segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 89/?

À procura da VERDADE 
nos LIVROS SAPIENCIAIS e POÉTICOS

O livro dos SALMOS 6/6

- “Javé, o meu coração não é ambicioso (…) Não ando atrás das 
grandezas (…) (Sl 131,1) Realmente, se o Homem não fosse 
ambicioso… demais…, outro mundo teríamos, pois é a demasiada 
ambição que cria todas as injustiças, ódios e guerras. Mas também 
é a ambição do Conhecimento que faz avançar o mundo. Somos 
mesmo contradição!
- “(…) Como é bom os irmãos viverem juntos!” (Sl 133,1) Claro!
- “Ó devastadora (…) Babilónia, feliz quem te retribui o mal que nos 
fizeste!” (Sl 137,8) O ódio num povo em cativeiro é compreensível. 
Mas rezá-lo é muito pouco… divino!
- “Se subo ao céu, Tu lá estás. Se desço ao abismo, lá Te encontro. (…) 
Aqueles que se rebelam contra Ti, eu odeio-os com ódio implacável!” 
(Sl 139,8-21 e 22) Não é possível tal ódio ser do agrado do Deus 
verdadeiro, pois não?!
- “Bendito seja Javé, o meu rochedo, o meu escudo (…) que me 
submete os povos (…)” (Sl 144,1 e 2) É pertinente perguntar: que oração 
seria a destes povos submetidos?!
- “Grande é Javé! (…) Javé é piedade e compaixão, lento para a cólera 
e cheio de amor, (…) é bom (…), compassivo (…), fiel (…), amoroso 
(…), ampara (...), endireita (…), sacia (…), é justo (…), ouve (…), 
guarda (…), vai destruir todos os injustos (…) (Sl 145,3-20) O final 
contradiz o começo. É pena!
- “Louvai a Deus pelas suas façanhas!” (Sl 150,2) Este Deus de 
façanhas não é o que mais convém a um Deus, pois não?!

- Enfim, acabámos! E… não contentes! É que o Deus dos Salmos é um 
Deus bélico, guerreiro, partidário não dos realmente justos mas de um 
povo auto-intitulado de eleito de Javé. Pois não são as vitórias de Israel, 
vitórias de Javé? Não são as suas derrotas fruto da ira de Javé por desmandos 
em adoração a ídolos ou deuses estrangeiros esquecendo a Javé? 
Os salmos são petições, louvores, classificações de Javé que descem da 
sua imensa sabedoria, bondade, amor, fidelidade… à mais tremenda 
ira, cólera, vingança, ódio, na permanente dicotomia justos-injustos 
ou - que vaidade! - povo de Israel-inimigos de Israel. E… desiludidos, 
frustrados, concluímos: mais uma vez, não encontrámos a VERDADE 
num livro da Bíblia que, de certeza, não é de inspiração divina! 

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