sexta-feira, 28 de março de 2025

Eutanásia, pelo amor de Deus! Ou... pelo respeito à VIDA!

 EUTANÁSIA, POR FAVOR!

Egoísmo? Masoquismo? Ignorância? Estupidez?

Talvez de  tudo um pouco, por parte de quem pode agir e não o faz.

 «Eutanásia, por favor! Não quero viver mais porque simplesmente eu já deixei de ser EU! E, como tenho mesmo de partir, porque esperar que a degradação me deixe sem qualquer dignidade?» - Este é o grito angustiado de muitos doentes terminais que ainda conseguem raciocinar. Os que já não conseguem tal feito, deveriam ser ajudados por quem pode/deve decidir por eles.

Os exemplos multiplicam-se a um ritmo anormal, perfeitamente explicável com o acelerado envelhecimento da população e os avanços da Medicina que pode manter vivos, por anos, pessoas que já não vivem mas vegetam, como pedaço de matéria ainda e apenas com forma de corpo humano.

Também um morto, nas suas primeiras horas de morto, fica com a sua forma por mais algum tempo, seja homem ou qualquer outro ser vivo; não por muito tempo, que a degradação não espera: tem pressa de dar lugar a outro e que este se transforme em átomos e moléculas que irão participar na formação de um novo corpo, corpo que servirá de suporte a outro espírito, seja de animal, seja de planta.

Aliás, deveria ser proibido ocupar um lugar de vivo quando já não se está vivo pelos próprios meios do corpo que se teve, mas apenas por meio de “moletas” médicas.

Pior, se acamado, completamente dependente no seu corpo, na sua dignidade para as mais elementares funções, como a higiene pessoal, o alimentar-se, o pensar…

E, aqui, a uns já falta o discernimento, o raciocínio, o falar, o entender; a outros, as funções do corpo: andar, pegar em coisas necessárias ao dia-a-dia, tratar de si; a outros ainda, as duas ao mesmo tempo. Normalmente, tudo acompanhado de muito sofrimento quer físico quer psíquico, muito dispêndio inútil de energia… Dispêndio para o próprio e para o social envolvente, seja o familiar, seja a sociedade em que se insere.

NÃO! Eu não quero! É que não é só a degradação implacável a que o TEMPO sujeita o nosso corpo, arrastando com ele a ALMA, (lembremos que a ALMA/ESPIRITO depende completamente do bom funcionamento do CORPO, já os latinos dizendo “mens sana in corpore sano” – mente sã em corpo são); é também o nosso EU que deixou de o ser. 

Argumentarão alguns mais renitentes (ou mais crentes!) que ainda não deixou totalmente de o ser. Mas importará que se tenha de descer até ao último degrau da degradação para partir? – NÃO! Haja DIGNIDADE!

Não há nada mais belo e mais fantástico, quer a nível pessoal quer a nível universal do que a saga da VIDA. Mas tudo o que tem um começo tem forçosamente de ter um fim. É a Lei mais lei dessa mesma VIDA. Talvez pudesse ser de outro modo. Talvez pudesse haver uma eternidade para quem começa numa qualquer outra dimensão. Talvez! Mas tudo leva a crer que assim não seja. E se não é para o coelho, o gato ou o cão, porque haveria de ser para os humanos, animais como eles, apesar de uma maior inteligência e a sua consciência, mas partilha com eles 99% do mesmo ADN?

Fica a pergunta e quem quiser acredite no que quiser. Mas, por favor a si próprio, não deixe de viver ao máximo a Vida que tem. Esta que é… a CERTA! CERTÍSSIMA! A outra pertence à fantasia e ao mistério…

Sem comentários:

Enviar um comentário