segunda-feira, 19 de março de 2012

O inacreditável Credo Católico (2/5)

«Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai» Ao não admitirmos, por aberração, um Deus-Pai-Criador como o afirmam as religiões, mormente a católica ou as cristãs, mais aberrante se torna a ideia de esse Deus ter tido um Filho, Filho unigénito, nascido dele, Pai (e qual a mãe?!!!) antes de todos os séculos, isto é, antes do Tempo, sendo portanto eterno como o seu Pai. Depois, são, no mínimo, mórbidas, religiosamente falando, as designações de “Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro”; ou repetitivas, se quiserem, após se ter dito “unigénito” e “nascido do Pai”. Mais aberrante ainda e mais repetitivo, o “gerado, não criado, consubstancial ao Pai”. Aliás, há alguma razão para se diferenciar “gerado” de “criado”? Objectivamente, nenhuma. Neste sentido, gerar e criar são absolutos sinónimos. Quem gera, cria, dá à luz, faz aparecer. Se é da mesma substância do Pai (consubstancial) também deriva logicamente de ser filho unigénito. Portanto, mais uma repetição que ronda o maquiavélico desta afirmação de Fé. Compreende-se: aqui foi a grande questão levantada no Concílio de Niceia, sendo, aliás, excluídos e excomungados todos os bispos – e eram muitos! – que se opunham à manutenção no Credo de tal consubstancialidade. No conceito do Deus da Harmonia Universal, todos os seres são filhos de Deus. Deus único e eterno ter um Filho é mesmo a invenção religiosa mais prodigiosa que se poderia imaginar. Para que quereria Deus ter um filho? Não lhe basta a sua própria essência de infinito e de eterno? Aliás, por ser infinito e eterno tem de ser único. É a forçosa unicidade de Deus. Foi isso que os judeus, já do séc. XII a.C., “descobriram”, por oposição aos politeísmos reinantes na altura e que ainda se prolongaram por mais um milénio, sendo notórios os greco-romanos com os seus fantásticos Olimpos onde deuses e deusas se divertiam a brincar com os humanos, ora amando-os e defendendo-os (Venus), ora odiando-os e levando-os à guerra (Marte!). Mais aberrante ainda é a afirmação de que esse suposto Filho de Deus é Jesus a quem, para tanto, mitificaram em Cristo e o disseram “Nosso Senhor”. Já explicámos aqui, com argumentos incontestáveis, como é que se deu tal mitificação. (Ver os seis textos publicados com o título “Quem foi Jesus Cristo?”, Out-Nov, 2011). Depois, já se deram conta? Já repararam que este Jesus Cristo, Filho unigénito de Deus, apenas apareceu há dois mil anos, quando o Homem leva de História uns quatro milhões? Isto não prova nada? Não prova à saciedade que Deus – a inteligência por antonomásia! – não se ia lembrar, apenas há dois mil anos, que tinha de intervir na História humana para salvar o Homem da sua perdição eterna, anunciando-lhe ao mesmo tempo a existência de um Céu, um Inferno, um Juízo Final, etc., etc., etc.? Brada a todos os Céus tal invenção! Incompreensível é que haja cerca de mil milhões – haverá?! – de crentes que continuam a recitar, em todas as missas, tal aberração, sem se questionar da sua veracidade ou logicidade. Lógica humana? – Nenhuma! Divina? – Obviamente, que também não!

15 comentários:

  1. Caro Senhor

    Tenho lido as suas palestras ou "sermões" e, têm todos a mesma tónica, todos fazem uma tábua rasa de tudo e, então? É tudo mentira? Mas qual é a certeza de que o que o sr diz é que está certo? Eu tenho para mim como verdade prática que dou como certa, sem disso ter nenhumas provas científicas, que a verdade nunca está toda do mesmo lado. Cada um tem a sua, maneiras diferentes de ver. O que o sr exprime são dúvidas sobre muita coisa que toda a gente tem, mas só que o sr parece fazer pregação militante, mas (digo eu)de sinal contrário atacando a religião. Eu acho que a religião bem entendida ou doseada é como o sal na comida. É o que dá sentido e sabor à vida. O sr quer tirar das pessoas tudo isso? Não consegue, porque o homem é naturalmente religioso. O Deus-Harmonia que o sr propõe é a prova disso. E está, em minha opinião, certo e também em nada contunde com a religião. Mas eu não sou teólogo, penso só pela minha cabeça e francamente não me revejo no conteúdo das suas palestras, todas elas demolidoras, sem deixar pedra sobre pedra. Dúvidas e coisas que não entendemos haverá sempre. Claro que devemos discutir e procurar mas haverá sempre coisas que nunca saberemos. Mas o seu discurso não traz nada de novo, nega e arrasa o que outros afirmam. Onde estará a verdade?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Cisfranco,
      O Sr. coloca-me numa situação um tanto embaraçosa: sou um destruidor. Ora, eu tenho por formação construir e não destruir. Mas não construir a qualquer preço! Aqui, tento destruir mitos e fábulas ou efabulações, para construir algo que enobreça mais o Homem, na sua qualidade de ser racional, ser que pensa, que analisa, que toma decisões - mesmo no campo da fé! - baseadas em algo de credível. Pensando e repensando e... estudando ou analisando os dados que, ao longo dos estudos, me foram sendo apresentados pelos mentores religiosos até agora conhecidos, obviamente também a Igreja católica, e neste caso o seu Credo, não encontro nada que me seja razoavelmente credível para que eu possa ter uma fé com bases humanamente, melhor, racionalmente aceitáveis. Em vez de momentos demolidores, gostaria que os considerasse de reflexão exactamente para encontrar a Verdade da Vida, do Homem e do seu lugar neste pequeno Planeta de uma pequena estrela, perdida entre milhares de milhões de outras, na Galáxia, galáxia que é apenas uma entre milhares de milhões de outras que povoam o Universo, Universo cujos limites - tê-los-á? - desconhecemos completamente! Ah, como o Homem é insignificante perante tamanha realidade! É isso, amigo Cisfranco: momentos de reflexão na busca da Verdade. Embora possa doer deixar de acreditar em tantas coisas até bonitas que nos ensinaram na infância... (Outras, claro, escabrosas, como os diabos, o pecado, o inferno, o temor da ira de Deus, etc...) Por outro lado, quem não quisera ter um Paraíso, depois que se for desta vida? Quem?!

      Eliminar
    2. Meu caro

      Compreendo toda a sua dialética discursiva, mas não repara que a rasia que o sr faz é tal, que passa um atestado de incapacidade e de menoridade intelectual a todas as religiões? Se fosse como o sr raciocina, toda a gente se teria enganado e a verdade estava toda consigo. Mas não, a verdade nunca está toda do mesmo lado. Disso pode ter a certeza. Portanto o sr tem a sua e a religião tem também a sua parte. O sr é um crente que tem as suas dúvidas, tal como eu tenho as minhas. E daí? Mas até chegar ao ponto de não deixar pedra sobre pedra, vai uma grande distância e há um grande erro da sua parte.
      Mas não poderemos pensar todos da mesma maneira e será sempre assim.
      Saúde!

      Eliminar
    3. Caro Cisfranco, pego na sua deixa anterior, dizendo que "o homem é um animal religioso" e na de agora, que "as religiões têm a sua quota parte de verdade". Eu só entendo que o Homem seja um animal religioso enquanto não alcançar a Luz do Conhecimento dos mistérios que o envolvem. Aliás, creio que ele se tornou religioso, supersticioso, crente, exactamente por estar rodeado de mistérios, mas esses mistérios têm vindo a ser desvendados pela Ciência, como a proveniência do Homem do macaco, por evolução, a Terra andar à volta do Sol, etc., etc. Veja, o que se evoluiu em 2 mil anos: antes, os politeísmos com imensos deuses representantes das forças da Natureza incompreensíveis para o comum dos mortais racionais; hoje, religiões talvez mais sofisticadas mas continuando a apelar para uma crença, uma fé sem crítica ou sem racionalidade. Daí que, por enquanto, as religiões tenham a sua quota parte de verdade. Mas que verdade? Alguma afirmação das religiões produzida até agora, tem bases credíveis? - Eu não encontro nenhuma! Aliás, é o que tento provar nos meus textos. O não "deixar pedra sobre pedra" não sei se é de louvar se de vituperar. Que até a mim me dói, é verdade! Que tenho pena que não haja VERDADE nas religiões, também me dói. Repito: um Paraíso depois desta vida, tenha ela sido boa ou má, fada ou madrasta - mas, sobretduo para os desgraçados, os injustiçados, os deficientes, etc. - seria tão bom! Mas só temos uma certeza absoluta; nascemos e morrerremos! E esta vida é certa! A outra continua a pertencer ao domínio da fé, da fantasia, do desejo! Será que algum dia passaremos a ter dela a certeza?!

      Eliminar
    4. O sr diz que só entende"que o Homem seja um animal religioso enquanto não alcançar a Luz do Conhecimento dos mistérios que o envolvem." Mas então está destinado a ser sempre religioso. Ou o sr acredita que algum dia desvendará todos os mistérios que o envolvem? Muitos mistérios foram desvendados, mas quanto mais sabemos mais sabemos que nos falta saber. Sei que nada sei - dizia o filósofo.
      O sr acredita na sua racionalidade, capacidade que no seu entender não existe nas religiões e, como o sr deita tudo abaixo, essa capacidade está então toda consigo. Mas esse é que é o seu erro primeiro e soberano e, vai daí, o seu discurso arrasador. Só arrasador, não dá explicações, não acrescenta nada, arrasa, diz que não é assim e deixa o leitor na dúvida de tudo, perdido no abismo.É militante da dúvida permanente não a metódica. Tem que haver explicações e a religião dá as suas com a racionalidade que lhe é própria que o sr não reconhece. Bem entendido que já foram dadas explicações diferentes no passado relativas à mesma coisa, mas isso também acontece com a ciência. É o caso da evolucão das espécies até chegar ao homem provindo do macaco. Para agora é o mais plausível mas o assunto não está encerrdo.
      Responda-me o sr que é filósofo se não lhe parece uma aberração da natureza que esta produza seres humanos com a capacidade de se questionarem sobre estes assuntos e que não são nada mais que o seu cão ou o seu gato que não pensam em nada disto. Para quê esta nossa capacidade?

      Eliminar
    5. Adorei o seu comentário, caro Cisfranco! Coloca o dedo em várias feridas. Comecemos pela última: não será o Homem mais que o seu cão ou o seu gato? Boa questão! Realmente, se tem inteligência capaz de pensar o transcendente, o abstrato, ter consciência e, sobretudo, consciência da própria morte, além de outras prerrogativas próprias da "alma" humana - coisa que mais nenhum ser vivo parece
      ter, pelo menos com o mesmo grau de
      clarividência - comportar-se-á como outro ser
      qualquer, no final do seu tempo terreno de vida? - A resposta mais emotiva é: "Não pode ser! Tem de haver outro qualquer mundo onde estas almas racionais e com capacidades imateriais possam continuar a sua existência, já que esta foi tão efémera que mal deu para tomarem consciência de todas as suas capacidades! Tem de haver!!!" Além de emotiva é até uma resposta lógica: os irracionais acabam com a morte; os racionais continuam vivendo nesse Além - seja Paraíso, seja Inferno - para todo o sempre. Já tentámos provar aqui a impossibiliade da eternidade ou da imortalidade da alma humana (2 texos, Fev 2012).Para não me repetir, caro Cisfranco, remeto para esses textos. Mas reafirmo: apesar de me ver forçado a aceitar as teses da razão, até a mim dói pensar que, quando morrer, não serei mais que cachorro ou gato ou outro ser vivente qualquer...

      Eliminar
    6. Desculpe meu caro, o sr não provou nada, o sr discorre, filosofa sobre os assuntos,é a sua opinião. Tem a sua linha vectora que o leva sempre para a mesma conclusão. Mas há outras linhas de pensamento, nas quais me incluo, que concluem precisamente o contrário. A sua racionalidade não é tudo. O que me admira é a sua militância arrasadora. É impossível discutirmos assuntos destes porque estamos em polos diametralmente opostos. O sr não encontra nada, absolutamente nada credível na religião. Pois se até o facto/acontecimento-mor da ressurreição de Jesus, para si é uma efabulação...o que se pode esperar mais?!...
      Mas ao fim e ao cabo nada de extraordinário - cada cabeça sua sentença. Foi sempre assim e continuará a ser...

      Eliminar
    7. Cisfranco, não sei se ainda virá ver aqui este comentário. Vou, no entanto, ser breve: a ressurreição de Cristo não pode ser senão um mito e uma efabulação. Toda a argumentação - sempre suscinta, é claro, aqui não poderia ser de outro modo - foi produzida nos 4 textos publicados em Abril de 2011. Proponho-lhe que releia. Depois, e num próximo comentário, diga-me se tem alguma prova credível da ressurreição de Cristo ou de outro morto qualquer, ressurreição narrada na Bíblia, desde o morto que ressuscitou aquando, por engano, foi depositado no túmulo do profeta Elias, até à espectacular ressurreição de Lázaro, morto havia quatro dias, até aos inúmeros mortos que saíram dos túmulos (ressuscitaram!) aquando do último suspiro de Jesus na cruz (Ver Mt.). É que isto sem provas credíveis, eu sentir-me-ia ingénuo se acreditasse. Mas respeito, obviamente, quem pensa de outra forma!

      Eliminar
    8. Já atrás falámos nisto (a ressurreição de Jesus) e o sr não lhe atribui credibilidade. Diz que é uma efabulação e que não pode ser outra coisa.
      Pronto, acabou-se, não aceitando este facto/acontecimento, nega-se tudo a seguir. Mas o que o sr não explica é como os discípulos e os Seus seguidores se lembraram de dizer que O tinham visto ressuscitado. Como é que isto foi possível naquele contexto/ambiente se viram como a Sua vida terminou da forma mais humilhante? Para quê exporem-se com risco da própria vida? Por que se haviam de lembrar e defender que um morto tinha ressuscitado e O proclamavam com tanta convicção se antes até O tinham negado? Porquê homens simples e até rudes enfrentarem multidões dizendo que está vivo quem aos olhos de todos morreu e foi sepultado?

      A mudança de atitude, inexplicável sem a ressurreição, é que dá a verdadeira credibilidade ao acontecimento, que o sr com a sua retórica remete para o grupo de efabulações. O cristianismo não se teria implantado num mundo hostil se os seus pregadores não estivessem na posse duma certeza inabalável. De Cristo não se ouviria mais falar se algo de excepcional não tivesse ocorrido.
      Mas são maneiras diferentes de pensar e muita pretensão intelectual da sua parte.
      Saúde, amigo, lei-o, mas ainda não encontrei nada de inovador que me faça mudar de opinião.

      Eliminar
    9. Caro Francisco e Cisfranco, se me permitem uma breve intromissão no vosso debate: estou a ler os Actos dos Apóstolos e passo a citar:

      II f) União dos corações e dos bens, "33. E era com grande poder que os Apóstolos davam testemunho da Ressurreição do Senhor Jesus, gozando todos de grande simpatia. 34. Entre eles não havia ninguém necessitado, pois todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o produto da venda 35. e depositavam-no aos pés dos Apóstolos. Distribuia-se, então, a cada um, conforme a necessidade que tivesse."

      A ser verdade o que está escrito, são evidentes os benefícios materiais e sociais que os primeiros seguidores retiravam da sua pregação. Deixo esta hipótese para reflexão.

      Eliminar
    10. Pedro

      É verdade o que diz, de tal modo que nem havia necessitados entre eles.
      Mas o que está em causa é a profunda transformação verificada no comportamento dos apóstolos. Porquê?
      O que transformou um Pedro tímído e à rasca diante duma mulher, por ela dizer que ele era amigo do Mestre, (ripostando logo que nem O conhecia) e, depois a proclamá-Lo com tanto desassombro? Este é o busilis da questão... Tudo isto por um morto que todos viram/souberam sepultado e que terminou no maior aniquilamento!?... O grupo de seguidores ficou aniquilado e com todas as expectativas frustradas. Falar agora em nome dele?!... Porquê e para quê? Incompreensível sem algo mais.

      Eliminar
    11. Caro Cisfranco, compreendo o seu ponto de vista, é um argumento racional. Eu também podia apresentar outros argumentos e especular porque é que os apóstolos não desistiram do movimento que tinha sido criado. Mas o que me parece mais relevante no Cristianismo é que existem evidências de que estamos perante a criação de um mito, de uma lenda, que corresponde muito pouco com a vida do Jesus real. Estudando a mentalidade e crenças daquela época, lendo a Bíblia e sabendo como ela foi elaborada, as peças do puzzle começam a encaixar. Lamento que não seja verdade e que tenhamos sido "enganados". Foi um mito que cresceu à custa da repetição (como dizia o outro: uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade) e posteriormente da imposição. É por isso que não concordo consigo quando censura o Francisco Domingues por ser um pregador de sentido oposto. Fomos esmagados (emocionalmente e racionalmente) por uma pregação secular num determinado sentido (que muitas evidências demonstram errada), faz falta que ousemos questionar e procuremos a verdade, doa o que doer...

      Eliminar
    12. "faz falta que ousemos questionar e procuremos a verdade, doa o que doer..."

      Este é um bom objectivo e eu também o subscrevo. Mas o que temos de ser é genuinamente racionais e responder às perguntas que se vão formulando, que não têm, obviamente, todas a mesma importância. Meter o acontecimento de que estamos a falar no grupo dos mitos, sem mais, não respondendo às perguntas que fiz anteriormente, estamos a tratar esta questão pela rama. O que se passou na cabeça daqueles homens e mulheres que começaram a dizer que O viram vivo, quando todos sabiam que foi sepultado? Tudo invenção? Para quê? O que esperavam com isso? Esta é a resposta-chave sem a qual não podemos avançar.
      Claro que há muitas lendas e mitos, mas não podemos medir tudo pela mesma rasia, como Francisco Domingues faz. Ele acha que apresenta grandes argumentos, mas eu ainda lhe não li nada de inovador. Para mim o discurso dele é de facto como já tenho dito, de pregador de sinal contrário. Parece-me até uma pregação de cariz revanchista. É a minha opinião.
      Claro que eu também encontro muita coisa na religião com que não concordo mas isso é outra questão.

      Amigo, seja feliz, discordando do que eu digo, que eu faço o mesmo...

      Eliminar
  2. Cada sociedade e moldada mediante as suas crencas, de tal forma que precisamos das religioes para estabelecermos nossos codigos de conduta e modo de estar na vida a despeito dos abusos cometidos, contrapondo-se a isto, existem lideres carismaticos: Cristo, Sidartha, Maome, Akhenaton... que nos mostram o caminho a seguir.
    A Ciencia,impensavel sua inexistencia nos dias atuais, dissociada de Deus, nos leva a passos largos ao caminho da auto-destruicao, tornando verdadeiras as passagens biblicas que abordam a guerra entre Deus e Satanas.
    O Homem e o demonio de si proprio.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Álvaro, bem-vindo aos comentários do blog! A sua questão de as religiões estabelecerem códigos de conduta para os Homens, sendo, por isso, não só importantes como necessárias às sociedades, creio não assentar em bases muito sólidas. Eu diria antes que o Homem actual é vítima - mais vítima do que beneficiário - das religiões que lhe impuseram, por formação e por tradição, religiões que realmente - mas infelizmente! - continuam, assim, a dominar o mundo e as sociedades: mais de mil milhões de católicos, outros tantos de cristãos, outros tantos de muçulmanos, outros tantos de hindus, etc. Se e quando o Homem se libertar das crenças sem fundamento, crenças que são a base de todas as religiões, crenças que os mentores religiosos proibem os seus fiéis de contestarem, de criticarem, de racionalizarem com provas de teor científico, isto é, quando o Homem alcançar a Luz da Ciência e do Conhecimento, será muito mais racional e humano, embora para isso tenha de inverter os valores que hoje avassalam o mundo: o dinheiro, o prazer, o desinteresse total pelo seu semelhante, explorando-o sempre que necessário para obter aquele dinheiro, aquele prazer, os dois grandes deuses do Homem moderno! Quanto a Deus - que Deus? Já tentámos provar aqui a impossibilidade da veracidade do Deus, ou deuses, até agora propostos pelas religiões existentes no mundo (6 textos, Maio 2011). Nós - ou a Ciência - somos adeptos do Deus da Harmonia Universal, Deus de que falaremos aqui, em breve.
      PS: Só este Deus levará o Homem a não ser demónio de si próprio... É a nossa convicção!

      Eliminar