À procura
da Verdade nas Cartas – 426/?
– O Mestre Jesus já havia dito o mesmo. Nós não
concordamos nem com um nem com outro. Insultar, claro, que não vale a pena; mas
questionar e pôr em causa afirmações como muitas do judeu Jesus a quem chamaram
de Cristo, faz todo o sentido, pois nas suas afirmações joga-se o Além da Vida
e a sua veracidade ou falsidade.
–
“Os que sofrem de acordo com o projecto de Deus…” (1Pd 4,19)
–
O que será isso de “sofrer segundo o projecto de Deus”? Que Deus é este - já
tantas vezes o perguntámos! - que Deus é este que baseia o Céu para o Homem no
sofrimento num vida efémera terrena? Como duvidamos de tal “interpretação” de
Pedro, Paulo ou do próprio Jesus Cristo, cuja morte e morte de cruz nunca
entendemos/aceitámos como vinda de Deus! Como somos levados a pensar - e diria
com total razão, sem qualquer sentimento de arrogância mas com toda a humildade
de quem procura ansiosamente a VERDADE - como somos levados a pensar que todas
as interpretações religiosas do sofrimento humano não passam de paliativos para
que o sofrimento seja o menos insuportável possível para quem dele é vítima!
Aliás… vejamos a incongruência e até o
caricato da questão, posta de um ponto de vista religioso: se o sofrimento tem
assim tanto valor em ordem a alcançar a vida eterna, porque não nos “devotamos”
ao sofrimento e o maior possível - flagelação e morte de cruz, seria óptima
opção!… - para o mais rapidamente possível alcançarmos a plenitude e o Céu que
nos é prometido em recompensa por tal sofrimento? Porquê? E é pergunta que
fazemos a todos os Santos mas sobretudo a… Jesus Cristo!
É! Jesus Cristo terá mesmo de vir de novo à
Terra, explicar-nos tal nonsense, sob
pena de, se o não fizer, não sabermos mais se mesmo nele poderemos ter alguma
confiança!…
Se é que alguma vez já a tivemos! Não o
“subjugámos” com dezenas, centenas, milhares de perguntas ao longo da leitura
dos “seus” Evangelhos? Acaso nos respondeu a alguma delas?… Então…
Para todas as religiões que pregam A EXISTÊNCIA de um Além-Vida, o problema põe-se exactamente na hora da morte. Parece que o caso mais apelativo será o da religião cristã que prega a ressurreição da alma após a morte do corpo que a sustentava, indo para o Céu, se foi boa, para o Inferno, se foi má, por toda a eternidade. Ora, alguém que pense criticamente será capaz de aceitar isto como verídico? É que não há nenhuma - NENHUMA! - prova de que Céu ou Inferno existam nem que haja qualquer ressurreição de um corpo morto. Então?!
ResponderEliminarMas que é lindo e apelativo tal conceito, lá isso... E - perguntamo-nos - que mal há em acreditar nisso se tal nos ajuda a viver melhor esta VIDA que é única e irrepetível?