EUTANÁSIA, POR FAVOR!
Egoísmo? Masoquismo?
Ignorância? Estupidez?
Talvez de tudo um pouco, por parte de quem pode agir e não o faz.
Os exemplos multiplicam-se a
um ritmo anormal, perfeitamente explicável com o acelerado envelhecimento da
população e os avanços da Medicina que pode manter vivos, por anos, pessoas que
já não vivem mas vegetam, como pedaço de matéria ainda e apenas com forma de
corpo humano.
Também um morto, nas suas primeiras horas de morto, fica com a sua forma por mais algum tempo, seja homem ou qualquer outro ser vivo; não por muito tempo, que a
degradação não espera: tem pressa de dar lugar a outro e que este se transforme
em átomos e moléculas que irão participar na formação de um novo corpo,
corpo que servirá de suporte a outro espírito, seja de animal, seja de planta.
Aliás, deveria ser proibido
ocupar um lugar de vivo quando já não se está vivo pelos próprios meios do
corpo que se teve, mas apenas por meio de “moletas” médicas.
Pior, se acamado,
completamente dependente no seu corpo, na sua dignidade para as mais
elementares funções, como a higiene pessoal, o alimentar-se, o pensar…
E, aqui, a uns já falta o
discernimento, o raciocínio, o falar, o entender; a outros, as funções do
corpo: andar, pegar em coisas necessárias ao dia-a-dia, tratar de si; a outros
ainda, as duas ao mesmo tempo. Normalmente, tudo acompanhado de muito
sofrimento quer físico quer psíquico, muito dispêndio inútil de energia… Dispêndio para o
próprio e para o social envolvente, seja o familiar, seja a sociedade em que se
insere.
NÃO! Eu não quero! É que não é só a degradação implacável a que o TEMPO sujeita o nosso corpo, arrastando com ele a ALMA, (lembremos que a ALMA/ESPIRITO depende completamente do bom funcionamento do CORPO, já os latinos dizendo “mens sana in corpore sano” – mente sã em corpo são); é também o nosso EU que deixou de o ser.
Argumentarão
alguns mais renitentes (ou mais crentes!) que ainda não deixou totalmente de o
ser. Mas importará que se tenha de descer até ao último degrau da degradação
para partir? – NÃO! Haja DIGNIDADE!
Não há nada mais belo e mais
fantástico, quer a nível pessoal quer a nível universal do que a saga da VIDA.
Mas tudo o que tem um começo tem forçosamente de ter um fim. É a Lei mais lei dessa mesma VIDA. Talvez pudesse ser de outro modo. Talvez pudesse haver uma eternidade
para quem começa numa qualquer outra dimensão. Talvez! Mas tudo leva a crer que
assim não seja. E se não é para o coelho, o gato ou o cão, porque haveria de
ser para os humanos, animais como eles, apesar de uma maior inteligência e a
sua consciência, mas partilha com eles 99% do mesmo ADN?
Fica a pergunta e quem quiser
acredite no que quiser. Mas, por favor a si próprio, não deixe de viver ao
máximo a Vida que tem. Esta que é… a CERTA! CERTÍSSIMA! A outra pertence à
fantasia e ao mistério…
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