segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Eucaristia, mistério ou falácia? (2/2)

Mas a Eucaristia é o – mais um! – “Mistério da Fé!”, como os sacerdotes repetem em cada missa, depois das sagradas e mágicas palavras “Isto é o meu corpo... Isto é o cálice do meu sangue...” terem feito descer Jesus dos Céus à Terra e ficar ali presente na hóstia consagrada, pronto a ser “consumido” pelo mesmo sacerdote e pelos fiéis... Um mistério que se repete praticamente as vezes que um sacerdote quiser! Que poder a destes sacerdotes, santo Deus! Que poder terem ali nas suas mãos o corpo de Deus! Que poder, o de fazer descer Jesus – ou Deus?!!! – do Céu à Terra, ficando ali sujeito às espécies do pão e do vinho!... Isto seria tremendo se não fosse totalmente falso, totalmente arquitectado pelos teólogos da Igreja dos primeiros séculos para darem corpo à religião nascente – a religião cristã! – seita derivada do judaísmo, imitando os essénios que já partilhavam o pão e o vinho como elementos de união entre os da comunidade. E não poderíamos acabar estas curtíssimas reflexões sem questionar a razão pela qual apenas os sacerdotes investidos em ordens pela Igreja detêm o poder de consagrar dizendo as sagradas palavras. É que as palavras “Fazei isto em memória de mim” foram ditas a todos os presentes, os quais não eram senão apóstolos ou discípulos, e não sacerdotes de espécie alguma. Poderemos descortinar a diferença, como apóstolo, entre um sacerdote e, por exemplo, uma Madre Teresa de Calcutá? Não foi esta muito mais apóstolo do que a maior parte de padres, bispos e papas o foram ou são? Tem ela, por acaso, no corpo e na alma, a mancha da pedofilia que alguns sacerdotes carregam consigo e fazem carregar a Igreja que os investiu em ordens e não lhas retirou logo que foram dados como tal, pecadores quase sem perdão porque abusando de crianças, continuando, devotamente, a fazer Jesus Cristo descer do Céu à Terra? Ah, como Jesus, se estivesse realmente presente nas espécies de pão e de vinho, teria saltado delas para avisar toda a comunidade de crentes dos pecados que aqueles sacerdotes tinham cometido! Como teria saltado, “limpando o Templo” de toda a mentira e pecado!... Como teria pegado no chicote e vergastado sem dó nem piedade aquele sexo prevaricador que, escondido debaixo das vestes sacerdotais, já cobiçava, enquanto consagrava, o acólito que ajudava no culto sagrado!... Que sagrado, santo Deus! Que mentira! Que hipocrisia! Que farsa!...
A pergunta – incontornável! – é: “Como é possível haver milhões que acreditam em toda esta farsa só porque alguém lhes diz que assim foi, assim é e assim será? Sem qualquer ponta de credibilidade, como é óbvio? Sem qualquer prova minimamente racional que sustente o mistério”?

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