terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 88/?

À procura da VERDADE 
nos LIVROS SAPIENCIAIS e POÉTICOS

O livro dos SALMOS 5/6

- “(…) Desde sempre Tu existes (…)” (Sl 93,2) “Javé é o Deus 
das vinganças! Aparece, ó Deus das vinganças!” (Sl 94,1) Que tristeza 
este Deus das vinganças…
- “Cantai a Javé um cântico novo! (…) Porque Javé é grande, (…) 
mais terrível que todos os deuses!” (Sl 96,1-4) Então, há outros 
deuses? E também eles são terríveis como este Javé que de Deus nada 
tem?!…
- “Vou cantar o amor e a justiça.” (Sl 101,1) Finalmente! Que bom!
- “Javé, ouve a minha prece (…) Não me escondas a tua face no 
dia da minha angústia.” (Sl 102,2-3) Realmente, quem não quererá 
banir de si o sofrimento? Quem não quererá a intervenção de Deus, 
quando em aflição? E haverá, muitas vezes na vida, outra coisa a fazer 
senão rezar e… esperar?! A mãe que perde um filho, o náufrago que se 
afunda no mar…
- “Bendiz a Javé, ó minha alma! (…) Os dias do Homem são como a 
erva (…) Passa por ela um vento e já não existe (…) Mas o amor de Javé 
existe desde sempre e para sempre existirá para aqueles que O temem.” 
(Sl 103,1-17) Bendizer a Deus é quase instinto das nossas almas, ao 
maravilharmo-nos com tanta beleza que se nos depara, a cada manhã que 
se levanta, a cada pôr do Sol, a cada olhar o firmamento apinhado de 
estrelas. Que o Homem passa como a erva é a pura realidade. A mais certa 
das verdades! Mas porquê mais uma vez o temor, Santo Deus?!
- “Aleluia!” (Sl 106,1 e 48) - Assim começa este salmo e assim termina, 
recontando a história de Israel, com castigos por adorarem ídolos, louvores a 
Javé pelos seus milagres, pelas “suas” vitórias! “Agradecei a Javé porque 
Ele é bom, porque o seu amor é para sempre!” (Sl 107,1)
- “O Senhor está à tua direita e esmagará os reis no dia da sua ira (…), 
amontoará cadáveres e esmagará cabeças (…)” (Sl 110,5-6) Horroroso, 
simplesmente! O que este salmista fez de Ti, meu Deus!
- “O princípio da Sabedoria é o temor de Javé (…)” (Sl 111,10) Obviamente, 
totalmente falso! A não ser que se pense que só com receio do castigo - de 
preferência eterno! - é que se cumpre a Lei e se é bom…
- “Louvai (…) o Nome de Javé! (…) Ele ergue da poeira o fraco e tira do 
lixo o indigente, fazendo-o sentar-se com os príncipes.” (Sl 113,1-8) 
Uma afirmação totalmente gratuita, embora de consolação para o 
desventurado da sorte, pensando que um dia será… príncipe. O problema 
é como! Então, porquê enganá-lo com falsos sonhos, falsas promessas?
- “Como retribuirei a Javé todo o bem que Ele me fez? (…) Vou 
oferecer-Te um sacrifício de louvor (…)” (Sl 116,12 e 17) Retribuir? - 
Deus não precisa de nada, ó Homens! Muito menos de sacrifícios…
- “Eu grito por Ti: salva-me! Eu guardarei os teus (...) mandamentos. (…)” 
(Sl 119,146-176) É o mais longo e o mais repetitivo dos salmos: muito 
lamento, muita ira e… pouco amor!
- “Para Ti eu levanto os meus olhos (…)” (Sl 123,1) “Paz sobre Israel!” 
(Sl 125,5) O céu é sempre um apelo, não é? Mas, a paz…, a História revela 
que esta oração nunca teve efeito. Porquê?

- “Se Javé não guarda a cidade, em vão vigiam os guardas!” (Sl 127,1) 
Talvez seja o contrário: “Deus ajuda a quem se ajuda”!

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