sexta-feira, 14 de junho de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 221/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. MATEUS – 17/?

– E sempre há um dia do juízo ou do julgamento, largamente anunciado no A.T., sendo então chamado de “Dia de Javé”!… Que dia é este realmente? Onde, como e quando será tal julgamento? No fim dos tempos? - Que tempos? No céu? - Que céu? Pelo Filho do Homem? - Que certezas poderemos ter de tal acontecimento, se nada sabemos dos humanos que morreram antes de Cristo - e foram muitos durante muitos milhares de anos! - e depois de Cristo, nestes dois mil anos que nos separam dele?
É mais uma afirmação de Jesus que apenas tem a sua palavra como garantia de verdade…
Claro, se fosse realmente Filho de Deus até acreditávamos. Mas… De qualquer modo, tal juízo é demasiado severo e bem contrário ao espírito de compreensão que a mensagem de amor do mesmo Jesus fazia supor… Isto, embora possa haver amor, misericórdia, compaixão, compreensão, obviamente para os que, na vida, usaram de amor, compaixão, misericórdia. Os outros…
 – “Não tenhais medo deles (…)! Não tenhais medo dos que matam o corpo mas não podem matar a alma! Temam antes a Deus que pode fazer perder tanto o corpo como a alma no inferno.” (Mt 10,26-28)
– Quer dizer, mais uma vez, que o corpo e a alma poderão ir para o inferno. E mais uma vez a ideia da ressurreição da carne! Como, quando e onde, nada se diz…
E nós, por aqui, a ter dúvidas da ressurreição ou da imortalidade da alma quanto mais da imortalidade do corpo que lhe será dada pela ressurreição para a vida eterna!…
E o inferno? Já alguma vez Cristo nos explicou o que era, onde e como funcionava? Nós bem queríamos acreditar, evidentemente mais no céu do que no inferno… Mas apesar da palavra de Cristo, nós nunca vimos ninguém de lá vir dizer-nos como era! Nem ele o mostrou aos apóstolos!
– Já noutros escritos “sugerimos” ingenuamente: “Porque é que, querendo Deus atingir os objectivos de salvação de todos os Homens, não envia cá à Terra, um daqueles que morreram e que está nas profundezas do inferno e outro que está na felicidade do Céu, dizendo cada um, perante todas as televisões do mundo, o que realmente lhes está acontecendo, lá na eternidade? Quem não acreditaria se tal acontecesse? Se, por exemplo, Hitler viesse dizer dos muitos tormentos que o Diabo lhe inflige lá no dia-a-dia da eternidade? Ou se, também por exemplo, um J. Kennedy que, apesar da sua paixoneta pela Marylin Monroe, deve estar no céu, dissesse de quantas delícias é servido pelos anjos de Deus?”
Apesar da ingenuidade brincalhona, parece-nos método que, a ser aplicado, teria muito mais sucesso do que o supostamente utilizado por Deus ao enviar à Terra o seu Filho Jesus que sofreu tudo aquilo que sabemos, que fez morrer tantos que acreditaram e pregaram a sua mensagem, fundou uma Igreja que chegou apenas a uma parte da humanidade e não se vê que chegue a toda ela, e nem sempre na melhor pureza do Evangelho…
O que é certo é que Jesus nos deixou numa tremenda confusão, não nos dando verdades claras, certezas totalmente convincentes, demasiada fé e pouca racionalidade a nós que somos essencialmente razão, apesar da emoção que nos define como seres humanos!

1 comentário:

  1. O "Dia do Juízo final", obviamente inexistente, teve, ao longo destes dois milénios de cultura judaico-cristã, efeitos benéficos: 1- Evitou que muitos mais humanos propensos ao crime, cometessem mais crimes com medo das penas eternas no Inferno. 2 - Criou obras de arte fantásticas, como os Requiem de vários compositores, onde sobressai o de Mozart que atinge o seu clímax de medo, exactamente no "Dies irae, dies illa" (O Dia da Ira divina).
    Sem tais medos, a História teria ainda muitas mais guerras e muitos mais crimes para contar...
    Não havendo julgamento post-mortem, o Homem terá que encontrar meios para punir todos os criminosos neste e deste mundo. Eu defendo a pena de morte para quem mata, manda matar (por exemplo, declarando guerras) ou provoca deliberadamente ou estupidamente a morte de outros (como os incendiários): Quem a outrem tira deliberadamente a Vida não merece viver a sua! É a JUSTIÇA PLENA, senhores!

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