domingo, 24 de junho de 2012

Apresentação da Nova Religião (3/7)

Continuamos, transcrevendo:
....«Festas? – Festas o ano inteiro! Não a santos que os não haverá, mas sempre e só a Deus e às suas manifestações: festas das flores, das árvores, dos animais, da fertilidade, do renovar-se da vida em tempos de Primavera; festas do Sol, do calor, da água, das colheitas, das frutas e legumes em tempos de Verão; festas das vindimas e do vinho, dos figos e tâmaras, nozes e amêndoas e das folhas caindo em tempos de Outono; festas da chuva, do gelo, do nevoeiro, do frio, dos citrinos em tempos de Inverno; a grande, a magnífica festa do renascer do Sol no solstício do Inverno, como era tradição nos antigos com os seus deuses solares que vinham em cada ano inundar de vida a Natureza. E ninguém perderá o seu Natal cheio de canções ao “Menino-Deus”, com todas as ternuras tão próprias das crianças! Ninguém perderá nenhuma das Carols Christmas como o Silent Night, o We wish you a merry Cristmas, o O come, all ye faithful – tradução para inglês do Adeste fideles atribuído ao rei D. João IV de Portugal – todos os Gloria in excelsis Deo que se quiserem cantar! Ninguém perderá prendas, compras, azáfamas stressantes da volúpia do escolher, do adivinhar, do comprar, do oferecer, continuando todos a serem levados, quer queiram quer não, na onda-avalanche que invadiu como tsunami as sociedades modernas de consumo, a todos se desejando, tantas vezes apenas por dever de ofício, “Boas Festas!”, abarrotando as crianças de prendas, os adultos de comezainas e bebedeiras, chorando lágrimas de crocodilo mas nada ou pouco fazendo pelos muitos milhões que morrem de fome por esse mundo fora, sobretudo exactamente as que mais perto estão do Natal: as crianças! Mas certamente com a nova religião tais escândalos não se produzirão nas consciências e todas as festas serão cheias de significado social, genuíno e fraterno, festas sempre esfuziantes, cheias de luz, calor e som, inundadas de gloriosas orações. O Natal continuará, assim, a ser a festa das festas! Comemorando, claro, não o nascimento de um menino a quem se chamou Jesus Cristo, nascido numa suposta gruta em Belém de Judá, mas um Natal de toda a gente, com um presépio em forma de berçário, um pai universal, uma mãe universal, um menino universal, decorações de brinquedos que bem poderão ser as forças e as belezas da Natureza representadas em animais, estrelas, árvores, sementes e flores, todos sendo filhos de Deus – nelas, o Sol que é apenas uma pequena estrela com os dias contados como qualquer mortal, embora vivendo os seus quinze mil milhões de anos – um Natal da própria VIDA que renasce em cada morte, seja aqui na Terra que conhecemos, seja nos totalmente desconhecidos confins do Universo!... Mas muitas outras festas serão possíveis no mundo da fraternidade universal: a festa dos pais, das mães, dos avós, das crianças...; a festa das mulheres, dos homens, dos jovens...; a festa dos maridos obrigados a desmesurada paciência, das mulheres escravizadas, das crianças maltratadas (enquanto tais abusos houver e, obviamente, com o objectivo de acabar com eles)...; a festa dos que passam fome, dos que se sentem discriminados, dos sem-abrigo, dos deserdados da sorte que, nesse dia, esquecerão o desconsolo que o Destino lhes outorgou, esperando que a solidariedade universal lhes devolva a sorte perdida ou nunca tida... Tantas festas a colmatar a falta das religiões actuais, quando, reposta que for a Verdade da Ciência, forem dadas como totalmente “falidas” ou sem sentido!» (Cont.)

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