sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Onde a verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 191/?




À procura da VERDADE no livro de NAUM 2/2


- “Javé é um Deus ciumento e vingador! Javé é vingador e sabe 
enfurecer-Se. Javé vinga-se dos seus adversários e é rancoroso 
com os seus inimigos. (…) Quem resistirá à sua cólera e 
enfrentará o furor da sua ira? (Na 1,2-6)
- Dos ciúmes, iras e furores de Javé já tudo dissemos. Enfim, 
considerar adversários de Javé os adversários do povo de 
Israel é uma totalmente indecorosa apropriação, resultando 
numa total descredibilização de Javé-Deus. O “nosso” exegeta 
corrobora tal indecorosa apropriação: “Naum vê Deus como 
destruidor de Nínive, capital da Assíria, a grande potência 
opressora da época. (…) Javé, Senhor do Universo, também é 
Senhor da História; como tal, dirige os acontecimentos.” 
(ibidem)
- “Javé restaura a vinha de Jacob e também a vinha de Israel.” 
(Na 2,3)
- Note-se o comentário: “Javé vai restaurar o reino do Sul 
(Judá) e o do Norte (Israel); este fora destruído pela Assíria 
em 722 a.C. O profeta imagina talvez a reunificação de todo 
o povo, tendo como capital Jerusalém. (…)” (ibidem)
E nós perguntamos: É Javé que vai restaurar? Deus anda por
ali assim a restaurar cidades ou reinos destruídos por outros 
reinos, e reinos considerados como mão castigadora do 
mesmo Javé?…
Depois, como podemos dizer “o profeta imagina talvez…”? 
Então, não é ele inspirado por Deus? Não é a sua palavra 
revelada? Mais: este Javé andando ao serviço de um povo, 
parece-se com os ídolos que os povos ditos pagãos 
adoravam - e também não poucas vezes os israelitas - que 
por isso eram tão duramente castigados pelo mesmo Javé!
- “Ai da cidade sanguinária e traidora, cheia de rapina, 
insaciável de despojos!
Estalo de chicotes, ruído de rodas girando, cavalos a 
galope, carros que pulam, cavalos que se empinam, espadas 
a luzir, lanças que faíscam! Multidões de feridos, montão 
de cadáveres, corpos sem conta, tropeça-se nos cadáveres.
Isto por causa das muitas seduções dessa prostituta, formosa 
e hábil feiticeira que enganava as nações (…) Vou levantar 
a barra da tua saia até à altura do rosto; vou mostrar às 
nações a tua nudez (…) Porventura és melhor que Tebas? 
(…) O teu exército não é de homens mas de mulheres (…)” 
(Na 3,1-13)
- O estilo é belo, pictórico, sóbrio, acutilante! A crueza, 
muita. A sensualidade sugestiva com o levantar das saias 
da prostituta até ao rosto,… gostosa! O “olho por olho” 
manifesta-se com o lembrar de Tebas e a derradeira frase 
não agradará certamente a feministas!…
Também aqui se comenta: “O Deus do Universo e da 
História destrói a cidade que era símbolo de perenidade, 
estabilidade e firmeza. Javé realiza a inversão desse modo 
de conceber a História (…): Nínive (…) terá a mesma sorte 
que Tebas (…) que ela havia saqueado no ano 667 e 
demolido em 663 a.C.” (ibidem)
Apenas perguntamos: Não sendo o povo egípcio “povo 
eleito de Javé” porque recebeu castigo tamanho? A lógica 
do castigo e do oprimido-opressor só se aplica ao “povo 
de Deus”? E, mais uma vez, como aceitar um Javé que 
castiga quem Ele usou como seu braço para castigar o 
pecado do povo eleito?
Esta Bíblia é um nonsense total!…

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