lá esta imagem de pão e come-o em imaginação
e ficarás saciado!”…
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