segunda-feira, 8 de abril de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 212/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 8/?

– Deus a depender do Homem! Deste Homem aqui concreto, aqui no tempo, aqui num espaço tão limitado que é a Terra, quando Deus tem de ser pensado e definido acima destas pequenas realidades conhecidas, finitas e temporais, estando para além do tempo e do espaço, fundindo-se com o próprio Universo, se infinito e eterno, Universo onde haverá incontáveis Planetas como a Terra, com Homens iguaizinhos - ou muito superiores? - a nós, com os nossos problemas de eternidade e de Além, criando também um Deus à sua imagem e semelhança!…
– Aliás - permitam-nos este aparte - o Homem que, dentro de um processo de vida que se iniciou há cerca de três mil e quinhentos milhões de anos, tendo passado pelos dinossauros que viveram na Terra cerca de 150 milhões, depois extintos há cerca de 65 milhões, tem apenas… uns 4 milhões de anos de existência, e apenas - que ridículo! - uns quarenta a cinquenta mil de existência realmente pensante…
… e só há uns 400 anos é que sabe que a Terra é redonda e gira à volta do Sol e que existe um sistema solar…
… e - cúmulo dos cúmulos! - só há umas dezenas de anos, sabe que esse sistema solar pertence a uma galáxia que tem mais de 100 mil milhões de estrelas e que as distâncias entre estrelas e galáxias são tão grandes que só se podem medir em anos-luz e que, estendendo o braço e abrindo a mão, ocultamos com essa mão, milhares de galáxias no céu, e que a galáxia mais próxima da nossa - a Andrómeda - tem mais do dobro das estrelas e fica a 2 milhões de anos-luz de distância…
… e só no limiar do séc. XXI, descodificou o seu genoma ou código genético…
… O Homem… o Homem encontra-se perante realidades que nada têm de imaginação ou de mistério divino. E tais realidades obrigam-nos a colocar tantas questões a Jesus Cristo! E a principal seria: “Que conhecimento teria realmente Jesus destas realidades que hoje - apenas dois mil anos passados - nós possuímos”? – Se filho de Deus, certamente teria o conhecimento todo, de todo o passado, de todo o futuro! Contudo, nada lhe adiantaria alardear conhecimentos que ninguém entenderia. E voltamos à pergunta mais essencial, mais profunda, mais dramática…, aquela que já atrás formulámos: “Porque é que, sendo omnisciente, Deus não envia, hoje, o seu filho à Terra para, eficazmente salvar toda a humanidade? Não era/é esse o seu objectivo? Não é esse objectivo que apregoam as igrejas cristãs? Porquê há dois mil anos e não hoje? Porquê?”
– É! Em termos de salvação do Homem pensante, existente há uns milhares de anos - caso se pense em retroactividade para a salvação de todos os que viveram antes de Cristo e que portanto não tiveram acesso à salvação redentora do Messias - mesmo os do Antigo Testamento, mesmo o próprio grande Moisés e todos os outros, incluindo os profetas - dois mil anos - já o dissemos - não são nada! E hoje, com a comunicação global…
E o assunto é mesmo muito sério, já que estamos à procura da vida eterna, da nossa vida eterna, para que vivamos de tal modo esta que mereçamos a salvação no Céu e não a condenação no Inferno. Mas, até agora, Jesus… nada! Será que vamos encontrar respostas mais à frente?!




1 comentário:

  1. A história da salvação e redenção do Homem:

    Tentando ser intelectualmente honestos, parece-nos rebuscada ou imaginativa – e, diga-se, não com muita criatividade – a história, nascida no seio do povo judaico, do envio por parte de Deus do seu Filho à Terra, fazendo-o padecer e sofrer os horrores da cruz para salvar e redimir o Homem do suposto pecado que supostamente cometeu, num suposto paraíso, por intermédio de uns supostos primeiros pais, Adão e Eva, e que o teria condenado “ad aeternum” ao inferno, inferno também ele criado pelo próprio Deus.

    Consideremos apenas:

    1 – Deus ter um filho e enviá-lo à Terra, tomando a forma de Homem, é, no mínimo, caricato, fazendo-se de Deus um humanoide, embora superior. Seguem-se todas as invenções daí decorrentes: primeiro, a inseminação pelo Espírito Santo da Virgem, depois, as várias peripécias que acompanharam a meninice do Menino-Deus e sua mãe, no tempo e ao longo dos tempos.

    2 – Ser esse filho enviado apenas há dois mil anos, quando o Homem sapiens sapiens já terá uns 40 a 50 mil, coloca Deus numa situação totalmente absurda de não saber lidar com o Tempo nem com o Homem nele existente e dele dependente, Homem que supostamente pretenderia salvar.

    3 – A salvação e redenção através de atroz sofrimento é, acima de tudo, deprimente. Então Deus não tinha outra forma mais humana e menos patética do que essa a que sujeitou – contra sua vontade, diga-se! – o seu próprio filho? (Se é que era filho!...)

    4 – Toda a história do Salvador e Redentor Jesus Cristo pouco ou nada tem de divino, tendo-se partido da invenção de um Deus à imagem e semelhança do Homem e das suas categorias de Rei com trono e de Pai que cuida dos seus filhos ou os castiga…

    Assim sendo – e é! – custa acreditar que tenha nascido uma religião a partir de tão rocambolesca e irracional história e que essa religião tenha moldado toda uma civilização, a chamada civilização judaico-cristã, e que, ainda hoje, sejam tidas por mais de mil milhões de seres humanos, como verdades eternas, apenas invenções e efabulações do arco da velha, semelhantes aos contos da Carochinha… Mas é a realidade!

    Honestamente, os humanos pensantes com a razão e não com a Fé, não podem senão considerar como totalmente desprovida de senso, de lógica e de credibilidade, a história da redenção e da salvação do Homem, apregoada pelas religiões cristãs, e do seu protagonista Jesus a quem chamaram de Cristo.

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