À procura da Verdade nas Cartas de Paulo
–
Estranha e deprimente esta visão da vida, não é?… Em que mente sanguinária cabe
tal raciocínio? Quem é que tem o desplante de ainda afirmar que este é um texto
sagrado inspirado por Deus? (Deixamos para outros contextos a ideia de pecado e o que isso representou e representa de trauma para o mundo cristão.)
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“Ao entrar no mundo, Cristo disse: «Tu, ó Deus, não quiseste sacrifício nem
oferta. Em vez disso, deste-Me um corpo. Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a tua
vontade conforme está escrito a meu respeito na Escritura!» (Hb 10,5-7)
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Isto de um Filho de Deus ter um corpo, subjugado aos ditames de umas
Escrituras, cuja interpretação raramente é clara, é… terrível! E, afinal, Deus quis ou não quis o sacrifício do seu Filho Jesus?
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“Vede que se aproxima o Dia do Senhor. (…) Falta apenas um pouco e Aquele que
deve vir vai chegar e não tardará.” (Hb 10,25 e 37)
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Afinal, o Senhor não… veio! Que poderemos concluir deste estrondoso falhanço
profético?… Falhanço do próprio Jesus Cristo? Falhanço de Deus? Falhanço de
toda uma religião que estava nascendo?…
–
“A fé é um modo de possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades
que não se vêem.” (Hb 11,1)
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Que bela frase! Por ela, perdoamos ao autor toda a sua arrogância inicial… Mas…
adianta-nos para a nossa vida eterna “conhecer realidades que não se vêem”? E
se as realidades não se vêem, não se sentem, não se experimentam, serão
realidades, como, por exemplo, as energias?
–
Manifesta o autor conhecer bem as Escrituras. Mas é assustador o à-vontade com
que as interpreta, não tendo pejo de afirmar categoricamente que… e que… Que
presunção! Apenas um exemplo: “Depois de o sumo-sacerdote ter oferecido o
sangue no santuário pelos pecados do povo, os corpos dos animais oferecidos em
sacrifício são queimados fora do recinto sagrado. Por esse motivo, também Jesus
sofreu a sua paixão fora de Jerusalém, quando purificou o povo com o seu
próprio sangue.” (Hb 13,11-12)
– Não
podemos aceitar tal absurda comparação. Aliás, totalmente gratuita pois como é
que Jesus purificou o povo ao morrer na cruz, por ordem do Governador romano, a
pedido dos sacerdotes desse mesmo povo?
E
assim nos despedimos, com algum desagrado e muito desconsolo, deste autor…
“sagrado”.
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