domingo, 11 de setembro de 2022

La Rentrée - Porquê tanta invenção, Santo Deus?

 E como é que tantos - muitos milhões - acreditam nessas invenções, sem questionarem?

É: o Cristianismo - como todas as religiões - é um conjunto de invenções ou efabulações, baseadas num homem-judeu, de seu nome Jesus, a quem os seus discípulos divinizaram, chamando-lhe Filho de Deus. E, depois, outros epítetos que constituem as bases da mesma religião: Redentor, Salvador, Senhor, Filho do Homem (único título que Ele se deu a si próprio), o Cristo, o Messias, o Prometido, o Ungido de Deus...

Tantas coisas acerca de um homem que não foi, não era, não podia ser mais do que um homem! Embora um homem com um cariz especial, aptidões especiais, ideias contrárias às político-sociais do tempo em que viveu, ideias revolucionárias como as do amor ao próximo, o amar os inimigos e o dar a outra face, enfim, a ideia de todos serem iguais, enquanto filhos de Deus, fossem escravos ou homens livres.

E a época era propícia ao aparecimento de uma nova religião, digladiando-se entre si grupos como os essénios, os zelotas, os saduceus, os fariseus.

Um homem com aquelas ideias anti-sistema, pregando e defendendo tais "novidades" ("Se amardes os vossos amigos, que mérito tereis?) tinha de ser "aproveitado" para mentor de um novo movimento. E aí temos o CRISTIANISMO.

Toda a história conhecida de Jesus a quem chamaram de Cristo está impregnada de lacunas, acrescentos, invenções. Nas invenções, pontificam os milagres, milagres que obviamente não existiram por impossíveis.

Tendo-se tornado revolucionário e do desagrado do poder político-religioso vigente ("Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas..."), facilmente se conluiaram contra ele e o condenaram à morte e morte de cruz, o suplício preferido pelos romanos ocupantes aplicado aos "desobedientes". O que era mais uma manifestação da total perversidade da raça humana...

Já provámos aqui que Jesus não é Filho de Deus e da mesma essência que Deus porque Deus, pela sua própria essência - que ninguém sabe o que é! - não pode ter um Filho. Jesus também não foi Redentor nem Salvador porque não havia nada para redimir ou salvar. (Até há pouco tempo, ainda se falava no tal pecado original, recordando os míticos Adão e Eva bíblicos, dizendo-se a barbaridade de que Jesus tinha redimido, com o seu sangue, a humanidade dos pecados). Arquitectarem tal enleio foi o modo que os discípulos encontraram para divinizar o seu "Senhor" que viam morrer ali numa cruz como um malfeitor ou revoltoso político, dando, aliás, mais conteúdo à nova religião nascente.

E aí temos uma religião fundada ou fundamentada em nada de substancial, de credível, de racionalmente aceitável. Um grande NADA! Por isso, os seus mentores - padres, teólogos, bispos e papas - não podem fazer outra coisa senão apelarem para a Fé e o Mistério: não se entende, é Mistério; não se percebe, aceita-se pela Fé na "palavra do Senhor", palavra que não é de nenhum Senhor, mas de alguém que as escreveu e lhas atribuiu. É, aliás, o que se passa com toda a Bíblia!

PERGUNTO: QUE HAVEMOS DE PENSAR DE TUDO ISTO?



2 comentários:

  1. Na próxima semana, continuaremos a saga que já nos vem ocupando há uns anos - e que já vai em 353 textos - de análise crítica imparcial da Bíblia. Já estamos quase acabando o Evangelho de S. João, depois de termos feito o Antigo Testamento e a primeira parte do Novo. Até breve!

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  2. A propósito do tema, é forçoso lembrar o livro espectacularmente bem documentado de Pepe Rodriguez, MENTIRAS FUNDAMENTAIS DA IGREJA CATÓLICA, Terramar, editores, de 1997. vale mesmo a pena lê-lo para que crentes e não crentes, nos apercebamos de como tudo foi arquitectado para que o Cristianismo visse a luz do dia. Uma monumental vergonha mental, intelectual e moral para quem o arquitectou e, obviamente, para quem continua a pregá-lo como a Verdade, vivendo à custa da crença - muitas vezes bem mais "crendice" - dos fiéis. Se não podemos negar a História, como é possível que não venha de dentro da própria Igreja alguém com suficiente coragem para, de uma vez por todas, repor a VERDADE, "doesse" embora a tantos e tantas interessados em que a MENTIRA se perpetue?...

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